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Perry Rhodan
Informações
Autor(es) vários
Gênero Ficção científica, space opera
País de origem  Alemanha
Editora  Alemanha VPM
 Brasil O Cruzeiro
Ediouro
SSPG

Perry Rhodan é o título de uma série de livros de ficção científica do gênero space opera[1] publicada desde 1961 na Alemanha. Enquanto os críticos do gênero nos Estados Unidos habitualmente difamam a série, as décadas de sucesso comercial tornaram a série um fenômeno. Perry Rhodan mostra uma crítica feroz à realidade atual, fazendo-nos refletir em 1960 sobre a Guerra Fria, em 1970 sobre a New Age e em 1980 sobre o movimento pacifista nas entrelinhas da sua história. A série tem capturado os principais pensamentos da elite científica da Alemanha e influenciou de forma pungente todos os escritores de ficção científica alemães e do mundo.

Coleção de Perry Rhodan

Escrito por uma equipe de autores que se alternam, "Perry Rhodan" é um periódico semanal (novela) de tradição germânica (Heftroman), um tipo de publicação semelhante a uma revista pulp.[2][3]

A série foi criada em 1961 por K. H. Scheer e Clark Darlton. Inicialmente concebida para ser uma trilogia, ela se tornou um sucesso duradouro, ultrapassando o número de 3229 histórias em 6 de julho de 2023 [4]. Houve diversas reedições, incluindo edições totalmente revisadas em formato de capa dura. Significativamente relacionadas a ela, estão as séries "Atlan" e "planetenromane" ("romances planetários"), nas quais os temas da série têm um desenvolvimento mais pormenorizado. Nas décadas que se seguiram ao seu lançamento, surgiram histórias em quadrinhos, numerosos itens de colecionador, várias enciclopédias, áudios, canções etc. A série foi parcialmente traduzida para diversos idiomas. Ela também foi passada para o cinema com o filme Mission Stardust (1967), muito criticado pelos fãs.

A história começa em 1971 com o primeiro voo tripulado à Lua por membros da Força Aérea dos Estados Unidos. O major Perry Rhodan e sua tripulação descobrem, em nosso satélite, uma espaçonave extraterrestre acidentada. Apropriando-se da tecnologia extraterrestre, eles conseguem a unificação da humanidade e iniciam a conquista da galáxia e do cosmos pela humanidade. Enquanto a série prossegue, algumas personagens adquirem a imortalidade virtual, fazendo a história cruzar os milênios, incluindo flashbacks, viagens no tempo, universos paralelos etc.

A série usa uma estrutura de narrativa em "ciclos" (arcos de história), similares aos usados em "Homem da Máfia" (Wiseguy), "Chumbo grosso" e Babylon 5. Um ciclo pode se estender de 25 a 100 números, devotados a explicar uma era. Alguns são agrupados em ciclos subsequentes, criando-se um grande ciclo.

Grande ciclo Via Láctea

Grande ciclo Galáxias Alienígenas

Grande ciclo Desintegração do Império

Grande ciclo Superinteligências

Grande ciclo Código Moral

Grande ciclo Ativadores Celulares

Grande ciclo "O Grande Enigma Cósmico"

Grande ciclo "Thoregon"

Grande ciclo "Cavaleiros da Paz"

  • 33 - O Oceano Estelar (2200 a 2299)
  • 34 - Terranova (2300 a 2399)
  • 35 - Negasfera (2400 a 2499)
  • 36 - Stardust (2500 a 2599)
  • 37 - Neuroverso (2600 a 2699)
  • 38 - O Tribunal Atópico (2700 a 2799)
  • 39 - O Espaço Atemporal (2800 a 2899)
  • 40 - Mausoleu Estelar (2900 a 2949)
  • 41 - Genesis (2950 a 2999)
  • 42 - Mito (3000 a 3099)
  • 43 Caotarcas (3100 a 3199)
  1. Humanóides
  2. Não Humanóides
  3. Mutantes
  4. Universos
  5. Frotas Estelares
  6. Naves
  7. Robôs
  8. Arcônidas
  9. Aras
  10. Saltadores
  11. Superpesados
  12. Outros

1 - Cronologia da série

A série no mundo

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Série no Brasil

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A série fez sua estreia no país no livro Operação Astral, décima quarta edição da coleção Galáxia 2000 da Editora O Cruzeiro[5] publicada em 1966, o livro reunia as histórias Missão Stardust e Terceira Potência (batizada como Segunda Parte), ambas as histórias foram traduzidas do francês[6][7]. Entre 1975 e 1991, ela foi publicada pela Editora Tecnoprint S.A. (atual Ediouro), que lançou os episódios 1 a 536 em formato de bolso (10,5 x 16 cm e 11,5 x 18 cm)[8][9] e, a partir do volume 200, como "Futurâmica Espacial Perry Rhodan" no formato "superbolso" (12 x 21 cm)[8].

