Myriam Portela – Wikipédia, a enciclopédia livre
Myriam Portela | |
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Primeira-dama do Piauí | |
Período | 15 de março de 1979 até 15 de março de 1983 |
Governador | Lucídio Portela |
Antecessor(a) | Eutália Veloso |
Sucessor(a) | Tânia Napoleão |
Deputada federal pelo Piauí | |
Período | 1 de fevereiro de 1987 até 1 de fevereiro de 1991 |
Segunda-dama do Piauí | |
Período | 15 de março de 1987 até 15 de março de 1991 |
Vice-governador | Lucídio Portela |
Antecessor(a) | Helena Medeiros |
Sucessor(a) | Isa Madeira |
Dados pessoais | |
Nome completo | Myriam Nogueira Portela Nunes |
Nascimento | 15 de dezembro de 1932 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Morte | 7 de abril de 2020 (87 anos) Teresina, Piauí |
Nacionalidade | brasileira |
Cônjuge | Lucídio Portela |
Partido | PDS (1980-1990) PSDB (1990-2020) |
Profissão | advogada |
Myriam Nogueira Portela Nunes (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1932 — Teresina, 7 de abril de 2020), foi uma advogada e política brasileira. Em 1986, foi a primeira mulher a ser eleita deputada federal pelo estado do Piauí, além de ex-primeira-dama do estado piauiense.[1][2]
Dados biográficos
[editar | editar código-fonte]Filha de Olavo Nogueira e Iracema Azevedo. Advogada, formada pela Universidade Federal do Piauí em 1978 e funcionária do Tribunal Regional Eleitoral no respectivo estado. Presidente da Federação das Bandeirantes do Brasil, foi primeira-dama do Piauí durante o governo de Lucídio Portela presidindo a Comissão de Assistência Comunitária (CAC), precursora do Serviço Social do Estado (SERSE) e da Secretaria de Ação Social e Cidadania. Disputou sua primeira eleição como candidata à prefeitura de Teresina pelo, PDS 1985, ficando em terceiro lugar.[3]
Em 1986, Myriam Portela viu seu marido ser eleito vice-governador do estado na chapa de Alberto Silva e ela própria foi eleita deputada federal[4] com cerca de setenta por cento de sua votação oriunda de Teresina, o que não impediu uma nova derrota na disputa pela prefeitura da cidade em 1988, quando inicialmente cotada para ser vice-prefeita na chapa de Heráclito Fortes, terminou novamente na terceira posição.[5][6] Pouco antes das eleições presidenciais de 1989, anunciou seu apoio à candidatura do senador Mário Covas e se filiou ao PSDB, onde foi eleita suplente de deputado federal em 1990 e perdeu a eleição para vereadora de Teresina em 1992. Nomeada secretária da Criança e do Adolescente, na terceira administração Wall Ferraz, em 1993, permaneceu no cargo por oito anos abrangendo também as administrações de Francisco Gerardo e a primeira administração Firmino Filho. Presidiu também o PSDB Mulher no estado do Piauí.
Sogra do senador Ciro Nogueira e mãe da deputada federal Iracema Portela.
Pioneirismo
[editar | editar código-fonte]Myriam Portela, figura entre as pioneiras femininas na política do estado, pois foi a primeira mulher a obter o mandato de deputado federal pelo Piauí [2] em 15 de novembro de 1986, com 27.490 votos, dos quais 18.803 (68,40%) obtidos em Teresina, sendo que a primeira deputada estadual do Piauí foi a professora Josefina Costa, eleita pela ARENA em 1970.[2] Desde então, o eleitorado piauiense sufragou o nome de mais duas deputadas federais e dez deputadas estaduais,[6] sendo que o recorde de votação absoluta para a Assembleia Legislativa do Piauí foi estabelecido por Lilian Martins com 66.529 votos (3,99% do total) em 2010.[6]
Museu do Piauí
[editar | editar código-fonte]Em 1981, como primeira-dama do estado, se engajou na criação da Associação de Amigos do Museu do Piauí juntamente com a professora Lourdinha Brandão, esposa do então secretário de Cultura do estado, Wilson de Andrade Brandão.[7]
Referências
- ↑ Lucas Marreiros (7 de abril de 2020). «Primeira mulher a ser eleita deputada federal pelo Piauí, Myriam Portella, morre com pneumonia em Teresina». g1.globo.com. G1 Piauí. Consultado em 23 de abril de 2020
- ↑ a b c SANTANA, Raimundo Nonato Monteiro de (org.). Piauí: formação, desenvolvimento, perspectivas. Teresina, Halley, 1995.
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputada Myriam Portela». Consultado em 3 de setembro de 2015
- ↑ SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: eleições 86. v. II. Teresina, Gráfica Mendes, 1988.
- ↑ SANTOS, José Lopes dos. Piauí: a força do poder municipal. v. I. Teresina, Gráfica Mendes, 1989.
- ↑ a b c «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí». Consultado em 3 de setembro de 2015
- ↑ Jornal Memória, ano I, número 1. publicação institucional do Museu do Piauí