Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert – Wikipédia, a enciclopédia livre

Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert
Tipo museu
Inauguração 1991 (33 anos)
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 30° 2' 2.634" S 51° 13' 7.673" O
Mapa
Localização Porto Alegre - Brasil

O Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert é um museu de ciência brasileiro, um equipamento do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.[1]

Antes localizado na rua Sarmento Leite 425, em Porto Alegre, no Campus Central da UFRGS, chegou a desenvolver intensa atividade científica e educativa, mas por dificuldades diversas em 2021 foi desativado e seu acervo foi remetido para o Instituto de Geociências no Campus do Vale, onde permanece encaixotado à espera da construção de uma nova sede.

O Instituto Eletrotécnico, a primeira sede do gabinete do professor Englert

O museu é o 5º mais antigo do estado do Rio Grande do Sul,[2] e remonta ao gabinete de mineralogia criado em 1909, nas dependências do Instituto Eletrotécnico da Escola de Engenharia, pelo professor Luiz Englert.[3][4]

Englert foi o primeiro rio-grandense a se formar engenheiro de minas. A coleção que ele reuniu permaneceu anos pouco utilizada, mas com o tempo foi sendo ampliada, com a aquisição de amostras na Europa e Estados Unidos. Com a criação do Curso de Engenharia de Minas em 1945, o gabinete passou a ser um importante equipamento auxiliar para as aulas.[3][4]

Em 1957 foi criado o Curso de Geologia, passando a servir também a este departamento, que empreendeu excursões para coleta direta de material, aumentando o acervo. Em 1961 foi recebida a doação de uma coleção paleontológica e o gabinete foi transferido para uns galpões que haviam sido construídos para uma feira de indústria civil, localizados entre os prédios da Engenharia Velha e do Instituto Parobé. Em 1970, absorvendo o Curso de Geologia, foi criado o Instituto de Geociências, cujo Departamento de Mineralogia e Petrologia passou a administrar as coleções de minerais.[3]

A Engenharia Nova, primeira sede oficial do museu

Em 1972 foi inaugurado o grande prédio conhecido como Engenharia Nova, onde o Instituto foi instalado, ocupando todo o 5º andar. O espaço para a coleção era muito maior do que aquele até então disponível. Ali o museu começou a tomar forma efetiva. Foram construídos móveis e vitrines adequados para guardar e expor as amostras, uma equipe foi designada para fazê-lo operar, foi criado oficialmente e era enfim aberto à visitação pública em 1973. O primeiro diretor do museu foi o professor Ely Alberto Dehnhard, que permaneceu na função até 1989.[3][4]

Em 1985, com a transferência do Instituto de Geociências para o Campus do Vale, que fica muito distante do Campus Central, o museu não foi junto, mas cedeu-lhe cerca de mil amostras para que os alunos tivessem material de estudo perto de si. Isso deu ensejo a uma redefinição, reorganização e informatização da coleção.[3]

Em 1996 o museu saiu da Engenharia Nova para um prédio térreo.[4] Em 2001 foi lançado um website na internet, possibilitando acesso a imagens do acervo, informações técnicas e didáticas sobre as amostras, e textos sobre a mineralogia e petrologia brasileiras. Mantinha uma agenda dinâmica, com atendimento de visitantes na sede, programa de bolsas e variadas atividades de extensão para o público em geral, além de organizar intervenções em escolas, centros comerciais e espaços populares como o Brique da Redenção.[5]

O museu chegou a receber cerca de 2 mil visitantes por ano, alcançando 25 mil pessoas em suas atividades de extensão,[4] mas com crescentes dificuldades de pessoal e espaço, fechou em 2021. Seu acervo foi então encaixotado e remetido para os cuidados do Instituto de Geociências no Campus do Vale, onde em 2024 permanecia à espera da construção de uma sede própria.[6]

O acervo do museu conta com cerca de 5,6 mil amostras de minerais e rochas. destacando-se na coleção os meteoritos Putinga e Nova Petrópolis e as amostras doadas pelo padre e cientista Balduíno Rambo.[7]

Referências

  1. Bertotto, Marcia. "Patrimônio nas Universidades. A Rede de Museus e Acervos Museológicos da UFRGS". In:Museologia & Interdisciplinaridade, 2021; 10 (19): 563-576
  2. Falero, Felipe. "Museus sofrem com baixo número de visitas no RS". Correio do Povo, 27 de agosto de 2023
  3. a b c d e Os museus mais antigos do Rio Grande do Sul. Sistema Estadual de Museus, 2021, p. 6
  4. a b c d e "A história do nosso Museu". Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert, 4 de maio de 2021
  5. Frank, Heinrich Theodor. "Visitação Virtual do Museu de Mineralogia Luiz Englert". In: VI Salão de Extensão. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005
  6. "Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert". Rede de Museus e Acervos UFRGS, 2024
  7. "Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert". Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2024

Ligações externas

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