Quinto Servílio Fidenato (tribuno consular em 382 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Quinto Servílio Fidenato | |
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Tribuno consular da República Romana | |
Tribunato | 382 a.C. 378 a.C. 369 a.C. |
Quinto Servílio Fidenato (em latim: Quintus Servilius Fidenas) foi um político da gente Servília nos primeiros anos da República Romana eleito tribuno consular por três vezes, em 382, 378 e 369 a.C..
Primeiro tribunato consular (382 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 382 a.C, foi eleito tribuno consular com Sérvio Cornélio Maluginense, Espúrio Papírio Crasso, Lúcio Emílio Mamercino, Lúcio Papírio Crasso e Caio Sulpício Camerino[1].
Lúcio e Espúrio Papírio comandaram as legiões romanas que derrotaram os habitantes de Velécia e o contingente prenestino aliado enquanto Lúcio Emílio e os demais tribunos receberam o comando das forças deixadas em Roma para a defesa da cidade[1].
Segundo tribunato consular (378 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 378 a.C., foi eleito tribuno consular pela segunda vez, com Licínio Menênio Lanato, Espúrio Fúrio Medulino, Marco Horácio Púlvilo, Públio Clélio Sículo e Lúcio Gegânio Macerino[2].
Enquanto, em Roma, patrícios e plebeus debatiam a questão de cidadãos romanos levados à escravidão por dívidas, os volscos iniciaram mais um raide em território romano.
Rapidamente foi organizada uma campanha militar e o exército foi dividido em dois: Espúrio Fúrio e Marco Horácio invadiram o território volsco ao longo da faixa costeira enquanto Quinto Servílio e Lúcio Gegânio lideraram o exército que expulsou os volscos do território romano. Porém, como os volscos se recusaram a dar-lhes combate, os romanos se limitaram ao saque do território volsco[2].
Terceiro tribunato consular (369 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 369 a.C., foi eleito tribuno pela última vez, com Aulo Cornélio Cosso, Quinto Quíncio Cincinato, Marco Cornélio Maluginense, Marco Fábio Ambusto e Caio Vetúrio Crasso Cicurino[3].
Os romanos tentaram mais uma vez cercar Velécia, mas, como no ano anterior, os adversários conseguiram resistir.
Enquanto isto, na capital, os tribunos da plebe Caio Licínio Calvo Estolão e Lúcio Sêxtio Laterano continuavam a levar adianta suas propostas de lei favoráveis à plebe e os patrícios começavam a perder o controle dos demais tribunos, que vinham conseguindo bloquear a iniciativa de Licínio e Sêstio[4].
“ | E ninguém podia se sentir satisfeito com o fato de os plebeus serem aceitos em eleições consulares: nenhum deles poderia conseguir a nomeação até que se estabelecesse em lei que um dos dois cônsules pudesse ser plebeu. | ” |
Árvore genealógica
[editar | editar código-fonte]Ver também
[editar | editar código-fonte]Tribuno consular da República Romana | ||
Precedido por: Sérvio Sulpício Rufo III com Lúcio Emílio Mamercino IV | Lúcio Papírio Crasso 382 a.C. com Espúrio Papírio Crasso | Sucedido por: Lúcio Fúrio Medulino Fuso com Marco Fúrio Camilo VI |
Precedido por: Lúcio Júlio Julo II com Lúcio Antíscio | Licínio Menênio Lanato III 378 a.C. com Quinto Servílio Fidenato II | Sucedido por: Lúcio Emílio Mamercino com Caio Vetúrio Crasso Cicurino |
Precedido por: Aulo Mânlio Capitolino IV com Sérvio Sulpício Pretextato III | Quinto Servílio Fidenato III 369 a.C. com Aulo Cornélio Cosso | Sucedido por: Sérvio Cornélio Maluginense VII com Espúrio Servílio Estruto |
Referências
- ↑ a b Lívio, Ab Urbe Condita VI, 3, 22.
- ↑ a b Lívio, Ab Urbe Condita VI, 3, 31.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita VI, 4, 36.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita VI, 4, 36-37.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita VI, 4, 37
- ↑ Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas, vi. 40.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita, vi. 22, 31, 36.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas