Narcocapitalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
O narcocapitalismo (derivados: narcoestado e narcoeconomia) é um neologismo destinado a caracterizar a política-econômica do sistema capitalista em que o comércio de drogas ilegais é um ponto forte e de importância para a economia de um país.
O termo narcoestado se aplica a países cujas instituições políticas se encontram significativamente influenciadas pelo tráfico de drogas, e cujos líderes desempenham simultaneamente cargos como funcionários do governo e são membros das redes de tráfico de entorpecentes ilegais, amparados pelos respectivos poderes legais.
O uso do termo começou a ser implementado na década de 1980 com o surgimento de poderosas organizações mafiosas na Colômbia. Atualmente, são usualmente considerados dois exemplos de narcoestado: Kosovo [1] na Europa e Guiné-Bissau [2] na África, embora várias instituições têm alertado que outros países podem cair sob este tipo de governo, como por exemplo o Afeganistão.[3][4]
Dois dos países que normalmente têm sido associados com o termo, devido ao grande poder alcançado pelos cartéis de droga em seus territórios, têm sido Colômbia e México,[5][6][7][8] o que também vem exercendo uma influência significativa sobre os outros países vizinhos. Outro exemplo de narcoestado é o Suriname, onde até o presidente em exercício é procurado internacionalmente por tráfico de drogas.[9] Mais recentemente, a Venezuela foi classificada como um narcoestado devido à relação que poderosas figuras do governo venezuelano possuem com traficantes de drogas. Durante uma reunião do conselho de segurança das nações unidas para discutir a crise na Venezuela, a embaixadora dos EUA nas nações unidas Nikki Haley afirmou que a Venezuela é uma "ameaça global" e um narcoestado perigoso.[10][11]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Scott, Peter D.. The Road to 9/11: Wealth, Empire, and the Future of America. University of California Press, 2008. ISBN 0520258711
- (2002). Title of an online essay: "The Narco-State Cometh"[12]
- (2006). An anonymous US official on Afghanistan: "Now what they have is a narco-economy. If they do not get corruption sorted they can slip into being a narco-state,".[13]
Referências
- ↑ Libertad Digital «Kosovo, Cataluña... y Zapatero»
- ↑ El País «En el corazón del 'narcoestado'»
- ↑ «Afghanistan risks becoming 'narco-state': U.N. official». Reuters
- ↑ «American watchdog says Afghanistan risks becoming 'narco-state'». The Telegraph
- ↑ El País «"El narcoestado soñado por Escobar tiene más vigencia que nunca"»
- ↑ El Universal «Afirma Krauze que se debe evitar que México sea ‘narco-Estado'»
- ↑ Carolina Cimenti. «Saiba mais sobre os cartéis de drogas do México». Último Segundo / IG. Consultado em 2 de maio de 2016. Cópia arquivada em 3 de março de 2016
- ↑ Jorge Ramos ( e Luiz Roberto Mendes Gonçalves ). «O México de Peña Nieto: mais violência, poucos resultados». Consultado em 2 de maio de 2016. Cópia arquivada em 4 de julho de 2014
- ↑ «Narcotráfico e inseguridad ciudadana: Gustavo Gorriti, aún estamos lejos de ser un narcoestado» (em espanhol). 17 de novembro de 2011
- ↑ http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,eua-dizem-que-venezuela-e-uma-ameaca-global,70002083531
- ↑ https://www.theguardian.com/world/2017/feb/17/venezuelan-vice-president-just-latest-to-be-called-drug-trafficker
- ↑ "The Narco-State Cometh", Kuro5hin March 20, 2002.
- ↑ "Afghan opium cultivation hits a record", by Fisnik Abrashi, Associated Press, August 16, 2006.