Luís Antônio Reis da Cunha – Wikipédia, a enciclopédia livre



Informações pessoais | ||
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Nome completo | Luís Antônio Reis da Cunha [1][2] | |
Data de nasc. | 30 de junho de 1928 | |
Local de nasc. | Belém, Pará, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Morto em | 20 de novembro de 1998 (70 anos) | |
Local da morte | Belém, Pará, Brasil | |
Pé | Canhoto [3] | |
Apelido | China | |
Informações profissionais | ||
Posição | Atacante | |
Clubes de juventude | ||
–1947 | Bacurau Ancorino Tuna Luso | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1947–1962 | Tuna Luso | ??? (222)[4] |
Times/clubes que treinou | ||
1962 | Tuna Luso (jogador-treinador) |
Luís Antônio Reis da Cunha (Belém, 30 de junho de 1928 – Belém, 20 de novembro de 1998),[1] mais conhecido como China, foi um futebolista brasileiro que atuou como meia (tanto na esquerda como na direita),[5] notabilizado como maior ídolo desse esporte na Tuna Luso.[2][6][7][8][9][10] Embora fosse luso-brasileiro como o próprio clube, sendo seu pai português, recebeu o apelido por ter olhos levemente puxados. A alcunha foi inspirada na repercussão da Revolução Comunista Chinesa, frequentemente noticiada na adolescência dele.[1][2][6]
Apesar de ao longo da carreira ter recebido ofertas até de equipes da Região Sudeste do Brasil,[1][11] notadamente um interesse do Corinthians noticiado nacionalmente em 1956 [12] e em 1957,[5][13] e outro do Vasco da Gama, também em 1957.[14][15][16] China seguiu na Tuna. Defendeu a “Águia do Souza” por mais de dez anos seguidos,[2] em período no qual os cruzmaltinos mais puderam antagonizar com a dupla Remo e Paysandu nos torneios paraenses. Na chamada “Era China”, a Tuna também se tornou o primeiro time do Pará a disputar o Brasileirão, na Taça Brasil de 1959.[6]
China também é o único futebolista tunante a ter quatro títulos oficiais no futebol como jogador titular,[7] desconsiderando-se troféus de torneios amistosos. Venceu os campeonatos paraenses de 1948, 1951, 1955 e 1958,[1][2] em um período em que o Paysandu vivenciou seu pior jejum histórico (nove anos de 1947-56)[17] e no qual os clássicos com o Remo também tiveram o auge de hostilidades.[18] O jogador também obteve títulos de “campeão do norte” com a seleção paraense no antigo e então valorizado Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. Jogou por essa a seleção entre 1950 e 1960.[19]
Bom driblador,[6][20] veloz [1][2] e considerado atrevido,[20][21] ele já aplicava chutes similares à folha-seca características de Didi antes de este consagrar nacionalmente a jogada em 1957.[1] Em sua homenagem, a Federação Paraense de Futebol instituiu, a partir de 2024,[22] a “Taça Antônio Cunha” para premiar os campeões da nascente Supercopa local.[8][23]
Carreira
[editar | editar código-fonte]O primeiro estadual e a volta olímpica internacional
[editar | editar código-fonte]Em sua juventude, já trabalhava como torneiro mecânico, na Pará Electric, gerando desaprovação do pai, o português António Augusto Cunha, a frequência com que se propunha a jogar futebol – inicialmente, em times do bairro de São Brás, onde defendeu primeiramente o Bacurau Esporte Clube e depois o Ancorino Futebol Clube.[1][2] Steleo Menezes, que na década de 1980 viria a ser presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará,[24] convenceu o pai de China a, ainda que relutantemente, autoriza-lo a seguir jogando quando o Ancorino foi convidado a disputar partida no município de Castanhal. China marcou dois gols em vitória de 4-1.[1][2]
