Kishōtenketsu – Wikipédia, a enciclopédia livre

O termo Kishōtenketsu (起承転結) descreve a estrutura e o desenvolvimento das narrativas chinesas e japonesas. Foi usada inicialmente na poesia chinesa como uma composição de quatro linhas, conhecida também como 'kishōtengō' (起承転合). O primeiro caractere chinês refere-se à introdução, ou 'kiku' (起句); o próximo: desenvolvimento, 'shōku' (承句); o terceiro: o clímax, o ápice, 'tenku' (転句); e o último caractere indica conclusão, ou 'kekku' (結句).

A seguir um exemplo de como isso pode ser aplicado num conto fictício:

  • Ki (): A introdução, onde os personagens aparecem, a época, e outras informações importantes para o entendimento da história.
  • Shō (): Se dá a partir da introdução e caminha rumo ao ápice da história. Não acontece nenhum evento importante.
  • Ten (): Apresenta um tópico novo ou desconhecido. É o ponto crucial da história, conhecido também como 'yama' (ヤマ) ou clímax.
  • Ketsu (): Resultado, conhecido também como 'ochi' (落ち) ou final, fecha a história mostrando a conclusão.

O mesmo molde pode ser usado também na argumentação:

  • Ki (): No passado, copiar informações à mão era necessário. Alguns erros foram cometidos.
  • Shō (): Com o advento das máquinas de copiar, tornou-se possível fazer cópias rápidas e precisas.
  • Ten (): Viajar de carro economiza tempo, mas você não nota a beleza do lugar. Andar faz você apreciar a paisagem mais facilmente.
  • Ketsu (): Mesmo que fotocopiar seja fácil, é melhor copiar à mão algumas vezes, porque a informação fica na sua memória por mais tempo e pode ser usada posteriormente.

Na estrutura da narrativa e do mangá yonkoma, e até em documentos e dissertações, o estilo Kishōtenketsu é usado na formação de frases e opiniões.[1]

Referências