Padrão (descobrimentos) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Padrão de Diogo Cão no cabo Negro, Angola

Os padrões são colunas de pedra com as armas portuguesas e uma inscrição, tendo no topo as quinas portuguesas, destinados a afirmar a soberania portuguesa no local onde eram depostos. Diogo Cão colocou o Padrão de S. Agostinho[1] e o de S. Jorge, respectivamente no cabo de Santa Maria (13º27'S de latitude) e na foz do rio Zaire. Colocou ainda um padrão no cabo Negro (15º40'S) e outro no cabo da Cruz (na Namíbia) onde chegou em 1485. A primeira destas viagens teria sido realizada em 1482.

Com o mesmo objetivo de assinalar a prioridade do descobrimento, foram também colocados padrões por Bartolomeu Dias no sudoeste de África (Dias Point) no sueste (False Island) e também no cabo da Boa Esperança. Também Vasco da Gama terá colocado padrões na África austral (Angra de São Brás) e na costa oriental (Quelimane, ilha de Moçambique e Melinde) e nas Laquedivas (ilhéu de Santa Maria).

A Sociedade de Geografia de Lisboa conseguiu recuperar, no século XX, três padrões de Diogo Cão e um de Bartolomeu Dias, parecendo perdidos os de Vasco da Gama.

Um marco de pedra deixado pelos portugueses em 1501, considerado o mais antigo monumento preservado do Brasil, batizado oficialmente Marco de Touros, é objeto de culto por ser considerado, pela população local, uma "pedra santa" capaz de fazer curas milagrosas.[2]

Também foram instalados outros marcos ao longo da navegação portuguesa, como o colocado em Cananéia ao limite sul e em Belém (Pará) ao limite norte, como celebração do Tratado de Tordesilhas.

Referências

  1. «Padrão de Santo Agostinho». Sociedade de Geografia de Lisboa. Consultado em 30 de setembro de 2012 
  2. Marco português de 1501 vira objeto de culto milagroso no RN

Ligações externas

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