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Rodrigo Mudrovitsch
Rodrigo Mudrovitsch
Juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos
Período 2022 até 2027
Vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos
Período 1º de janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2025
Dados pessoais
Alma mater Universidade de Brasília

Rodrigo Mudrovitsch é um jurista e advogado brasileiro formado pela Universidade de Brasília. É sócio-fundador do escritório de advocacia Mudrovitsch Advogados[1] e foi eleito para o cargo de juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2021 para o período de 2022 a 2027.[2]

Em 2023, foi eleito vice-presidente da Corte IDH para um mandato de dois anos: de janeiro de 2024 a dezembro de 2025. [3][4]

Rodrigo Mudrovitsch graduou-se em Direito pela Universidade de Brasília, onde concluiu também o mestrado em Direito Constitucional. Depois, pela Universidade de São Paulo (USP), formou-se doutor em Direito Constitucional pelo Departamento de Direito do Estado. [5][6]

Colaborações com o Legislativo

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Foi Secretário-Geral da Comissão de Juristas criada pelo então Presidente da Câmara dos Deputados responsável pela  sistematização das normas de processo constitucional. Também foi membro da Comissão de Juristas da Câmara dos Deputados instituída para elaboração de anteprojeto de reforma da Lei de Improbidade Administrativa. [7][8]

Mudrovitsch foi nomeado para integrar a comissão de juristas destinada à revisão e atualização do Código Civil brasileiro.[9] Criada pelo Senado em setembro de 2023, a comissão é presidida pelo ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, e conta com 34 membros. O trabalho da comissão é dividido em áreas, que são distribuídas entre os juristas. A Rodrigo Mudrovitsch, coube a relatoria da Parte Geral do novo Código Civil.[10]

Corte Interamericana de Direitos Humanos

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Rodrigo Mudrovitsch na audiência pública da 150ª Sessão Regular da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Em dezembro de 2020, Rodrigo Mudrovitsch foi indicado por Jair Bolsonaro para ocupar assento na Corte Interamericana de Direitos Humanos. A indicação foi recebida com reservas por entidades de direitos humanos devido à falta de experiência do jurista com o tema. Especialistas internacionais do Painel Independente, que chegaram a entrevistar o candidato, avaliaram que seus conhecimentos sobre direito internacional público e direitos humanos não estavam demonstrados.[11][12]

Por outro lado, a candidatura recebeu 19 cartas de apoio de entidades brasileiras à sua candidatura,[13] incluindo entidades de juristas, como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); da ONG Prematuridade, organização sem fins lucrativos nacional dedicada à prevenção do parto prematuro e à garantia dos direitos dos bebês prematuros e os de suas famílias; e de acadêmicos como os professores Daniel Sarmento e Ademar Borges, diretor e membro, respectivamente, da Clínica de Direitos Fundamentais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); [14]o ex-presidente do Senado David Alcolumbre e o então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz.[14] Durante sua campanha, Mudrovitsch participou de comitivas internacionais com o então presidente Jair Bolsonaro e com seu vice, Hamilton Mourão, contando com o apoio do Itamaraty. [11][12]

Rodrigo Mudrovitsch durante sessão de abertura do 167º Período Ordinário de Sessões da Corte IDH

No dia 12 de novembro de 2021, foi eleito, aos 36 anos, em Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA, ), com 19 votos favoráveis, entre os 24 Estados que fazem parte da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, para um mandato de 6 anos na Corte IDH.[15][16] Essa eleição da qual participou foi considerada a mais acirrada da história do tribunal, com 9 candidatos ao cargo, tendo 2 desistido no decorrer da campanha. Rodrigo Mudrovitsch é a segunda pessoa mais jovem a ser eleita juiz da Corte Interamericana.[17]

Em novembro de 2023, Mudrovitsch foi eleito, por seus pares, vice-presidente da Corte. Seu mandato, assim como o da nova presidente, Nancy Hernández, vai de 1º de janeiro de 2024 até dezembro de 2025.[18]

Rodrigo Mudrovitsch durante sessão de abertura do 167º Período Ordinário de Sessões da Corte IDH

