Martha Rocha (política) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Martha Rocha | |
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Martha Rocha no Senado Federal em 2013 | |
Deputada estadual do Rio de Janeiro | |
No cargo | |
Período | 1.º de fevereiro de 2015 até a atualidade |
Dados pessoais | |
Nome completo | Martha Mesquita da Rocha |
Nascimento | 30 de abril de 1959 (65 anos) Rio de Janeiro, DF, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Prêmio(s) | Medalha do Pacificador[1] |
Partido | PSB (2001-2011) PSD (2011-2018) PDT (2018-presente) |
Martha Mesquita da Rocha (Rio de Janeiro, 30 de abril de 1959) é uma ex-delegada de polícia e política brasileira, filiada ao Partido Democrático Trabalhista. Atualmente é deputada estadual do Rio de Janeiro.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Passou a infância e a juventude junto com seus dois irmãos no bairro da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde seus pais portugueses se fixaram após virem de uma aldeia de Trás-dos-Montes. Antes de entrar na Polícia Civil aos 23 anos, tornou-se professora de ensino fundamental.[2]
Formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sua formação acadêmica inclui especialização em Direitos Humanos na Universidade Candido Mendes e no Curso Superior de Polícia ministrado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), tem pós-graduação em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade Estácio de Sá, como também em Administração Pública pela UERJ e pela Escola de Políticas Públicas e de Governo da UFRJ.
Em 1983, tornou-se escrivã na Polícia Civil, em um local onde não havia banheiro feminino, que acabou sendo conquistado após suas manifestações. Sete anos depois, ocupou o cargo de delegada, em que participou da criação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher. Em 1993, se tornou a primeira mulher a chefiar o Departamento Geral de Polícia Especializada e em 2011 entrou para a história como a primeira mulher a assumir a Chefia da Polícia Civil.[2]
Sua gestão ficou marcada pelo foco nas ações de prevenção aos crimes contra mulheres, a criação da Cidade da Polícia, as melhorias no atendimento nas delegacias e a ampliação no serviço de registro de ocorrência online, além de ações de combate ao contrabando, à pirataria e à contravenção.[3]
No dia 13 de janeiro de 2019, seu carro foi alvo de disparos após um homem encapuzado portando fuzil descer de um utilitário e efetuá-los contra o veículo da deputada no bairro da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro.[4]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Tentou se eleger deputada estadual em 2002 e em 2006 pelo PSB, não obtendo votos suficientes.[5] Pelo mesmo partido, em 2004 candidatou-se ao cargo de vice-prefeita na chapa do ex-deputado federal Jorge Bittar (PT), ficando em 5° lugar do pleito vencido por César Maia em primeiro turno.[6]
Em 2014, foi eleita para a legislatura 2015-2019 pelo PSD,[7] e assumiu a presidência da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da ALERJ. Em abril de 2015, votou a favor da nomeação de Domingos Brazão para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, nomeação que foi muito criticada na época.[8] No dia 20 de fevereiro de 2017, votou contra a privatização da CEDAE.[9][10]
Em 2018, foi reeleita deputada estadual pelo PDT.[11] Em seu segundo mandato, tornou-se presidente da CPI do Feminicídio[12] e da comissão de fiscalização dos gastos do estado do Rio de Janeiro no combate à COVID-19. [13]
Em 2020, foi candidata a prefeita da cidade do Rio de Janeiro, e terminou a eleição em 3.° lugar com 11,30% dos votos válidos.[14]
Em 2022, foi reeleita deputada estadual com 61.767 votos.[15]
Em fevereiro de 2024, votou contra a manutenção do mandato da deputada Lucinha, que havia sido afastada do cargo pelo Tribunal de Justiça do estado, acusada de possuir ligações com milicianos.[16]
