Partido do Povo Brasileiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Partido do Povo Brasileiro
Partido do Povo Brasileiro
Sigla PPB
Número eleitoral 16
Presidente Antônio Pedreira
Fundação maio de 1985
Dissolução 1990 (5 anos)
Ideologia Conservadorismo liberal[1]
Liberalismo econômico[1]
Parlamentarismo[1]

Política do Brasil
Partidos políticos
Eleições

Partido do Povo Brasileiro, ou PPB, foi uma sigla partidária brasileira liderada, de 1985 a 1990, por Antônio Pedreira. Décadas depois, Antônio se envolveria no Escândalo do Mensalão.[2][3]

Trajetória eleitoral

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Sua estreia eleitoral foi em novembro de 1985, nas eleições municipais para prefeito das capitais e cidades consideradas de segurança nacional

Antônio Pedreira concorreu à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, utilizando seus programas para atacar os rivais na campanha. Receberia 4.789 votos (0,2%), ficando em 16º lugar entre os 19 prefeituráveis (Clemir Ramos, do PDC, abandonou a disputa).

Na eleição municipal de São Paulo, lançou o radialista Pedro Geraldo Costa, que havia concorrido à prefeitura da capital paulista 20 anos antes, como postulante à chefia do executivo municipal. O candidato obteve 27.889 votos, ficando em 6º lugar.

Em 1986, apoiou a candidatura vitoriosa de Moreira Franco ao governo estadual. Nas eleições para a Assembleia Constituinte, entretanto, o partido não conseguiu eleger nenhum candidato, enquanto que, na briga por uma vaga no Senado, Pedreira ficou em 12º lugar, com 154.095 votos. Apoiou, ainda, a candidatura de Paulo Maluf na eleição municipal de 1988.

Antônio Pedreira, que faleceu em outubro de 2013 num acidente automobilístico, foi um dos três candidatos negros a disputar as eleições presidenciais de 1989 (assim como Marronzinho, do PSP, e Armando Corrêa, do PMB, que desistiria da candidatura posteriormente). Em sua campanha, dizia ser o único candidato a manifestar apoio ao então presidente José Sarney, ao mesmo tempo que criticava seus rivais, fato que renderia diversas punições do TSE e chegando, inclusive, a ter o programa suspenso durante 8 dias.

À véspera da eleição, Pedreira disse à imprensa que fora sequestrado e mantido por 2 dias em cativeiro. A imprensa, no entanto, ironizou a versão do candidato e veiculou declarações de integrantes do partido admitindo que Pedreira forjara o sequestro apenas para promover sua candidatura. Nas urnas, fica em penúltimo lugar, com apenas 86 107 votos. O partido viria a ser extinto em 1990, após não ter cumprido as exigências para obter o registro definitivo junto ao TSE.

Ainda no ano de 1990, tentou se fundir com o PDCdoB, porém teve seu pedido negado pelo TSE.

A sigla "PPB" seria reutilizada, de 1995 a 2003, pelo Partido Progressista Brasileiro (atual Progressistas), não mantendo, entretanto, nenhuma relação com o partido de Pedreira. Seu número eleitoral, o 16, também seria reutilizado pelo, igualmente não-relacionado, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado.

Desempenho Eleitoral

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Eleições presidenciais

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Ano Imagem Candidato a Presidente Candidato a Vice-Presidente Coligação Votos Posição
1989 Antônio Pedreira
(PPB)
Orestes Alves
(PPB)
Sem coligação 86.107 (0,13%) 20º

O partido utilizou 3 logos diferentes durante sua história.

Referências

  1. a b c Fundação Getúlio Vargas (n.d.). https://fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/partido-do-povo-brasileiro-ppb. Consultado em 11 de outubro de 2022  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. Redação. «PARTIDO DO POVO BRASILEIRO (PPB)». CPDOC FGV. Consultado em 8 de abril de 2016 
  3. Vasconcelo Quadros (20 de maio de 2005). «Pedreira, o sem-voto, atribui acusação à sua fama». Senado Federal. Consultado em 30 de outubro de 2021