Desde sua nomeação, Mudrovitsch participou do julgamento de dezenas de casos. Em casos paradigmáticos, elaborou votos adicionaise[19] de forma individual ou em conjunto com outros juízes, em julgados relevantes da Corte Interamericana sobre os mais variados temas, como: a proteção da liberdade de expressão (casos Moya Chacón vs. Costa Rica[20] e Baraona Bray vs. Chile e Viteri Ungaretti vs. Equador), [21][22] direitos dos povos indígenas (Caso Comunidad Maya Q’eqchi vs. Guatemala)[23] e Comunidad Garifuna San Juan vs. Honduras)[24]; a afirmação dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais (casos Guevara Díaz vs. Costa Rica[25] e Benites Cabrera vs. Peru),[26] a proteção do meio ambiente (Comunidad La Oroya vs. Peru);[27] a garantia da independência judicial (caso Aguinaga Aillón vs. Equador,[28] Cajahuanca Vásquez vs. Peru[29] e Gutiérrez Navas vs. Honduras)[30] a inviolabilidade do domicílio (caso Valencia Campos vs. Bolívia),[31] o combate à violência contra a mulher (Caso Angulo Losada versus Bolívia)[32]); o direito à autodeterminação informativa e a proteção de defensores de direitos humanos (CAJAR vs. Colômbia)[33]; os direitos das crianças (Córdoba versus Paraguai)[34] e a proteção dos direitos à igualdade e à não discriminação em relação a estrangeiros (caso Hendrix vs Guatemala).[35]

Atuação como advogado

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Mudrovitsch Advogados

O escritório de advocacia Mudrovitsch Advogados foi fundado em 2012 por Rodrigo Mudrovitsch, abrangendo diversas áreas do Direito, como Direito Constitucional, Direito Criminal, Direito Concorrencial, Direito Civil, com forte atuação na área de Energia. Está entre as principais bancas de advocacia do Brasil com escritórios em Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Velho (RO).[36]

Entre os serviços prestados pelo escritório estão consultoria preventiva, litígios especializados e estratégicos, negociações e conciliações, com foco em áreas como contratos, infraestrutura, mercado financeiro, direito da concorrência, regulação, conformidade corporativa, lei anticorrupção e acordos de leniência.[37]

Além disso, o escritório também lida com questões relacionadas a serviços públicos, como licitações, contratos administrativos, concessões, parcerias público-privadas, bem como ações judiciais envolvendo improbidade, inquéritos civis públicos e ações civis públicas. [36] Na esfera criminal, o escritório possui vasta experiência em crimes econômicos, financeiros, ambientais, contra a Administração Pública, eleitorais e fraudes patrimoniais.[38]

Como advogado, Mudrovitsch atuou em causas constitucionais relevantes no Supremo Tribunal Federal (STF).[39] Em 2016, atuou como advogado na ADPF nº 425, a qual visava garantir a igualdade de direitos entre nacionais e estrangeiros no que se refere às garantias em matéria de prisão preventiva.[40] [41]

Rodrigo Mudrovitsch também foi um dos advogados que subscreveram a ADI nº 5941, proposta em 2018.[42] A ação pedia a declaração de inconstitucionalidade de dispositivos do Código de Processo Civil brasileiro que conferiam poderes demasiadamente amplos a magistrados para adotar medidas coercitivas em face do devedor, alegando, por exemplo, que a apreensão de passaporte ou da carteira nacional de habilitação como atos executivos atípicos enseja violação ao direito de liberdade de locomoção e à dignidade da pessoa humana.[43]

Em 2020, Mudrovitsch foi um dos advogados que patrocinou a ADPF nº 6.327 que visava ampliar a licença maternidade em casos que se faz necessária a internação da mãe ou do recém-nascido após o parto.[44] A ação, que pleiteava que o STF conferisse ao parágrafo 1º do artigo 392 da Consolidação das Leis do Trabalho e ao artigo 71 da Lei 8.213/1991 interpretação conforme a Constituição, foi julgada procedente por unanimidade, em 2022. [45]O STF definiu que deve-se considerar como termo inicial da licença-maternidade e do respectivo salário-maternidade a alta hospitalar do recém-nascido e/ou de sua mãe, o que ocorrer por último, prorrogando-se em todo o período o benefício, quando o período de internação exceder a duas semanas.[46]

O escritório de Mudrovitsch atuou ainda na ADI nº 6.359 e na ADI nº 6.379, propostas em 2020, durante a pandemia de COVID-19. Ambas visavam contribuir com a proteção da cidadania e dos direitos fundamentais da população diante daquele contexto de calamidade pública.[47][48]

