Mauro Benevides – Wikipédia, a enciclopédia livre
Mauro Benevides | |
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Senador Mauro Benevides. | |
Deputado federal pelo Ceará | |
Período | 1º de fevereiro de 2007 a 1º de fevereiro de 2015 (2 mandatos consecutivos) |
Senador pelo Ceará | |
Período | 1.º- 1º de fevereiro de 1975 a 1º de fevereiro de 1983 2.º- 1º de fevereiro de 1987 a 1º de fevereiro de 1995 |
55.º Presidente do Senado Federal do Brasil | |
Período | 15 de março de 1991 a 28 de agosto de 1993 |
Antecessor(a) | Nelson Carneiro |
Sucessor(a) | Humberto Lucena |
Deputado estadual do Ceará | |
Período | 1959 a 1º de fevereiro de 1975 (4 mandatos consecutivos) |
Secretário Estadual de Justiça, Educação e Fazenda do Ceará | |
Período | 1961 a 1962 |
Governador | Parsifal Barroso |
Vereador de Fortaleza | |
Período | 1955 a 1959 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Carlos Mauro Cabral Benevides |
Nascimento | 21 de março de 1930 (94 anos) Fortaleza, CE |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Filhos(as) | |
Parentesco |
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Partido | PSD (1955–1965) MDB (1966–1979) MDB (1980–presente) |
Profissão | advogado e professor |
Carlos Mauro Cabral Benevides GOMM (Fortaleza, 21 de março de 1930) é um advogado e político brasileiro filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi presidente do Congresso Nacional durante os governos Collor e Itamar Franco. Pelo Ceará, foi senador e deputado federal, ambos durante dois mandatos, secretário de Justiça durante o governo Parsifal Barroso e deputado estadual por quatro mandatos, além de vereador da capital Fortaleza.
Vida política
[editar | editar código-fonte]Filho de Carlos Eduardo Benevides, que fora deputado estadual,[2] Mauro é formado em Letras pela Faculdade Católica de Filosofia e Direito pela Universidade Federal do Ceará. Foi colunista de jornais como Tribuna do Ceará, Correio Braziliense e Jornal de Brasília. Iniciou sua carreira política como vereador de Fortaleza pelo antigo PSD em 1955. Em 1959 elege-se deputado estadual do Ceará, mantendo-se por quatro mandatos seguidos. Foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
Com o bipartidarismo imposto pelo Ato Institucional Número Dois em 1966, filiou-se ao MDB, assumindo a presidência do diretório regional em 1969, após a cassação do então presidente, José Martins Rodrigues. Ocuparia este cargo por 27 anos.
Senado
[editar | editar código-fonte]Elegeu-se senador em 1974. Candidatou-se ao governo do Ceará em 1982, mas foi derrotado pelo candidato do PDS Gonzaga Mota. Convidado pelo governador Franco Montoro ocupou uma diretoria do Banco do Estado de São Paulo (1983-1985) e presidente do Banco do Nordeste no primeiro ano do governo José Sarney (1985-1986) até que foi eleito para o segundo mandato de senador em 1986. Foi vice-presidente da Constituinte e segundo signatário da nova Carta Magna.
Foi presidente do Senado (1991-1993), período em que ocorreu o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor. Em julho de 1991, Benevides foi admitido por Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Ainda assim, votou a favor de seu afastamento. Em 1994 concorre, mas não obtém a reeleição para senador.
Câmara dos Deputados
[editar | editar código-fonte]Disputa uma vaga para a Câmara dos Deputados em 1998, obtendo a suplência. Assume o mandato temporariamente por alguns períodos entre 1999 e 2003. A poucos dias do fim da legislatura, em 16 de janeiro de 2003 foi efetivado no mandato em lugar de Pinheiro Landim. Nas eleições de 2002 concorre e novamente obtém a suplência. Assume o mandato definitivamente em 1º de janeiro de 2005, com a renúncia de Roberto Pessoa, eleito prefeito de Maracanaú.[3] Em 2006 elege-se efetivamente deputado federal do Ceará. Mais uma vez, em 2010, Mauro Benevides elege-se deputado federal.
Em 2014, foi candidato a deputado federal novamente pelo PMDB, em coligação diferente da que lançou seu filho, Mauro Filho, para o Senado pelo PROS. No entanto, ao obter 60.201 votos, ficou como primeiro suplente.[4]
Em 2016, Mauro assumiu provisoriamente o mandato de deputado federal em razão de licenças por motivos de saúde do deputado Aníbal Gomes[5]. Houve, ademais, outras oportunidades para exercício da função de forma provisória e chegou a propor, em conjunto com o deputado Alberto Fraga (DEM/DF) um Projeto de Lei para autorizar porte de arma para Auditores Fiscais Federais Agropecuários (PL 6070/2016). Entre 08 de julho de 2015 e 18 de maio de 2017, foram mais de 120 pronunciamentos na Câmara dos Deputados[6]. Mauro sempre foi conhecido pelo elevado número de pronunciamentos e projetos: no mandato 2010-2014, foram mais de 2 mil pronunciamentos e cerca de 149 projetos propostos[7].
Para as eleições de 2018, Mauro abrirá mão da disputa pela vaga na Câmara pela primeira vez em razão da candidatura de seu filho, Mauro Filho (PDT).
Filhos
[editar | editar código-fonte]Dos seus seis filhos com sua esposa Maria Regina, três seguiram a carreira política: Régis Benevides, foi vereador em Fortaleza; Carlos Benevides, deputado federal que, por envolvimento no escândalo dos Anões do Orçamento, teve seu mandato cassado em 1994; e Mauro Benevides Filho, deputado estadual.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 31 de julho de 1991.
- ↑ Entrevista O Povo[ligação inativa]
- ↑ Século Diário, 7/1/2005
- ↑ «Senador e deputados federais/estaduais eleitos: Apuração e resultado das Eleições 2014 CE (Fonte: TSE) - UOL Eleições 2014». UOL Eleições 2014. Consultado em 16 de março de 2017
- ↑ «Mauro Benevides assume vaga na Câmara dos Deputados - Blog do Eliomar». Blog do Eliomar. 4 de maio de 2016
- ↑ «Discursos e Notas Taquigráficas». www.camara.leg.br. Consultado em 1 de abril de 2018
- ↑ «Mauro Benevides assume mandato dia 20 - Roberto Moreira». Roberto Moreira. 9 de março de 2016
Precedido por Nelson Carneiro | Presidente do Senado Federal do Brasil 1991 — 1993 | Sucedido por Humberto Lucena |