Nitrato de potássio – Wikipédia, a enciclopédia livre
Nitrato de potássio Alerta sobre risco à saúde | |
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Outros nomes | Salitre |
Identificadores | |
Número CAS | |
Propriedades | |
Fórmula molecular | KNO3 |
Massa molar | 101,1032 g/mol[1] |
Aparência | Sólido branco a 1013 mbar/20 °C[1] |
Densidade | 2,109 g·cm−3 (16 °C) (sólido[1] |
Ponto de fusão | 334 °C[1] |
Ponto de ebulição | 400 °C decomp.[1] |
Riscos associados | |
Classificação UE | O[1] |
NFPA 704 | |
Frases R | 8[1] |
Frases S | 17, 24/25[1] |
Compostos relacionados | |
Outros aniões/ânions | Nitrito de potássio |
Outros catiões/cátions | Nitrato de lítio Nitrato de sódio Nitrato de rubídio Nitrato de césio |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
O composto químico nitrato de potássio é um nitrato cuja fórmula é KNO3. Salitre (do catalão salnitre da locução latina sal nitrum) é um nitrato de potássio usado para várias finalidades, como produzir fertilizantes e explosivos.[2]
Origem
[editar | editar código-fonte]Atualmente, a maioria do nitrato de potássio vem dos vastos depósitos de nitrato de sódio existentes nos desertos chilenos. O nitrato de sódio é purificado e posteriormente colocado para reagir com uma solução de cloreto de potássio, na qual o nitrato de potássio é obtido, menos solúvel, cristaliza.
Utilização
[editar | editar código-fonte]Em alimentos
[editar | editar código-fonte]É usado pelas indústrias de alimentos que produzem carnes defumadas e embutidos/enchidos (salsichas, linguiças, salames, etc.) a fim de evitar a proliferação da bactéria causadora do botulismo, que causa uma intoxicação alimentar grave. Serve também para realçar a cor e o sabor do alimento. O alto consumo destes produtos pode ser prejudicial à saúde, pois as bactérias do intestino convertem os nitratos, como o salitre, em nitritos, que reagem com compostos nitrogenados e transforma-se em nitrosaminas, substâncias potencialmente cancerígenas que também podem causar anomalias fetais. Além disso, ao entrar na corrente sanguínea, o nitrito converte a hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue em meta-hemoglobina, que é incapaz de transportar oxigênio/oxigénio.
Em adubos
[editar | editar código-fonte]O salitre também é ótimo como adubo, sendo grande fonte de nitrogênio e potássio para as plantas. Através do nitrogênio/nitrogénio, as bactérias nitrificantes produzem essa substância, juntamente com o nitrato de sódio (NaNO3).
No entanto, o Nitrato de Potássio possui um índice salino muito alto, sendo cerca 100.[3] De acordo com um estudo de 2015, concentrações excessivas de sal podem levar a mortes de raízes e microrganismos através da plasmólise,[4] prejudicando assim o desenvolvimento do plantio.
Outras aplicações
[editar | editar código-fonte]- É muito utilizado para fazer bombas de fumo.
- É utilizado pelos ourives para aumentar a resistência do ouro.
- É utilizado em fertilizantes.
- É utilizado para fazer pólvora, usada nos fogos de artifício.
- É utilizado no tratamento da hipersensibilidade dentária.
- É utilizado no coquetel molotov.
- É utilizado na aquariofilia marinha para controle de cianobactérias.
- É utilizado na formulação de alguns cremes dentais, como o Sensodyne[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g h Registo de Potassium nitrate na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA
- ↑ Aulete 2019.
- ↑ «FERTILIZER SALT INDEX» (PDF). A&L Great Lakes Laboratory. 2002. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ YAN (2015). «International Soil and Water Conservation Research». International Soil and Water Research. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ «Proteção Completa +». www.sensodyne.com. Consultado em 21 de fevereiro de 2023
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alan Williams: The production of saltpeter in the middle ages, Ambix, 22 (1975), p. 125-33. Maney Publishing, ISSN 0002-6980.
- Garone Filho, W.: Lesões cervicais e hipersensibilidade dentinária. Atualização na Clínica Odontológica – São Paulo – APCD – Artes Médicas,1996
- Composição de dessenbilizante dentinário "Dessensiv"[1]