Ganhando fama em jogos de várzea, China foi em 1947 observado por Miguel Cecim, [1][2] nome histórico da Tuna Luso – único treinador três vezes campeão paraense com o clube, em 1951, 1958 e 1988.[7] Cecim na época treinava os juvenis tunantes e seu convite a China foi rapidamente aceito. Após somente três partidas pela equipe cruzmaltina juvenil, China foi guindado à de aspirantes.[1][2] Em 14 de dezembro de 1947, conseguiu seu primeiro gol pela equipe principal, ocasião em que já conseguiu marcar três vezes, em goleada de 9-1 sobre o Transviário, pelo campeonato paraense daquele ano.[4]
O Paysandu foi o campeão de 1947, seu quinto troféu seguido, feito que em janeiro de 1948 originou seu apelido de “Papão da Curuzu”.[25] Pelo restante de 1948, os alviazuis, treinados pelo pioneiro educador físico Nagib Coelho Matni, tiveram a temporada recordista de gols – 130, incluindo-se amistosos.[26] Mas a campeã estadual foi a Tuna, já sob protagonismo de China,[1][2] autor do único gol no duelo pelo Torneio Início e,[4] no estadual, autor de outro em clássico Pa-Tu vencido por 4-1.[27] Ele também marcou em vitória de 5-3 no clássico Re-Tu.[28] A Tuna, que em 1937, 1938 e 1941 havia obtido seus três primeiros títulos paraenses no futebol, encerrou ali um jejum de sete anos;[1][2] a equipe tinha como único remanescente de alguma das conquistas anteriores o lateral Bereco,[28] de 1941.[7]
Como campeã estadual, a Tuna foi a equipe paraense requisitada por emissários da Guiana Neerlandesa para participar de quadrangular comemorativo ao aniversário da princesa Guilhermina dos Países Baixos. Voltou invicta de Paramaribo, vencendo por 4-1 o MVV, por 2-0 a própria seleção surinamesa, por 3-1 o Robinhood e por fim empatando em 1-1 na revanche com a seleção local.[29] Bastante festejada no regresso a Belém, a Tuna tornou-se o primeiro time do Pará a obter uma conquista internacional.[30]
Em 1949, o campeão paraense, contudo, foi o novo clube de Nagib Matni - o Remo, após nove anos de jejum,[31] mas goleado por 4-1 com dois gols de China em amistoso em junho.[4] Em janeiro de 1950, ele estreou pela seleção paraense, no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. Nagib era o treinador, em campanha marcante.[19] "Campeã do Norte" ao vencer por 4-1 a seleção amazonense em Belém e, na sequência, vencer em casa por 3-2 o seleção cearense e empatar em 2-2 com ela em Fortaleza,[19] a seleção do Pará rumou ao Rio de Janeiro para a fase final do Brasileiro, enfrentando Minas Gerais nas quartas-de-final.[32]
O empate em 1-1 em General Severiano, em que os mineiros igualaram aos 40 minutos do segundo tempo em 26 de fevereiro, forçou jogo-extra em 1º de março, novamente dramático: Minas abriu 2-0, mas o Pará empatou – sendo de China o primeiro gol da reação, em cabeceio de "rara habilidade", na descrição do jornal carioca Diario da Noite.[33] Antes da prorrogação, os paraenses também tiveram gol anulado e pênalti desperdiçado. No primeiro minuto do segundo tempo da prorrogação, os mineiros conseguiram o gol da vitória. Apesar do desfecho, uma multidão dirigiu-se ao aeroporto de Belém para recepcionar o retorno dos paraenses, bastante elogiados.[19] Naqueles dias, China tivera em fevereiro prospectada sua contratação pelo Sport Recife, que havia contratado Salvador Perine;[34] treinador tunante do título paraense de 1948.[7][28] o Diario de Pernambuco chegou a noticiar o jogador como "uma das maiores revelações do futebol paraense nos últimos anos (...), parte da nova geração de cracks", como exímio "no malabarismo" e profissional "na acepção do termo".[34]
Permanecendo na Tuna, no decorrer de 1950 ele chegou a marcar dois gols em vitória amistosa de 4-2 sobre o Paysandu,[4] e outro em 2-0 sobre o Remo pelo estadual, sem impedir o bicampeonato dos azulinos - que ali tiveram sua única derrota no certame.[35]
