Drosophyllum lusitanicum – Wikipédia, a enciclopédia livre
Drosophyllum lusitanicum | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Vulnerável | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Drosophyllum lusitanicum (L.) Link (1806) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição do Drosophyllum. | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
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Drosophyllum lusitanicum, vulgarmente conhecido como pinheiro-baboso[1][2] ,é uma espécie de planta carnívora da família das Drosofiláceas[3] e pertencente ao tipo fisionómico das caméfitas.[4][5]
O pinheiro-baboso é uma planta popular entre colecionadores, uma vez que é o único representante das Drosofiláceas. Também é significativamente diferente das outras plantas carnívoras, na medida em que habita em climas mais secos.
Nomes comuns
[editar | editar código-fonte]Além de «pinheiro-baboso», esta espécie dá ainda pelos seguintes nomes comuns: pinheiro-orvalhado [6] e erva-pinheira-orvalhada.[3][4]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Encontra-se apenas em Portugal, onde por sinal apresenta maior e mais significativa expressão[3], no sudoeste de Espanha e no norte de Marrocos.
Em Espanha encontra-se nas províncias de Ciudad Real, Cádiz, Málaga, Cáceres, Badajoz e Ceuta.
Portugal
[editar | editar código-fonte]Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental.[5][4] Designadamente, no que toca a Portugal Continental, encontra-se presente em todas as zonas do litoral e ainda nalgumas zonas interiores como o Noroeste montanhoso, o Leste Montanhoso, o Centro-Leste de Campina, o Sudeste setentrional e o Sudeste meridional.[5]
Ecologia
[editar | editar código-fonte]Trata-se de uma espécie estritamente calcífuga.[4] Medra em matagais; ermos sáfaros; nas clareiras de matos acidofólios[3], mormente os de urze; em pinhais e bosques de espécies perenifólias.[5] Distribui-se por pequenos núcleos maioritariamente isolados entre si.[3]
Geralmente, tende a privilegiar os locais secos, com solos de substractos silíceos, onde predominem cascalhos ou xistos.[4]
Protecção
[editar | editar código-fonte]Trata-se de uma espécie protegida, constando da Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, sob a categoria de espécie vulnerável.[3][4]
Aplica-se-lhe esta categoria (vulnerável) porquanto se estima que a população nacional não ultrapasse os 2.500 indivíduos, o que por seu turno assinala um declínio populacional continuado, sendo que o número de indivíduos maduros estimado em cada subpopulação conhecida não ultrapassa os 1000 espécimes.[3]
Verifica-se também um declínio acentuado e constante da área e da qualidade dos seus habitats, por causa da expansão urbana e da exploração silvícola dos eucalipto, designadamente a Sudoeste, onde se encontram as maiores concentração dos núcleos populacionais dos pinheiros-babosos.[3]
À guisa de medidas de conservação, os autores do ICNF propõem a criação de micro-reservas de âmbito privado ou local, bem como o condicionamento da expansão da área dos eucaliptais nas zonas de ocorrência do pinheiro-baboso.[3]
Cultivo
[editar | editar código-fonte]Infelizmente, esta planta tem uma má reputação de ser difícil crescer e manter. O principal problema é que os métodos de cultivo utilizados para outras plantas carnívoras, originárias de pântanos, são letais para o pinheiro-baboso. Os desafios específicos com o cultivo do pinheiro-baboso incluem: sementes de germinação lenta, perturbação da raiz é frequentemente mortal e as plantas são propensas à podridão radicular.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «pinheiro-baboso». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
- ↑ Morales, Ramon; Macía, Manuel Juan; Dorda, Elena; Villaraco, António Garcia (1996). Archivos de Flora Iberica. Nombres Vulgares, II (em espanhol). Madrid: Editorial CSIC - CSIC Press. p. 284. ISBN 9788400000332
- ↑ a b c d e f g h i Carapeto, André (2020). Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental (PDF). Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda. p. 288. 374 páginas. ISBN 978-972-27-2876-8
- ↑ a b c d e f «Drosophyllum lusitanicum | Flora-On | Flora de Portugal». flora-on.pt. Consultado em 3 de fevereiro de 2023
- ↑ a b c d «Jardim Botânico UTAD | Espécie Drosophyllum lusitanicum». Jardim Botânico UTAD. Consultado em 3 de fevereiro de 2023
- ↑ «Pinheiro-orvalhado». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- (em inglês) Informação sobre Caryophyllales - Angiosperm Phylogeny Website
- (em inglês) Chave de identificação de famílias de angiospérmicas
- (em inglês) Imagens e descrição de famílias de angiospérmicas - segundo sistema Cronquist
- (em português) Breve descrição sobre esta planta carnívora