Desempenho eleitoral
[editar | editar código-fonte]Ano | Eleição | Cargo | Partido | Coligação | Chapa | Votos | % | Resultado |
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2002 | Estaduais no Rio de Janeiro | Deputada estadual | PSB | Rio Esperança e Dignidade (PSB,PST,PTC) | — | 10.074 | 0,14% | Não eleita [17] |
2004 | Municipal do Rio de Janeiro | Vice-prefeita | Unidos Para Mudar o Rio (PT,PTB,PSB) | Jorge Bittar (PT) | 217.753 | 6,31% | Não eleita [6] 5° lugar | |
2006 | Estaduais no Rio de Janeiro | Deputada estadual | Um Rio de Todos (PSB,PT) | — | 18.194 | 0,22% | Não eleita [18] | |
2014 | Estaduais no Rio de Janeiro | PSD | — | — | 52.698 | 0,68% | Eleita [19] | |
2018 | Estaduais no Rio de Janeiro | PDT | — | — | 48.949 | 0,63% | Eleito [20] | |
2020 | Municipais no Rio de Janeiro | Prefeita | Unidos Pelo Rio (PDT,PSB) | Anderson Quack (PSB) | 297.751 | 11,30% | Não eleita [14] 3° lugar | |
2022 | Estaduais no Rio de Janeiro | Deputada estadual | — | — | 61.767 | 0,72% | Eleita[15] |
Referências
- ↑ «Noticiário do Exército de julho de 2012». Exército do Brasil (pdf). Consultado em 21 de setembro de 2020
- ↑ a b c «Deputada Martha Rocha». ALERJ. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ «Delegada». Martha. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ Dia, O. (13 de janeiro de 2019). «Deputada estadual Martha Rocha e motorista são atacados a tiros na Penha». O Dia - Rio de Janeiro
- ↑ «DELEGADA MARTHA ROCHA». Poder360. Consultado em 3 de junho de 2020. Cópia arquivada em 24 de maio de 2022
- ↑ a b «Folha Online - Especial - 2004 - Eleições - Apuração - Rio de Janeiro (RJ) - Vereadores». eleicoes.folha.uol.com.br. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «Resultado de votação por UF - RJ» (PDF). TRE-RJ. 18 de dezembro de 2014. pp. 22 a 60. Consultado em 27 de dezembro de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 27 de dezembro de 2014
- ↑ Pedro Zuazo (29 de abril de 2015). «Conselheiro vapt-vupt: veja quem votou em Brazão para o TCE». Jornal Extra. Consultado em 8 de dezembro de 2016
- ↑ Jornal Extra (20 de fevereiro de 2017). «Privatização da CEDAE aprovada na ALERJ». Consultado em 20 de fevereiro de 2017
- ↑ G1 (20 de fevereiro de 2017). «Saiba como votou cada deputado sobre a privatização da Cedae e veja opiniões». Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ «Veja quem são os 70 deputados estaduais eleitos no RJ». R7.com. 8 de outubro de 2018. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «CPI do Feminicídio da Alerj aprova relatório final». Agência Brasil. 23 de outubro de 2019. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «Martha Rocha preside comissão que vai fiscalizar gastos do estado na pandemia». Extra Online. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ a b «Em disputa equilibrada pelo 3º lugar no Rio, Martha Rocha fica 904 votos à frente de Benedita». G1. Consultado em 13 de dezembro de 2020
- ↑ a b «Veja quem são os 70 deputados estaduais eleitos; Márcio Canella, do União Brasil, foi o mais votado». G1. 3 de outubro de 2022. Consultado em 6 de abril de 2024
- ↑ Nascimento, Rafael (8 de fevereiro de 2024). «Alerj decide manter Lucinha no cargo». G1. Consultado em 6 de abril de 2024
- ↑ «UOL Eleições 2002». eleicoes.uol.com.br. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «Folha Online - Especial - 2006 - Eleições - Apuração - Rio de Janeiro - Deputado Estadual». eleicoes.folha.uol.com.br. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «Senador e deputados federais/estaduais eleitos: Apuração e resultado das Eleições 2014 RJ (Fonte: TSE) - UOL Eleições 2014». placar.eleicoes.uol.com.br. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «Deputados estaduais eleitos no RJ; veja lista». G1. Consultado em 3 de junho de 2020