Parque Metropolitano de Pituaçu – Wikipédia, a enciclopédia livre

Parque Metropolitano de Pituaçu
Parque Metropolitano de Pituaçu
Prédio da entrada do Parque.
Parque Metropolitano de Pituaçu
Localização Pituaçu, Salvador
País  Brasil
Tipo Público
Área 425 ha
Inauguração 1973 (51 anos)
Administração Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado da Bahia
Nº de visitas anuais Segunda a sexta: 8h-17h
Sábado, domingo e feriados: 8h-18h[1]

O Parque Metropolitano de Pituaçu, ou simplesmente Parque de Pituaçu, está localizado no bairro de Pituaçu, em Salvador, próximo à orla e à Universidade Católica do Salvador (UCSal). Foi criado por Decreto Estadual nº 23.666 de 4 de setembro de 1973[2] e pelo Decreto nº 23.113 de 12 de abril de 1978 foi declarada a utilidade pública do terreno para desapropriações,[3] inicialmente com 660 hectares,[4] durante o governo estadual de Roberto Santos.[5] Está situado na orla marítima e atualmente ocupa 425 hectares,[1] a maior reserva ecológica da cidade de Salvador, Bahia. Nos fins de semana, recebe entre quatro e cinco mil visitantes.[6]

Um dos principais pontos da cidade com remanescentes de Mata Atlântica é fonte lazer e turismo para a cidade com sua fauna e flora diversificadas, além da beleza da Lagoa de Pituaçu. Como parte do Parque, há duas quadras poliesportivas, ciclovia, pista de patinação e skate, parque infantil, píer para pedalinhos. Daí funciona a Associação de Remo de Salvador, que também coordena projetos sociais, além de atletas. Funcionam também estabelecimentos comerciais oferendo comidas e bebidas. A partir desses espaços e instalações, o Parque de Pituaçu é palco de trilhas ecológicas e competições esportivas, inclusive de esportes radicais. Do mesmo modo, diversas atividades culturais também são realizadas, destaque para exposições e feiras de livros e sessões de leitura.[1]

Em 2006, foram plantados no entorno da lagoa, exemplares de pau-brasil, aroeira, pau-pombo, jenipapeiro, cajá, mangaba, cedro e ipês roxo e amarelo, visando a repor a área da mata perdida.

Há uma pista de treinamento para aeromodelismo, abandonada, no parque feita na gestão de Mário Kertész.[7]

Ver artigo principal: Ciclovia do Parque de Pituaçu

A ciclovia do Parque de Pituaçu segue na maior parte do seu percurso as margens da Lagoa de Pituaçu, excetuando-se quando corta as duas maiores penínsulas da lagoa.[8] Atualmente conta com 15 quilômetros de extensão com sinalização, cinco quiosques e outros pontos de apoio, e é uma das maiores da Bahia.[1] Tem início próximo ao Espaço Mário Cravo, passando próximo ao Campus de Pituaçu da UCSal, ao Estádio de Pituaçu, ao escritório da CONDER, ao escritório e ao horto da SUCAB, à barragem do Rio Pituaçu e ao Museu de Ciência e Tecnologia da UNEB.[8] No início da ciclovia está localizado um bicicletário para aluguel.[8][1]

Embora o Parque feche às 18h no sábado, é possível realizar passeios ciclísticos noturnos acompanhados pela Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA) por meio do Pedal da Lua, que ocorre nos sábados antecedentes à Lua cheia.[1]

Lagoa de Pituaçu
Represa de Pituaçu
Parque Metropolitano de Pituaçu
A Lagoa e o píer dos pedalinhos ao fundo.
Localização
Localização Salvador
Região geográfica América do Sul
País  Brasil
Características
Tipo Represa
Área * km²
Bacia hidrográfica Bacia do Rio das Pedras
Afluentes Rio Pituaçu
Efluentes Rio das Pedras
* Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas envolvidas, podendo não estar normalizadas.

Dentro do Parque localiza-se a Lagoa de Pituaçu, a maior da área metropolitana de Salvador com 200 hectares (ou dois quilômetros quadrados). Foi formado artificialmente em 1906 para servir de manancial de abastecimento da cidade, a partir do represamento do rio Pituaçu, até então um volumoso afluente do Rio das Pedras.[1][5] A lagoa passou por um vasto processo de degradação que obrigou a suspensão do uso de suas águas para abastecimento.[1]

Hoje, a lagoa é um dos principais espaços públicos de lazer da cidade.[1] É local para a prática de canoagem, inclusive a partir de projetos da Associação de Remo de Salvador, como o Projeto da Comunidade e o Projeto Remo Adaptado.[1] Treinamentos também tem seu lugar na lagoa e há a reivindicação para se construir um "estádio de remo", que conta com projetos governamentais da CONDER de instalar raias olímpicas e paralímpicas no espelho.[9][10][11][12][13]

Espaço Mário Cravo

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Esculturas na entrada do Parque.