O segundo estadual e auge do clássico com o Remo
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O título paraense voltou ao bairro do Souza em 1951, ano em que China marcou em quatro clássicos diferentes com o Remo - primeiramente, em 4-0 pelo Torneio Início e,[4] pelo estadual, em derrota de 3-1 e em empate em 3-3. Ao longo do estadual, ele precisou ficar quase dois meses inativo: em vitória de 6-2 em clássico com o Paysandu, em 23 de setembro, China marcou duas vezes.[38] Contudo, também sofreu uma entorse, a tornar necessário até que engessasse o pé.[39][40] Ausentou-se de três jogos,[38] precisando recuperar-se da lesão e depois recuperar a forma,[41][42][43][44] só voltando a jogar em 15 de novembro.[38]
Nesse ínterim, o Remo venceu o segundo turno, forçando uma série melhor-de-três para definir o campeão. Bastaram dois jogos: no primeiro, a "Lusa" venceu por 4-1 em pleno Baenão, já em 23 de dezembro.[38] Embora China não chegasse a marcar, rendeu expulsão do remista Nonato, após lance desleal deste.[45] A segunda decisão, iniciada em 30 de dezembro na Curuzu, só foi finalizada em 6 de janeiro do ano seguinte: um forte temporal paralisou o jogo aos 41 minutos do primeiro tempo, ainda em 0-0. Na retomada da partida, Daniel abriu o marcador para a Tuna, Itaguary empatou e China recolocou a "Águia" na frente. Daniel marcou novamente, finalizando o escore.[38]
Como campeã paraense de 1951, a Tuna participou, já em maio de 1952, do "Torneio dos Campeões do Norte–Nordeste", organizado no Recife pelo Náutico, com participação também de América de Natal, Ceará, Confiança, CRB, Treze e Ypiranga. Ao descrever a Tuna, o Diario de Pernambuco rotulou como "diabólica" a ala formada por China e Teixeirinha.[46] Os paraenses chegaram à decisão,[36][47] tendo China marcado o gol de honra na derrota de 5-1 para o anfitrião Náutico.[48]
No primeiro semestre de 1952, China, novamente convocado por Nagib Coelho Matni à delegação do Pará no Brasileiro de Seleções Estaduais,[49] mas como reserva,[19] destacou-se especialmente contra o Paysandu; marcau em seis clássicos Pa-Tu diferentes: em 3-2 e em derrota de 2-1 peça “Taça Cidade de Belém”; em amistosos, chegou a marcar três vezes em 7-2, outras duas em 4-2 e mais uma em 2-1; e, pelo estadual, marcou em derrota de 4-2.[4] Também pelo estadual, conseguiu sete gols em uma só partida, em 8-3 sobre o Auto Clube, além de marcar em 1-1 com o campeão Remo.[50]
No início de 1953, Vasco da Gama e Internacional vieram a Belém, com China marcando todos os gols de honra nas derrotas paraenses. Primeiramente, quando pôde prevalecer sobre a defesa de Bellini e Augusto,[51] marcou dois em 7-2 no jogo festivo ao cinquentenário tunante, a promover a reinauguração do estádio do Souza após dez anos desativado;[52] contra o clube gaúcho, o jogo foi 2-1. China também marcou em três clássicos com o Paysandu (duas vezes em 3-1 e uma vez cada em derrota de 2-1 e em vitória de 2-1, todos amistosos; e em 2-1 pelo estadual) e outra em vitória de 2-0 sobre o Remo pelo estadual – que novamente viu o “Leão” campeão e, também, novamente, viu China destacar-se com sete gols sobre o Auto Clube, dessa vez vencido por 13-0.[18] China acabaria sendo o artilheiro daquele estadual, com treze gols ao todo.[17]
