Montepio da Família Militar – Wikipédia, a enciclopédia livre
Montepio da Família Militar, o MFM, foi um sistema de previdência privada brasileiro que foi à falência na década de 1980.
Fundado em 29 de outubro de 1963 por um grupo de oficiais do Exército Brasileiro, três anos depois já contava com 130 mil associados.[1] Com tamanho número de associados o Montepio tratou de ampliar seu leque de investimentos e no final de 1966 já controlava um banco, uma financeira, uma companhia imobiliária e uma de seguros.[1] Em 1967 passou a controlar o Banco Nacional do Comércio.[1]
Em 1971 tinha 14 subsidiárias nos ramos bancários, mercado de capitais, imobiliário, seguros e comunicação; constituiu o Banco de Investimento Nacional do Comércio, junto com o grupo Maisonnave e o Banco de Investimento MFM, depois vendido ao Grupo Empresarial Lume, com o nome de Financilar.[1]
No ano seguinte foi responsável pela ação que fundiu três tradicionais bancos do Rio Grande do Sul[1]:Banco Nacional do Comércio, Banco da Província e Banco Industrial e Comercial do Sul, dando origem ao Banco Sulbrasileiro[2], um dos dez maiores estabelecimentos privados do Brasil na época.[1]
Em 1986 entrou liquidação extrajudicial, gerando perdas para seus associados, num total de 70 mil credores.[3]
Mais recentemente os associados foram vítimas de golpe no qual, em troca de 10 a 15% do crédito, era prometido recuperar entre 25 e 50 mil reais.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f GARCIA, Darcy. O sistema financeiro do Rio Grande do Sul: da criação da Caixa Econômica Estadual ao surgimento dos bancos múltiplos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1990.
- ↑ COSTA, Suélem do Sacramento & PALMEIRA, Eduardo Mauch. Crise Sistêmica e Auxílio Financeiro: Faltou um Lender of Last Resort para o Banco Pelotense?. Observatorio de la Economía Latinoamericana. [1]
- ↑ a b Investidor é alvo de golpe em várias capitais, Folha de S.Paulo, 06/07/2004.