O Espaço Mário Cravo, também conhecido como Parque das Esculturas, ocupa uma área de 53 mil metros quadrados dentro do parque. Lá encontram-se esculturas do artista plástico baiano Mário Cravo Júnior, dispostas em exposição permanente e ao ar livre, além de um centro de cultura e arte.[14] Singular no país, a área cedida pelo Governo do Estado da Bahia é administrada pela Fundação Mario Cravo, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (SEDUR).[15] No Espaço, funciona também o atelier do artista dentro do prédio localizado na entrada do parque, frontal à orla.[16]

Bahia Café Hall

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O Bahia Café Hall é uma casa de espetáculos existente dentro do parque, às margens da Avenida Paralela. A área de mil metros quadrados foi objeto de concessão pública, por cinco anos, do governo estadual à iniciativa privada para o funcionamento de um restaurante para os servidores do Centro Administrativo da Bahia. Entretanto, a rede de restaurantes Bernard repassou para o empresário Guilardo Lopes Filho, que o transformou em casa para eventos. Por isso, em 2008, o governo estadual alegou quebra do contrato e pediu a devolução do espaço, a qual não foi atendida. O contrato de concessão venceu em 2010, mas o concessionário permaneceu administrando-o. Um processo judicial foi aberto, sendo parte dele finalizado em abril de 2015, quando houve a reintegração de posse do espaço para a Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb). Ainda, o governo estadual cobra judicialmente uma dívida de 2,2 milhões de reais relativos ao período posterior ao fim contrato de concessão e pretende transformá-lo em um espaço multicultural.[17][18][19][20]

Referências

  1. a b c d e f g h i j INEMA. «Parque de Pituaçu» (PDF). Consultado em 1º de junho de 2013 
  2. Governo do Estado da Bahia. «Decreto Nº 23.666, de 04 de setembro de 1973» (PDF). Consultado em 2 de julho de 2013 [ligação inativa]
  3. Governo do Estado da Bahia. «Decreto nº 23.113, de 12 de abril de 1978» (PDF). Consultado em 2 de julho de 2013 [ligação inativa]
  4. www.inema.ba.gov.br. «Histórico». Consultado em 2 de julho de 2013 
  5. a b www.sma.salvador.ba.gov.br (2010). «O Caminho das Águas em Salvador» (PDF). Consultado em 2 de junho de 2013 [ligação inativa]
  6. www.inema.ba.gov.br. «Funcionamento». Consultado em 2 de julho de 2013 
  7. Pacheco, Nadja (22 de agosto de 2013). «Ambientalista propõe GT sobre o Parque de Pituaçu ao Fórum». Crea-BA. Consultado em 5 de Novembro de 2015 
  8. a b c INEMA. «Ciclovia» (PDF). Consultado em 1º de junho de 2013 
  9. Secom. «Parque de Pituaçu recebe maior investimento desde a sua criação». Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia. Consultado em 26 de Maio de 2015. Arquivado do original em 26 de maio de 2015 
  10. Luan Santos (30 de março de 2014). «Obras de requalificação do Parque de Pituaçu começam segunda». A TARDE. Consultado em 26 de Maio de 2015 
  11. Bahia Notícias (2011). «O Futuro de Pitauçu». Consultado em 26 de Maio de 2015 
  12. Raphael Carneiro (29 de março de 2013). «Geração 2016: promessas vazias dão prejuízos ao esporte olímpico baiano». globoesporte.com. Consultado em 26 de Maio de 2015 
  13. Ascom/Setre (15 de Abril de 2013). «Governo doa 8 barcos à Federação dos Clubes de Regatas da Bahia». Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte. Consultado em 26 de Maio de 2015. Arquivado do original em 26 de maio de 2015 
  14. Bahia.com.br. Espaço Mário Cravo (Parque das Esculturas)
  15. Exposição homenageia os 90 anos de Mario Cravo Jr
  16. Exposição na Barra homenageará obra de Mário Cravo Junior
  17. Yuri Silva (14 de abril de 2015). «Bahia Café Hall é reintegrado ao estado». Salvador. A Tarde. Consultado em 6 de junho de 2015 
  18. «Governo garante reintegração de posse da área do Bahia Café Hall». Bahia Notícias. 17 de Setembro de 2014. Consultado em 6 de junho de 2015 
  19. Lucas Cunha (18 de Setembro de 2014). «'Acabar com o Bahia Café Hall é continuar matando o entretenimento da Bahia', diz gestor». Salvador. Bahia Notícias. Consultado em 6 de junho de 2015 
  20. Da Redação (17 de setembro de 2014). «Bahia Café Hall pode ser desativado após disputa judicial». Correio. Consultado em 6 de junho de 2015 

Ligações externas

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