A rivalidade no clássico Re-Tu esteve especialmente áspera naquela primeira metade da década de 1950, em que os títulos paraenses se alternavam (desde 1948) apenas entre os dois.[17] A "Lusa" causou as únicas duas derrotas do título remista de 1953 e, após a primeira delas o goleiro azulino Julio Véliz chegou a ser suspenso por troca de agressões com China.[18] A confusão repercutiu para além do Pará, havendo registro na imprensa curitibana de que China chegara a ponto de prestar queixa-crime e que Véliz teria incorrido no artigo 129 do Código Penal Brasileiro.[53] Na ocasião de reportagem de 1977 para a revista Placar, a reunir ambos reconciliados no mesmo bar, Véliz explicaria que "o China era um meia que jogava na Tuna Luso. Jogadorzinho atrevido, que provocava a gente".[21] O desfecho do campeonato foi novamente uma série melhor-de-três entre Remo e Tuna, como em 1951. Cada um venceu em seu estádio e, na neutra Curuzu, o Remo venceu o terceiro - havendo depredação da sede cruzmaltina por torcedores azulinos exaltados naquele contexto.[18]
Em 1954, China inicialmente, pela Tuna, marcou gols sobre Remo (2-2) e Paysandu (3-1) pelo Torneio Início.[4] No Brasileiro, o Pará inicialmente derrotou por 3-2 o Amapá dentro de Macapá, com China marcando o terceiro gol da vitória, em 17 de janeiro. Ele também esteve presente nos dois jogos seguintes: vitória de 5-1 sobre os amapaenses, na revanche em Belém, no dia 24; e derrota de 1-0 em Fortaleza para o Ceará, em 1º de fevereiro. Na revanche contra os cearenses, em Belém, China não jogou e os paraenses foram derrotados por 2-0 e eliminados,[19] gerando revolta da torcida: o ônibus que levava os jogadores chegou a ser apedrejados, em protestos endereçados sobretudo ao técnico Marituba.[54]
Pelo campeonato paraense de 1954, a Tuna, com gol de China, chegou a derrotar o Remo por 5-2. Mas o rival, embora sofresse para a "Águia" duas derrotas, não perdeu outra vez no campeonato e pôde garantir o título por antecipação, ao empatar o Re-Pa pela penúltima rodada.[55]
Terceiro estadual: atraindo times do Sudeste no auge do clássico com o Paysandu
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 1955, a Tuna Luso venceu o BSK Belgrado, por 1-0, sendo a única dos três principais clubes paraenses a vencê-lo os duelos realizados com essa equipe da então Iugoslávia.[56] Esse resultado terminou sendo notícia nacional, pela equipe, então entre as três líderes de seu campeonato nacional na temporada corrente de 1954-55, ser o primeiro clube europeu a visitar Belém.[57]
Em 1955, o campeonato paraense daquele ano começou em julho.[58] A Tuna, clube da vez treinado por Nagib Coelho Matni,[7] ali fez sua mais perfeita campanha campeã estadual, invicta e com diversas goleadas aplicadas: 6-3 e 7-1 no Combatentes (com dois gols de China no primeiro duelo e quatro gols dele na revanche); 7-0 no Armazenador; 5-2 e 5-1, 4-1 e 3-0 no Pinheirense; além de 5-0 em um dos clássicos com o Remo (com dois gols de China).[58][59]
Apesar disso, foi preciso jogar uma série de melhor de quatro pontos com o Paysandu. O chamado "supercampeonato" de 1955 começou já em 26 de fevereiro de 1956 na Curuzu, e China marcou o primeiro gol de sua equipe em movimentado 3-3. Em 4 de março, ambos empataram sem gols no Souza, cenário também do terceiro duelo entre "Águia" e "Papão", em 11 de março.[58] China marcou um dos gols do título, em goleada de 4-0.[60] A conquista teve saldo positivo de quarenta gols ao time campeão, que fez ainda o artilheiro e o vice-artilheiro do torneio: Estanislau, com 22 gols, e China, com 14.[58]
Em amistosos de 1955, China também marcou gols sobre ambos os rivais: em 4-2 e os dois gols tunantes de 2-1 sobre o Remo; e em 3-0 e duas vezes em 4-2 sobre o Paysandu.[4] Também abriu o placar contra o Vasco da Gama (vencedor por 2-1)[61] e foi o único derrotado a ser elogiado pela imprensa da Região Sudeste do Brasil em derrota amistosa para a Portuguesa; seu gol empatou momentaneamente jogo perdido por 6-1 para a equipe paulista,[62] campeã do Torneio Rio-São Paulo de 1955.[63] Nas descrições dada pela Gazeta Esportiva, China "impressionou pela classe" em meio a colegas "discretos".[64]
