Osteossarcoma – Wikipédia, a enciclopédia livre
Osteossarcoma | |
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Raio X de um osteossarcoma em úmero | |
Especialidade | oncologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C40-C41 |
CID-9 | 170 |
CID-ICD-O | 9180/3 |
CID-11 | 823787853 |
OMIM | 259500 |
DiseasesDB | 9392 |
MedlinePlus | 001650 |
eMedicine | ped/1684 orthoped/531 radio/504 radio/505 |
MeSH | D012516 |
Leia o aviso médico |
Osteossarcoma é o tumor ósseo maligno primário mais comum. Geralmente aparece em locais onde os ossos crescem mais rápido e durante a fase de crescimento. É mais comum aos 20 anos e frequentemente tem crescimento rápido.Quando afeta idosos geralmente é uma complicação da Doença de Paget do osso ou induzido por radiação.[1]
O tumor ocorre preferencialmente na região da metáfise óssea de ossos tubulares longos, pois é onde os ossos mais crescem. A maioria dos casos ocorrem nos joelhos. Geralmente se originam de osteoblastos (células que produzem a matriz óssea).
Prevalência
[editar | editar código-fonte]O osteossarcoma é a sexta causa de câncer em crianças com menos de 15 anos. Afeta nos Estados Unidos anualmente cerca de 400 crianças com menos de 20 anos e 500 adultos (maioria entre 15-30 anos). Aproximademente 1/3 dos 900 morre a cada ano, ou seja, 300 por ano. Um segundo pico de incidência ocorre na velhice, geralmente associada com doença óssea subjacente como a doença de Paget, infarto medular ou irradiação prévia.
Sintomas
[editar | editar código-fonte]A localização mais vulgar deste tumor nos indivíduos novos é num dos ossos compridos dos membros ou na vizinhança do joelho, anca ou ombro. O primeiro sintoma é geralmente uma tumefacção dolorosa e visível sobre o osso atingido, se este está próximo da superfície, ou uma dor profunda, se o osso infectado não pode ser sentido através da pele.
Como complicação da doença da Paget, o osteossarcoma pode desenvolver-se ao mesmo tempo em vários ossos, e as dores que provoca podem não se distinguir das causadas por aquela doença.
Patologia
[editar | editar código-fonte]O tumor pode estar localizado no final dos ossos longos. Geralmente afeta a porção final superior da tíbia ou úmero, ou a porção final inferior do fêmur.
O osteossarcoma tende a afetar regiões próximas ao joelho em 60% dos casos, 15% em volta do quadril, 10% no ombro e 8% na mandíbula. O tumor é solido, duro, irregular devido às espículas tumorais do osso calcificado (aspecto de explosão solar). Na radiografia o sinal de elevação do periósteo é conhecido como triângulo de Codman. Os tecidos em volta são infiltrados.
O tumor costuma fazer metástases locais e por via hematogênica para os pulmões.
Diagnóstico
[editar | editar código-fonte]O diagnóstico geralmente baseia-se na radiografia do osso, mas podem ser feitos outros exames imageológicos aos ossos, como a RMN.
Pode haver aumento das enzimas fosfatase alcalina e lactato desidrogenase na circulação.
Tratamento
[editar | editar código-fonte]O osteossarcoma não é tratado com radioterapia, uma vez que a radiação é um fator de risco para esta metaplasia. Para o tratamento, é necessário ressecar cirurgicamente o osso atingido. Hoje, as amputações corresponde apenas a 5 a 10 % dos casos, ocorrendo perda de um membro; em alguns casos, poderá adaptar-se uma endoprótese imediatamente após a operação. Em vez da amputação, é possível, em alguns casos, ressecar o osso atingido e substituí-lo por um enxerto ósseo ou mesmo por um osso artificial (Endoprótese).
Após a cirurgia, faz-se geralmente um tratamento com fármacos antineoplásticos por vários meses para destruir qualquer célula cancerosa que tenha metastizado para qualquer outra parte do corpo.
Prognóstico
[editar | editar código-fonte]Os avanços com o tratamento melhoraram substancialmente a sobrevivência média, que antigamente era de 25%. Atualmente a taxa de sobrevivência média é de 60 a 70%.