Tope Nacional do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre
O Tope Nacional do Brasil ou Laço Nacional do Brasil é uma insígnia de adornamentação vestimentar cívica constituída por uma roseta nas cores verde e amarelo.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Constituiu um símbolo nacional e foi criado por decreto de Dom Pedro I em 18 de setembro de 1822,[3] devendo ser usado pelos brasileiros em manifestamento de componente da Nação.
Eis a redação do decreto em que D. Pedro I cria o emblema:
Convinho dar a este Reino do Brazil um novo Tope Nacional, como já lhe Dei um Escudo d'Armas; Hei par bem, e com o paracer do Meu Conselho de Estado Ordenar o seguinte: O Laço, ou Tope Nacional Braziliense, será composto das côres emblemáticas - Verde de primavera, e amarelo de ouro - na fórma do modelo annexo a este Meu Decreto. A flôr verde no braço esquerdo, dentro de um angulo de ouro, ficará sendo a Divisa voluntaria dos Patriotas do Brazil, que jurarem o desempenho da Legenda - INDEPENDENCIA OU MORTE - lavrada no dito angulo. José Bonifacio de Andrada e Silva, do Meu Conselho de Estado, e do Conselho de Sua Magestade Fidelíssima o Senhor Rei D. João VI, e Meu Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Brazil e dos Estrangeiros, o tenha assim entendido e o faça executar com os despachos necessarios. Paço, 18 de Setembro de 1822.— Reino do Brasil[nota 1]
- Com rubrica de S.A.R. o Príncipe Regente.
- José Bonifacio de Andrada e Silva.
Clóvis Ribeiro, no livro Brazões e bandeira do Brasil, detalha a história do laço brasileiro da página 324 a 333.[5]
Em 1831, o governo regencial, emitiu um decreto em 5 de outubro de 1831, assinado pelos membros da regência Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho e João Bráulio Moniz, botando uma estrela amarela de cinco pontas dentro do círculo verde.[6]
"No governo de Floriano Peixoto, foi adotado por decreto nº 1.729A, de 11 de junho de 1894[7] (...) foi criado um novo tope, constituído por um circulo azul dentro de dois anéis concêntricos, o primeiro amarelo e o segundo verde. 0 uso desse tope não se estendeu, porém, aos generais, que até 1920 usaram no chapéu armado o tope da Regência, verificando-se, assim, a anomalia de serem adotados no exercito, ao mesmo tempo, dois distintivos nacionais diferentes" (RIBEIRO, 1933. p. 333)
Características
[editar | editar código-fonte]A feitura do símbolo compõe-se de um laço de fita em roseta nas cores verde e amarelo, sendo azul ao centro, amarelo no entremeio e verde na borda. Originalmente, o laço encimava uma peça metálica em cor de ouro em formato de "V" com a legenda Independência ou Morte.[8]
A feitura atual do tope também se faz presente na faixa presidencial do Brasil, compondo a roseta da mesma.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Laço (insígnia)
- Brasão de armas do Brasil
- Bandeira do Brasil
- Selo Nacional do Brasil
- Símbolos do Brasil
Notas
Referências
- ↑ Ribeiro (1933) pág. 326
- ↑ CORREA, Jonas (gen). Símbolos do Brasil. IN: MONTELLO, Josué. História da Independência do Brasil. Vol. IV. Rio de Janeiro-GB; Casa do Livros/Rideel, 1972
- ↑ Brasil (18 de setembro de 1822), «Decreto de 18 de setembro de 1822, determina o tope nacional Braziliense, e a legenda do patriotas do Brazil», Rio de Janeiro, Collecção das leis do Imperio do Brazil (1822), Wikidata Q19535843
- ↑ Brasil (12 de outubro de 1823). ACTA DA ACCLAMAÇÃO DO SENHOR D. PEDRO IMPERADOR CONSTITUCIONAL DO BRAZIL, E SEU PERPETUO DEFENSOR, EM 12 DE OUTUBRO DE 1822. IN: Índice dos decretos, cartas e alvarás de 1822, págs. 59 a 61.
- ↑ RIBEIRO, Clóvis (1993). Brazões e Bandeiras do Brasil. São Paulo: São Paulo Editora. p. 324-333
- ↑ Coleção das Leis do Brasil, 1831, pág.42/43
- ↑ Colleção das Leis da República dos EUB, 1894, parte 2. pag. 528 (Imprensa Nacional)
- ↑ RIBEIRO. João Guilherme C. Bandeiras que contam histórias. Rio de Janeiro; zit, 2003.pág 92. ISBN 85-89907-02-3