Em 1956, após o vitorioso estadual de 1955 ter se concluído em março do ano seguinte,[58] China recebeu em julho uma primeira oferta do Corinthians.[12] O negócio veio a se inviabilizar pela quantia que os alvinegros consideravam excessiva apresentada pelos dirigentes da Tuna.[5][13] Ao longo do ano, o jogador marcou novos gols sobre a dupla Re-Pa: em derrota amistosa de 2-1 para o Paysandu, em vitória amistosa pelo mesmo placar sobre o Remo e os dois gols cruzmaltinos em derrota de 4-2, também para o Remo, já pelo estadual de 1956.[4] O certame, após nove anos, voltou a ser vencido pelo Paysandu, a encerrar seu pior jejum no torneio.[17]
Em paralelo, Nagib Matni, novamente treinador da seleção paraense, convocou China para novo Brasileiro. Primeiramente, ele marcou gols sobre Amapá e Amazonas em novo título de “campeão do Norte” ao Pará (em dezembro daquele ano).[19] João Etzel Filho, árbitro que apitaria na Copa do Mundo FIFA de 1962,[65] foi o juiz contra os amazonenses. Procurado pelo Jornal dos Sports, ao regressar ao Sudeste, "disse que o quadro paraense está bem constituído e possui, em suas fileiras, alguns elementos que estão capacitados para formar com sucesso em qualque grande do Rio ou de São Paulo. Faz referências a elementos que chamaram mais a sua atenção, designando (...) o meia-direita China, (...) de bom quilate".[66] O adversário seguinte seria precisamente a Seleção Carioca, que venceu em Belém no dia 13 de janeiro,[19] por 3-0 (gols de Índio, Vavá e Didi), no estádio da Tuna. Da equipe do Pará, o lance que mais chamou atenção contra uma defesa bem coordenada por Nilton Santos e Zózimo foi um "tiro violentíssimo" de China, no qual Castilho precisou espalmar para escanteio, em outras palavras publicadas no Jornal dos Sports.[67]
A revanche, em 20 de janeiro de 1957, foi o primeiro jogo que algum elenco paraense disputou no estádio do Maracanã.[19] Apesar da goleada de 6-0 sofrida para os anfitriões (dois de Vavá, dois de Índio, outro de Didi e um de Pinga), um placar mais justo ao que se vira no jogo seria o de uma vitória com bem menos gols, na avaliação da Gazeta Esportiva;[68] e China foi descrito pelo jornal carioca Diario de Noticias como um dos poucos "valores individuais" dos paraenses,[69] embora tenha atuado sem condições ideais de jogo: outro jornal local, o Correio da Manhã relatou que China estaria gripado;[70] e o próprio Diario de Noticias noticiara que uma contusão também deixava dúvidas se seria escalado China,[71] reconhecido meses antes pelo mesmo jornal como um veterano que atuava "com igual eficiência" tanto no posto de ponta-de-lança como também como recuado.[72]
A presença do jogador no Rio de Janeiro para a partida contra a Seleção Carioca, inclusive, rendeu não só nova aproximação do Corinthians,[5][13] como sondagens também do Vasco da Gama para a contratação de China - interesse este noticiado também na Gazeta Esportiva;[14] no jornal Luta Democrática, a afirmar as "referências elogiosas" sobre o meia-direita;[15] e no Jornal dos Sports.[16] Em 2024, Irlane Cunha, filha do jogador, declararia: "ele teve a oportunidade de defender times de fora, mas recusou e construiu uma carreira vitoriosa aqui, ao jogar pela camisa e pelo amor".[22]
Pelo Parazão de 1957, encerrado já em março de 1958, o campeão estadual foi novamente o Paysandu, apesar de derrota de 5-2 com quatro gols de China em um dos clássicos.[73] China e a Tuna também se destacaram em derrota de 3-1 para o Benfica; o time de Lisboa excursionava pelo Brasil e a comunidade luso-paraense empreendeu a visita como escala ao prosseguimento da turnê benfiquista, que iria aos Estados Unidos. Em 4 de agosto, sob lotação no estádio do Souza e tendo como preliminar um Re-Pa, a Tuna perdeu por 3-1 para os portugueses,[74] resultado considerado honroso.[6] Também empatou-se em 1-1 com o campeão paraguaio, o Cerro Porteño, ainda em 11 de abril.[75]
Em 1957, China marcou gols ainda em triunfos amistosos sobre Sampaio Corrêa (três vezes em 4-1 e outras duas em 5-2), Sport (4-1), Remo (3-1) e os dois gols cruzmaltinos em 2-1 sobre o Vitória,[4] ocasião que ficou famosa por sua malícia: a partida estava em 1-1 até os 40 minutos do segundo tempo, quando um pênalti assinalado aos paraenses revoltou os baianos contra a arbitragem. Sob a promessa prévia dos dirigentes tunantes de boa bonificação financeira em caso de triunfo, China ludibriou os adversários, convencendo-os de que perderia propositalmente a cobrança. Tão logo marcou o gol, correu aos vestiários para escapar da fúria dos oponentes mais exaltados.[1][2]
Quarto estadual e primeiro paraense no Brasileirão
[editar | editar código-fonte]Em 1958, China conseguiu outros quatro gols em um só clássico com o Paysandu, vencido por 7-2 em janeiro pelo “Torneio Salevy”. No mesmo mês, também fez o único gol de clássico com o Remo, em outro amistoso.[4] No estadual, a Tuna voltou a ser campeã mesmo trocando o vitorioso treinador Nagib Coelho Matni por Miguel Cecim após a oitava rodada;[7] China, fazendo a diferença mesmo já veterano,[76] marcou na estreia três gols em 4-1 sobre o Remo. Ao longo da campanha, conseguiu o mesmo em 5-0 sobre o Sacramenta. Contra o Pinheirense, a Tuna chegou a vencer por 8-0 com dois gols de China e outros dois de Chininha,[77] seu irmão caçula.[1][2] O veterano marcou ainda em 3-1 sobre o Paysandu pelo segundo turno.[77]
Tal como em 1951 e em 1955, foi preciso um "supercampeonato", em melhor de quatro pontos. Todos os jogos foram no Souza, com empate em 2-2 no primeiro, em 23 de novembro. Uma semana depois, China abriu o placar de novo 4-1 sobre o "Leão", repetindo-se o placar da rodada inaugural. Em 7 de dezembro, o rival venceu por 1-0, o que pelo regulamento forçou mais uma partida, para 14 de dezembro.[77] China fechou o placar na vitória de 3-1 no jogo que garantiu a conquista.[78]
O irmão Chininha teve na campanha de 1958 seu primeiro (e único) título com a Tuna.[7] Por vezes, foi referido como "China II" enquanto o mais velho era o "China I".[79][80][81][82] O mais velho também foi agente da carreira do mais novo,[83] que, igualmente contemplado com a seleção paraense e prestígio no meio futebolístico local,[1][2] chegou a atrair interesse do clube português Vitória de Guimarães.[84]
O título de 1958, o sétimo da história da "Lusa", também fez de China à o único futebolista tunante tetracampeão paraense como titular: Setenta, Cinco, Lulu e Conegas (todos participantes dos títulos de 1937, 1938 e 1941), Bereco (1941, 1948 e 1951), Teixeirinha (ambos de 1948, 1951 e 1955) e Nonato (1948, 1951 e no próprio 1958) foram tricampeões.[7] O goleiro Sarará, que em 1966 completou dezoito anos servindo a Tuna,[85] compôs elenco nos quatro títulos, mas como reserva de Dodó nos de 1948,[86] quando não chegou a jogar,[28] e de 1951;[38] o ponta Juvenil, outro a chegar em 1948, permaneceu jogando no clube até 1959, também sendo quatro vezes campeão,[87] mas participando de seis dos doze dos jogos da campanha de 1948 e ausentando-se de sete dos dezenove jogos de 1958.[28][77]