Enquanto advogado, também representou clientes renomados, como os empresários Eike Batista e Jacob Barata Filho. Seu escritório cresceu consideravelmente durante a operação Lava Jato, quando chegou a ter 10 clientes investigados, entre eles os senadores petistas Lindberg Farias e Gleisi Hoffman e a empresa Odebretch.[49][12]

Teve longa relação acadêmica e profissional com Gilmar Mendes, ministro do STF, que foi seu orientador de mestrado em 2013. Posteriormente, atuou como advogado do ministro e foi contratado como professor no Instituto Brasiliense de Direito Público, que pertence a Gilmar Mendes. A relação suscitou críticas quando Mudrovitsch representou a Aprosoja Brasil, associação ruralista, em processo que tramitava no STF.[50][11]

O escritório Mudrovitsch Advogados recebeu diversos prêmios e reconhecimentos, incluindo a participação no ranking do guia Chambers and Partners Latin America 2021, The Legal 500 Latin America 2021, Analise Advocacia 500, The Legal 500 Latin America 2022 e Leaders League 2021, em diversas categorias como resolução de disputas, direito público, direito concorrencial e crimes de colarinho branco.[51]

Lista de obras

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  • 2024 – Convenção Americana de Direitos Humanos Comentada, Editora Gen/Forense, Coautoria com vários autores, coordenado em conjunto com Luis Felipe Salomão, ISBN 9788530995003 [52]
  • 2023 - Lei Anticorrupção em Debate - Balanço de seus 10 Anos - Biblioteca IDP, Editora Juruá, Coautoria com Giuseppe Giamundo Neto e Roberto Ricomini Piccelli, ISBN 9786526306192[53]
  • 2022 - Lei de Improbidade Administrativa Comentada, Editora Lumen Juris, Coautoria com Guilherme Pupe Da Nóbrega, ISBN 9788551919088 [54]
  • 2021 - Comentários À Lei De Improbidade Administrativa E Ao Projeto De Sua Reforma, Editora Lumen Juris, Coautoria com Guilherme Pupe Da Nóbrega, ISBN 9786555107593[55]
  • 2020 - Questões Jurídicas Atuais sob Novas Perspectivas, Editora Lumen Juris, Coautoria com Guilherme Pupe Da Nóbrega, ISBN 9786555100266[56]
  • 2018 – Democracia e Governo Representativo no Brasil, Editora Lumen Juris, ISBN 9788551909874[57]
  • 2017 – Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988: Análise crítica, Editora Saraiva Jur, Coautoria de vários autores, coordenado em conjunto com Gilmar Ferreira Mendes, ISBN 97885472-06321[58]
  • 2016 - Jurisdição constitucional, Editora Saraiva Jur, Coautoria de vários autores Compilado por Rodrigo Bittencourt Mudrovitsch, Jorge Octávio Lavocat Galvão e Gilmar Ferreira Mendes, ISBN 9788547206352[59]
  • 2016 - Manual dos Direitos da Pessoa Idosa, Editora Saraiva Jur, Coautoria com George Salomão Leite, Gilmar Ferreira Mendes e Glauco Salomão Leite, ISBN 9788547212223[60]
  • 2014 - Desentrincheiramento da Jurisdição Constitucional, Editora Saraiva Jur, ISBN ‎9788502230521[61]

