Segunda Guerra de Independência da Escócia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Segunda Guerra de Independência da Escócia
Guerras de independência da Escócia

A batalha de Neville's Cross.
Data 13321357
Local Escócia
Desfecho Impasse estratégico
  • Os escoceses mantêm sua independência, mas a Inglaterra fortalece sua posição na ilha
Beligerantes
Reino da Escócia
Reino da França
Reino da Inglaterra
Comandantes
William Douglas, Senhor de Liddesdale
Filipe VI
Alexander Ramsay
David II
Domhnall II
Archibald Douglas
William Douglas, 1º Conde de Douglas
John Randolph
Andrew Murray
Eduardo III
Eduardo Balliol
Henry de Beaumont
William Zouche
Tomás de Brotherton
David III Strathbogie
Ralph Dacre
Henry de Percy
Forças
Desconhecido Desconhecido
Baixas
Desconhecido Desconhecido

A Segunda Guerra de Independência da Escócia (1332–1357) foi uma série de campanhas militares travadas entre os reinos da Escócia e da Inglaterra no final do século XIII e começo do XIV.[1]

Este conflito foi precedido pela primeira guerra de independência escocesa. O tratado de Edinburgh-Northampton foi firmado em 1328 e garantia a liberdade da Escócia. Contudo, tal tratado nunca foi popular entre os ingleses e alienou vários nobres que haviam perdido terras no conflito anterior (os "deserdados") e eles queriam recuperar o que eles consideravam ser seu de direito. Os "deserdados" eram liderados por Eduardo Balliol, filho do antigo rei João, que fora o monarca da Escócia antes de Roberto I. Eles receberam apoio do rei Eduardo III da Inglaterra, e assim Balliol partiu para reivindicar suas antigas terras, e então invadiram a Escócia, coroando Balliol rei, em detrimento de David II, o herdeiro legitimo do rei Roberto I. O que se seguiu foi uma quase guerra civil, enquanto boa parte dos escoceses se ergueram para defender o rei David e para lutar contra Eduardo Balliol, o que forçou a Inglaterra a intervir, invadindo o sul da Escócia. David II teve de fugir para a França, sob proteção Filipe VI, enquanto os Guardiões prosseguiam a luta por Roberto Stewart para combater Balliol e Eduardo III pelo controle do território da Escócia. David depois retornaria, com boa parte do país sob controle inglês. Seguiu-se uma guerra de luta de guerrilhas e combates pontuais que, apesar de sangrentos, não despontou um vencedor.[2]

O conflito deixou a situação política caótica. Os escoceses enfrentaram dissidência interna, com nobres e líderes de clãs se enfrentando por terras e por poder. A guerra também atiçou a rivalidade entre a Inglaterra e a França, que ajudaria a precipitar a Guerra dos Cem Anos. No geral, foram duas décadas de combates, muito sangue derramado que deixou a infraestrutura da Escócia e da região norte da Inglaterra em ruínas. No final, a linhagem de David II conseguiu se manter no trono, após pagamento de taxas aos ingleses, consolidando assim a independência escocesa.[3]

Referências

  1. Brown, Michael (28 de julho de 2004). The wars of Scotland, 1214-1371. [S.l.]: Edinburgh University Press. ISBN 978-0-7486-1238-3. Consultado em 25 de março de 2010 
  2. Fry, Plantagenet Somerset. Castles: Scotland & the Border Country: The Essential Visitor Guide to the Best of the Region. [S.l.]: David & Charles. ISBN 978-0-7153-2707-4. Consultado em 2 de agosto de 2014 
  3. Sumption, Jonathan (1999). The Hundred Years War: Trial by battle. [S.l.]: University of Pennsylvania Press. ISBN 978-0-8122-1655-4. Consultado em 25 de março de 2010 
Ícone de esboço Este artigo sobre um conflito armado é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.