Tal como em 1953, em 1958 China foi novamente o artilheiro da competição – dessa vez, com quinze gols.[17][77] O título estadual de 1958 também classificou a Tuna Luso para a edição inaugural da Taça Brasil de Futebol, a de 1959, fazendo da Tuna o primeiro time paraense a disputar o Brasileirão.[6][81][88] Naquele ano, China marcou os dois gols em empate em 2-2 com o Sport, em partida amistosa,[4] e outros dois em 3-1 sobre o primeiro adversário na Taça Brasil – o campeão maranhense de 1958, o Ferroviário.[6]
Na fase seguinte, porém, a Tuna terminou eliminada precisamente pelo Sport, que já tinha consigo o ex-tunante Zé Maria,[6] paraense que naquele ano participaria com a Seleção Brasileira na Copa América realizada no Equador. O clube pernambucano eventualmente veio a contratar (em maio de 1960)[84] o irmão Chininha, que no seguimento da carreira defenderia também o Paysandu (já como reserva do time campeão paraense de 1965).[89][90][91]
Anos finais
[editar | editar código-fonte]Em outros jogos de 1959, China marcou duas vezes em 4-2 amistoso sobre o Paysandu e outras duas em 3-1 aplicado pela Tuna sobre a própria seleção paraense,[4] ao passo que o estadual voltou a ser decidido entre a dupla Re-Pa; embora o Remo pudesse vencer por 7-0 um clássico Re-Tu (sem China em campo),[92] o campeão foi o outro rival, fazendo com que na metade final da década de 1950 apenas Tuna e Paysandu se alternassem nos títulos paraenses.[17] Ao fim do ano, China e Chininha reforçaram a seleção em nova campanha "campeã do Norte" no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, ainda que sob tumulto de apedrejamento da torcida amazonense na vitória de 3-2 em Manaus sobre a seleção rival.[19]
Em 1960, China marcou seus últimos gols no clássico Pa-Tu: em derrota de 3-2 em 20 de março,[4] ainda válida pelo estadual de 1959,[92] e em vitória amistosa de 2-1 em outubro.[4] O campeão paraense, após seis anos, voltou a ser o Remo – contra quem China marcou duas vezes na campanha, em derrota de 3-1 e em vitória por 2-1.[93]
Em 1961, a Tuna teve o artilheiro do campeonato em Walmir,[17] irmão do maior goleador do Botafogo, Quarentinha.[94][95] Mas o campeão foi o Paysandu, a consolidar sua vitoriosa era liderada desde 1956 por outro Quarentinha.[96] China ficou a três gols dos onze feitos pelo colega Walmir: marcou no 1-1 com o Liberato de Castro, três vezes no 7-0 sobre o Yamada, duas vezes em 6-0 sobre o Sacramenta e, por fim, os dois gols do triunfo luso no clássico Re-Tu.[4]
A temporada de 1962 já não contou com gols de China,[4] mas ele ainda fez-se presente, figurando em chamativo triunfo na primeira semana de fevereiro sobre o Bangu, tanto por ser o único clube paraense a vencer o clube do zagueiro Zózimo,[97] que em poucos meses se sagraria campeão titular com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo FIFA de 1962;[98] como pelo prognóstico altamente favorável à equipe carioca:[99] campeões em Nova York na International Soccer League de 1960 e de torneio na Áustria em 1961,[100] ano em que os alvirrubros terminaram o campeonato carioca (finalizado em dezembro) atrás somente do campeão e dos vices.[101] O Bangu, que já havia vencido Remo por 3-1,[99] na sequência goleou por 4-1 o Paysandu e assim dividiu o título do quadrangular com os tunantes.[102]
Ainda em fevereiro, China foi alçado a jogador-treinador da Tuna para excursão ao Amazonas, em dupla técnica com o antigo colega Juvenil.[103] Já no campeonato paraense, Walmir foi novamente a principal referência ofensiva cruzmaltina, terminando outra vez na artilharia.[17] Ele e China puderam vencer antecipadamente o segundo turno, com o triunfo de 2-1 em clássico Pa-Tu em 18 de novembro. No entanto, o rival, já campeão do primeiro turno,[104] se recuperou e venceu os dois jogos extras contra China (ainda futebolista, ao passo que Juvenil já havia parado de jogar),[103] em dezembro, nos dias 23 e 30.[104] Para 1963, a "Lusa" já seria treinada por Armando Monteiro.[105]
Legado
[editar | editar código-fonte]Casado com Edith, tiveram três filhos: Irene, Irlane e Luís Júnior.[1][2][22] Após parar de jogar, se voltou à empresa familiar, aberta com o irmão Chininha e com o próprio pai - uma oficina de lanternagem de veículos, nomeada de "Cruzmaltina" em homenagem ao clube do lar.[1][2]
Em 2013, foi publicado o primeiro volume de Gigantes do Futebol Paraense, livro com cem perfis de diferentes futebolistas nativos ou com passagens expressivas por clubes locais. Na capa, China representou a Tuna Luso juntamente com os ícones máximos dos outros clubes campeões estaduais no século XX: Alcino simbolizou o Remo, o Paysandu foi retratado por seu segundo Quarentinha e o extinto União Sportiva foi reproduzido por Marituba.[9] Primeiro campeão (1908) e primeiro bicampeão paraense (1910), o União era precisamente a terceira força do futebol estadual, abaixo da dupla Re-Pa, até a virada da década de 1930 para a de 1940 começar a ver a Tuna a brigar pelo posto,[106] consolidado com a "Águia" dos tempos de China,[6] fazendo o União desativar-se em 1967.[106]
Por outro lado, pelos sessenta anos seguintes à temporada final do craque (1961), a Tuna, embora terminasse o século XX como a equipe paraense mais vezes campeã nacional (na Série B de 1985 e na Série C de 1992) e revelasse em especial Manoel Maria,[6] Edson Cimento, Giovanni, Jobson, Vélber,[20], um artilheiro da Libertadores (Gauchinho) e desenvolvesse nos infantis também Paulo Henrique Ganso,[6] só voltou a vencer três vezes a nível estadual - em 1970, 1983 e 1988,[7][20] menos vezes do que os quatro títulos acumulados nos quatorze anos da "Era China".[6]
China faleceu em 20 de novembro de 1998,[1][2] sob outro contexto: os referidos títulos nacionais tunantes em 1985 e em 1992 recebiam apoio das torcidas de Remo e Paysandu,[6] desde a década de 1970 também largamente adeptas das instalações sociais da Tuna,[107] por sua vez satisfeita em revelar jogadores para a dupla principal - ou propensa até mesmo em desativar um deficitário departamento de futebol profissional,[6] corrente que já existia na mesma década de 1970 entre alguns diretores.[107]
Em 2001, em um júri formado pelo Diário do Pará por 21 cronistas esportivos paraenses com mais de 50 anos de idade, China foi eleito para a seleção paraense do século XX - alinhada com Dico, Oliveira, Dutra, Socó e Cuca; Natividade, Quarentinha e China; Manoel Maria, Alcino e Neves, treinados por Miguel Cecim.[108] Cerca de vinte anos depois, em 2020, quatorze dos eleitores seguiam vivos e foram novamente consultados. Deles, somente três entenderam pertinente fazer alterações, mas mesmos estes não retiraram China da escalação.[109]
Em 2024, a Federação Paraense de Futebol, em homenagem ao ex-jogador, nomeou de "Antônio Cunha" a taça a ser entregue à nascente Supercopa estadual, travada inicialmente entre o campeão paraense e o vencedor da segunda divisão estadual.[22] A escolha do nome foi celebrada por "todas as camisas", conforme enfatizado em anúncio da federação na ocasião da edição de 2025, na qual a Taça Antônio Cunha passou a ser disputada entre o campeão estadual e o vencedor da Copa Grão-Pará.[8]
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Tuna Luso
- Campeonato Paraense: 1948, 1951, 1955 e 1958 [1][2][7]
- Torneio Início: 1948 e 1953 [7]
- Torneio Princesa Guilhermina dos Países Baixos: 1949 [29]
- Seleção Paraense
- Etapa Norte do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais: 1950, 1952, 1956, 1959 [19]
- Individual
Artilheiro do Campeonato Paraense: 1953 e 1958 [17]
Referências
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