Referências

  1. «Rodrigo Mudrovitsch». Mudrovitsch. Consultado em 12 de julho de 2024 
  2. Comunicacao, Grande (12 de novembro de 2021). «O advogado Rodrigo Mudrovitsch é eleito juiz na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)». OAB/DF. Consultado em 12 de julho de 2024 
  3. Matos, Maria Clara. «Rodrigo Mudrovitsch toma posse como vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos». CNN Brasil. Consultado em 12 de julho de 2024 
  4. «Rodrigo Mudrovitsch é eleito vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos». Conselho Federal da OAB. Consultado em 12 de julho de 2024 
  5. ConJur, Redação (8 de fevereiro de 2022). «Colunista da ConJur, Rodrigo Mudrovitsch toma posse na CIDH». Consultor Jurídico. Consultado em 12 de julho de 2024 
  6. Popular, Redação Jornal O. (12 de novembro de 2021). «Advogado indicado por Bolsonaro é eleito juiz para Corte Interamericana de Direitos Humanos». O Popular. Consultado em 19 de julho de 2023 
  7. «Juristas (Lei de Improbidade Administrativa)». Consultado em 4 de outubro de 2023 
  8. «Câmara cria comissão de juristas para avaliar legislação sobre processo constitucional». 26 de novembro de 2020. Consultado em 4 de outubro de 2023 
  9. «Instalada comissão de juristas para atualizar o Código Civil». Agência Senado. 4 de setembro de 2023. Consultado em 13 de novembro de 2023 
  10. «Notas Taquigráficas - Senado Federal - 10:46». Senado Federal. 23 de outubro de 2023. Consultado em 13 de novembro de 2023 
  11. a b c «Indicado por Bolsonaro à Corte Interamericana tem currículo reprovado em Direitos Humanos». CartaCapital. 9 de outubro de 2021. Consultado em 19 de julho de 2023 
  12. a b c «Amigo de Gilmar, brasileiro em Corte internacional defendeu Eike e Gleisi». noticias.uol.com.br. Consultado em 19 de julho de 2023 
  13. PÚBLICA, AGÊNCIA (9 de outubro de 2021). «Indicado por Bolsonaro à Corte Interamericana tem currículo reprovado em Direitos Humanos». Carta Capital. Consultado em 12 de julho de 2024 
  14. a b «Indicado por Bolsonaro à Corte Interamericana tem currículo reprovado em Direitos Humanos». CartaCapital. 9 de outubro de 2021. Consultado em 12 de julho de 2024 
  15. «Colunista da ConJur toma posse na Corte Interamericana de Direitos Humanos». Consultor Jurídico. 8 de fevereiro de 2022. Consultado em 19 de julho de 2023 
  16. «Rodrigo Mudrovitsch vence eleição para juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos». Valor Econômico. 12 de novembro de 2021. Consultado em 19 de julho de 2023 
  17. Prerrô, Grupo (12 de novembro de 2021). «OEA: Rodrigo Mudrovitsch é eleito juiz para Corte de Direitos Humanos». PRERRÔ. Consultado em 12 de julho de 2024 
  18. «Rodrigo Mudrovitsch é eleito vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos». Jota. 29 de novembro de 2023. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  19. «O nascimento do direito antidiscriminatório interamericano». JOTA Info. 30 de setembro de 2022. Consultado em 12 de julho de 2024 
  20. «Decisão da Corte IDH pode aumentar proteção à liberdade de imprensa no Brasil». 15 de setembro de 2022. Consultado em 25 de julho de 2023 
  21. idh, corte (16 de maio de 2023). «Casos» (PDF). CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS. Consultado em 12 de julho de 2024 
  22. «Corte IDH: Proteção penal da honra de funcionários públicos é incompatível com convenção». 7 de março de 2023 
  23. IDH, Corte (16 de maio de 2024). «CASO COMUNIDAD INDÍGENA MAYA Q'EQCHI' AGUA CALIENTE VS. GUATEMALA» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2024 
  24. IDH, Corte (29 de agosto de 2023). «CASO COMUNIDAD GARÍFUNA DE SAN JUAN Y SUS MIEMBROS VS. HONDURAS» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2024 
  25. «Sentença da Corte IDH solidifica justiciabilidade de direitos econômicos e sociais». 16 de setembro de 2022. Consultado em 25 de julho de 2023 
  26. «Caso Benites Cabrera – afirmação de uma hermenêutica integral da Convenção Americana». 14 de fevereiro de 2023. Consultado em 25 de julho de 2023 
  27. IDH, Corte (27 de novembro de 2023). «CASO HABITANTES DE LA OROYA VS. PERÚ» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2024 
  28. «Corte IDH condena Equador por destituir arbitrariamente membro da Justiça Eleitoral». 24 de abril de 2023. Consultado em 25 de julho de 2023 
  29. IDH, Corte (27 de novembro de 2023). «CASO CAJAHUANCA VÁSQUEZ VS. PERÚ» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2024 
  30. IDH, Corte (29 de agosto de 2023). «CASO COMUNIDAD GARÍFUNA DE SAN JUAN Y SUS MIEMBROS VS. HONDURAS» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2024 
  31. «Corte IDH. Caso Valencia Campos y otros Vs. Bolivia. Excepción Preliminar, Fondo, Reparaciones y Costas». Corte IDH - Sentencias. 18 de outubro de 2023. Consultado em 15 de novembro de 2023 
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  34. IDH, Corte (4 de setembro de 2023). «CASO CÓRDOBA VS. PARAGUA» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2024 
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