Krig-ha, Bandolo! – Wikipédia, a enciclopédia livre

Krig-ha, Bandolo!
Krig-ha, Bandolo!
Álbum de estúdio de Raul Seixas
Lançamento 21 de julho de 1973[1]
Gravação 1973
Gênero(s) Rock and roll, rockabilly, folk rock, country rock, baião
Duração 29:08
Idioma(s) Português e Inglês (faixas 1 e 8)
Formato(s) LP e CD (relançamento)
Gravadora(s) Philips Records (LP e CD até 1998); Universal Music (CD a partir de 1999)
Produção Marco Mazzola e Raul Seixas
Cronologia de Álbuns de estúdio por Raul Seixas
Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock
(1973)
Gita
(1974)
Singles de Krig-ha, Bandolo!
  1. "Ouro de Tolo"
    Lançamento: Maio de 1973[2]
  2. "Krig-ha, Bandolo! (compacto duplo)"
    Lançamento: 1973

Krig-ha, Bandolo! é o álbum de estreia[nota 1] da carreira solo do cantor e compositor brasileiro Raul Seixas, gravado e lançado pela Philips (atual Universal Music) em 21 de julho de 1973.[1]

Este é o quarto álbum no qual Raul Seixas esteve envolvido como cantor e o primeiro de grande sucesso, após tentativas frustradas com os discos Raulzito e os Panteras, de sua primeira banda, e Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, de seu segundo grupo quando ainda era produtor da CBS Records. Além desses, Raul esteve envolvido em um projeto da gravadora Philips que levou ao lançamento, em maio de 1973, de um álbum intitulado Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock, creditado a uma banda fictícia chamada Rock Generation. Após o sucesso de Raul Seixas, o álbum passaria a ser creditado em seu nome.[4]

Gravação e produção

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O título "Krig-há, Bandolo!" faz referência a um grito de guerra do personagem Tarzan, conhecido à época nas revistas em quadrinhos da EBAL, e que significa "Cuidado, eu mato!" Este álbum, assim como o seu sucessor Gita, teve algumas de suas canções gravadas em inglês, com traduções de Marcelo Ramos Motta. Raul e Paulo objetivavam fazer sucesso nos Estados Unidos, mas a ideia de lançar as versões não se concretizou.[5]

Lançamento e promoção

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O álbum teve diversos eventos de promoção realizados ou patrocinados pela gravadora de Raul, a Philips - como uma caminhada pelas ruas do Rio de Janeiro - culminando com um show no teatro Tereza Rachel no dia do lançamento do disco, 21 de julho de 1973.[6]

Fortuna crítica

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Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
Folha de S.Paulo (1973) Mista[7]
Sul 21 (2013) Favorável[8]

A revista Rolling Stone divulgou uma lista dos 100 maiores discos da música brasileira, na qual Krig-Ha, Bandolo! ocupou a 12ª posição. Além do álbum, o único outro disco de Raul Seixas que se encontra na lista é Novo Aeon, de 1975, no 53° lugar.[9] Em setembro de 2012, foi eleito pelo público da Rádio Eldorado FM, do portal Estadao.com e do Caderno C2+Música (estes dois últimos pertencentes ao jornal O Estado de S. Paulo) como o quinto melhor disco brasileiro da história.[10]

Lado A
N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Introdução: Good Rockin' Tonight"  Roy Brown 0:50
2. "Mosca na Sopa"  Raul Seixas 3:58
3. "Metamorfose Ambulante"  Raul Seixas 3:50
4. "Dentadura Postiça"  Raul Seixas 1:30
5. "As Minas do Rei Salomão"  Raul Seixas / Paulo Coelho 2:22
6. "A Hora do Trem Passar"  Raul Seixas / Paulo Coelho 1:50
Duração total:
14:20
Lado B
N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Al Capone"  Raul Seixas / Paulo Coelho 2:38
2. "How Could I Know"  Raul Seixas 2:36
3. "Rockixe"  Raul Seixas / Paulo Coelho 3:44
4. "Cachorro Urubu"  Raul Seixas / Paulo Coelho 2:08
5. "Ouro de Tolo"  Raul Seixas 2:51
6. "Meu Nome É Raul Santos Seixas (Vinheta)"  Raul Seixas 0:51
Duração total:
14:42

Ficha técnica

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  • Coordenação: Roberto Menescal
  • Direção musical: Marco Mazzola e Raul Seixas
  • Produção artística: Marco Mazzola e Raul Seixas
  • Técnicos de gravação: Ary Carvalhães e Luigi Hoffer
  • Auxiliar técnico: Paulo Sérgio e Luís Claúdio Coutinho
  • Corte: Joaquim Figueira
  • Concepção da capa: Aldo Luiz, Raul Seixas, Paulo Coelho, Edith Wisner e Adalgisa Rios
  • Foto da capa: Cláudio Fortuna
  • Encarte: Adalgisa Rios

Notas

  1. Raul já havia lançado o álbum Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock, mas ele só passou a ser creditado ao cantor a partir de 1975.[3]

Referências

  1. a b PASSOS e BUDA, 1992, p. 96.
  2. RADA NETO, 2013, p. 1.
  3. RADA NETO, 2013, p. 70.
  4. RADA NETO, 2011, p. 9.
  5. BARCINSKI, 2014, p. 65.
  6. BOSCATO, 2003, p. 5.
  7. Neumanne Pinto, 1973.
  8. Ribeiro, 2013.
  9. "Os 100 maiores discos da Música Brasileira" - Rolling Stone Brasil, outubro de 2007, edição nº 13, página 109.
  10. Bomfim, Emanuel (7 de setembro de 2012). «'Ventura' é eleito o melhor disco brasileiro de todos os tempos». Combate Rock. Grupo Estado. Consultado em 28 de janeiro de 2016 
  • BARCINSKI, André. Pavões Misteriosos — 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil São Paulo: Editora Três Estrelas, 2014.
  • FRANS, Elton. Raul Seixas: a história que não foi contada. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 2000. ISBN 8574070874.
  • PASSOS, Sylvio e BUDA, Toninho. Raul Seixas: uma antologia. São Paulo: Martin Claret, 1992.
  • BOSCATO, Luis Alberto de Lima. A Rebelião Contracultural: Raul Seixas e o movimento da sociedade alternativa. Anais do XXII Simpósio Nacional de História. João Pessoa, 2003.
  • NEUMANNE PINTO, José. As boas intenções de Raul Seixas. Publicado em Folha de S.Paulo, Ilustrada, em 25 de julho de 1973.
  • RIBEIRO, Milton. Há 40 anos, a estreia solo de Raul Seixas: Krig-ha, bandolo!. Publicado em Sul 21, 8 de junho de 2013. Acesso em: 19 de agosto de 2016.
  • RADA NETO, José. O Rock 'n' Roll Invade os Palcos da MPB: Raul Seixas e a influência do rock and roll. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História. São Paulo, julho de 2011.
  • RADA NETO, José. Raul(zito) Seixas como produtor musical: aprendizado prático e construção da imagem artística. Anais do XXVII Simpósio Nacional de História. Julho de 2013.
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