Museu do Petit Palais – Wikipédia, a enciclopédia livre

Museu do Petit Palais
Museu do Petit Palais
Tipo museu de arte
Inauguração 1976 (48 anos)
Visitantes 43 484
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 43° 57' 9.5" N 4° 48' 23" E
Mapa
Localidade Petit Palais in Avignon
Localização Avinhão - França

O Museu do Petit Palais (em francês: Musée du Petit Palais) é um museu de arte de Avinhão, França.

O edifício onde se instala é chamado de Petit Palais (em português: Palácio Pequeno) para distingui-lo do grande Palácio dos Papas que fica próximo. Foi construído pelo cardeal Bérenger de Frédol, o Velho, aproximadamente entre 1318 e 1320. Em sua morte o palácio foi adquirido pelo cardeal-sobrinho Arnaud de Via, sobrinho do Papa João XXII, junto com outros prédios. Após a morte do proprietário o palácio permaneceu vago até que o Papa Bento XII o comprou para ali instalar a sede do bispado local. A construção foi então restaurada e ampliada com um claustro.[1]

Botticelli: A Virgem e o Menino, 1467

Durante o Grande Cisma do Ocidente o palácio foi fortificado e serviu como uma cidadela, mas foi bombardeado e sofreu pesados danos. Sua forma atual data do século XVI, graças às intervenções ordenadas pelos bispos Alain de Coëtivy e seu sucessor Giuliano della Rovere, futuro papa Júlio II, que mandaram adornar as fachadas seguindo o estilo renascentista. O palácio foi secularizado e vendido durante a Revolução Francesa e no século XIX se tornou uma escola.[1] Em 1961 o prédio foi restaurado pelo arquiteto Jean Sonnier, suprimindo-se os acréscimos realizados durante sua ocupação anterior, e a partir de 1976 passou a servir como sede do museu.[2]

O Museu do Petit Palais abriga uma das mais importantes coleções de arte gótica e renascentista italiana fora da Itália, e um bom conjunto de peças regionais do mesmo período, um acervo que foi formado a partir de outras duas coleções: a do Museu Calvet, que contribuiu com peças oriundas da região de Avinhão, e a Coleção Campana, reunida por Giampietro Campana, um importante colecionador italiano do século XIX. Rico proprietário de terras, industrial e banqueiro papal, tinha interesses enciclopédicos e adquiriu antiguidades e objetos de arte, totalizando quase 15 mil itens. Sua coleção ganhou renome internacional mas os fundos de Campana, todos empregados em sua paixão colecionista, esgotaram, causando a ruína do banco e também a sua. Em 1857 ele acabou preso por uma dívida de um milhão de escudos. Condenado a vinte anos de cárcere, por intervenção de Napoleão III sua sentença foi comutada em degredo perpétuo e confisco de bens. No processo, sua coleção de arte foi comprada pela França e instalada no Palais de l'Industrie, em Paris. Entretanto, o Palais de l'Industrie foi fechado logo depois e sua coleção, dispersa. Parte dela foi reagrupada em 1976 para formar o atual museu.[1] Além de exibir seu acervo próprio, o Museu realiza exposições temporárias de arte antiga e contemporânea, bem como outras atividades educativas.[3]

Referências

  1. a b c Le musée du Petit Palais. Mairie Avignon, consulta em 15 set 2011
  2. La période contemporaine du Petit Palais. Musée du Petit Palais, consulta 15 set 2011
  3. Actualités. Musée du Petit Palais, consulta 15 set 2011

Ligações externas

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