Em 1975, a editora "Etcetera" publicou duas edições da revista em quadrinhos "Perry, nosso homem no espaço"[10][11]

Em 1988, é formado o primeiro fã-clube brasileiro sobre Perry Rhodan, fundado por Sérgio Roberto L. Costa e Maria Ângela C. Bussolotti, Caio Cardoso Sampaio e Roberto de Sousa Causo, ligado ao Clube de Leitores de Ficção Científica (CLFC), esse clube publica o fanzine O Rhodaniano.[7]

Em 1991, os irmãos Alexandre e Daniel Pereira dos Santos, lançam o "Informativo Perry Rhodan" um fanzine dedicado a série e em 1994 fundam o Perry Rhodan Fã Clube do Brasil - PRFCB" que congregou mais de 150 associados, dos quais se destacaram membros que mais tarde seriam fundamentais no retorno da série no Brasil: Rodrigo de Lélis e César Rodrigo Maciel. Em 1994 a Sociedade Brasileira de Arte Fantástica realiza a I RhodanCon, a primeira convenção dedicada a série.[7]

Em junho de 2001, a série voltou a ser traduzida no Brasil pela SSPG (Star Sistemas e Projetos Gráficos Ltda), a partir do número 650,[7][9] além das novelas originais, publica artigos e contos de autores brasileiros.[12]

A SSPG publicou a série até janeiro de 2007, quando lançou o volume duplo com os episódios 846/847. Após a suspensão da publicação da série pela SSPG, fãs da série criaram o Projeto Traduções a fim de traduzir histórias inéditas em português, principiando com o hiato que ficou entre as publicações da Ediouro e as da SSPG, isto é, os números 537 a 649[9], tendo já sido lançados os nºs 537 ao 649 e atualmente no ciclo 21 do 1400 ao 1446. Além disso outras séries paralelas à série principal foram lançadas pela primeira vez no Brasil, como a série Atlan, Planetenromane, Lemuria e a nova série Perry Rhodan NEO. A edição brasileira também publica contos de autores brasileiros, é o caso de alguns contos da série "Shiroma, Matadora Ciborgue" do escritor Roberto de Sousa Causo.[13]

Em Julho de 2013, a SSPG lançou uma enquete em seu site oficial, sobre a possibilidade dos livros serem lançados em formato e-book, em Janeiro de 2014, a editora publicou o resultado da enquete: a maioria dos leitores entrevistados foram favoráveis ao formato, a editora disse que estudaria o formato adequado.[14]

Em 2014 a SSPG voltou a publicar a série em uma nova edição digital. As atualizações dos lançamentos são feitas quinzenalmente todo dia 05 e 20 do mês sempre com 2 livros do ciclo O Concilio e um livro inédito. O último livro lançado em 20/08/2015 foi o livro 874 do novo ciclo Pan-Thau-Ra.

Em 11/2015 a SSPG iniciou a publicação dos livros do hiato 537 a 649, sendo o primeiro livro PR537 - A Bordo da Marco Polo (Digital) foi lançado em 20 de novembro de 2015.[15]

PR em outros países

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Traduções de Perry Rhodan estão disponíveis no Brasil, Rússia, Itália, Finlândia, China, Japão (1 ao 638), França (1 a 530), República Checa e Países Baixos (1 a 1710). As versões em inglês (1 a 146) foram editadas nos EUA, Canadá e Reino Unido.

Ver artigo principal: Perry Rhodan na Alemanha

Impacto cultural

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O holandês André Kuipers inspirou-se nela e tornou-se astronauta depois de ler a série. Quando finalmente lançou-se no espaço, em 18 de Abril de 2004, levou com ele o primeiro livro que leu, o número 10 ("Batalha no setor Vega").

Christopher Franke, ex-membro do grupo germânico de música eletrônica Tangerine Dream e compositor da trilha sonora da série de televisão Babylon 5, lançou Perry Rhodan Pax Terra em 1996, música esta inspirada no épico de "Perry Rhodan".

Notas


  1. Lorna Dannan. «Perry Rhodan a Série». Scarium 
  2. Franz Rottensteiner, Mike Mitchell (2008). The black mirror and other stories: an anthology of science fiction from Germany & Austria. [S.l.]: Wesleyan University Press. pp. xxx, xxxi e xxxii. 9780819568311 
  3. Roberto de Sousa Causo (4 de setembro de 2011). «Perry Rhodan 50 anos: Heftroman». Portal Terra 
  4. https://perry-rhodan.net/shop/item/9783845362298/perry-rhodan-3229-die-dunklen-hallen-von-terrania-von-michael-marcus-thurner-e-book-epub
  5. Roberto de Sousa Causo (2003). Ficção científica, fantasia e horror no Brasil, 1875 a 1950. [S.l.]: Editora UFMG. pp. 242 e 243. 9788570413550 
  6. Roberto de Sousa Causo (11 de setembro de 2011). «Perry Rhodan 50 anos: o futuro da série». Portal Terra 
  7. a b c d Roberto de Sousa Causo (10 de Dezembro de 2003). «Perry Rhodan no Brasil». Omelete. Consultado em 1 de maio de 2010 
  8. a b Roberto de Sousa Causo (24 de outubro de 2009). «Nos arquivos da Ediouro». Portal Terra 
  9. a b c Edgar Indalecio Smaniotto (18 de setembro de 2009). «Perry Rhodan, panorama da publicação da série no Brasil». Scarium 
  10. Edgar Indalecio Smaniotto (18 de setembro de 2009). «Perry, nosso homem no espaço Vol. 1». Scarium. Arquivado do original em 4 de novembro de 2010 
  11. Marcelo Naranjo (30 de novembro de 2015). «Os gibis que (quase) ninguém lembra mais». Universo HQ 
  12. Roberto de Sousa Causo (2014). «Os Pulps Brasileiros e o Estatuto do Escritor de Ficção de Gênero no Brasil». Alambique: Revista académica de ciencia ficción y fantasia. 2 (1) 
  13. «As Histórias – Galaxis» 
  14. «Comunicados da Editora». SSPG. 31 de janeiro de 2014 
  15. «Nova Edição Digital do Ciclo "O Enxame"» 
Web
Bibliografia

Gian Danton (2009). «Perry Rhodan literatura pop». Editora Escala. Conhecimento Prático Literatura. 22 páginas. Arquivado do original em 26 de abril de 2016 

Ligações externas

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