A Segunda Guerra de Independência da Escócia (1332–1357) foi uma série de campanhas militares travadas entre os reinos da Escócia e da Inglaterra no final do século XIII e começo do XIV.[1]
Este conflito foi precedido pela primeira guerra de independência escocesa. O tratado de Edinburgh-Northampton foi firmado em 1328 e garantia a liberdade da Escócia. Contudo, tal tratado nunca foi popular entre os ingleses e alienou vários nobres que haviam perdido terras no conflito anterior (os "deserdados") e eles queriam recuperar o que eles consideravam ser seu de direito. Os "deserdados" eram liderados por Eduardo Balliol, filho do antigo rei João, que fora o monarca da Escócia antes de Roberto I. Eles receberam apoio do rei Eduardo III da Inglaterra, e assim Balliol partiu para reivindicar suas antigas terras, e então invadiram a Escócia, coroando Balliol rei, em detrimento de David II, o herdeiro legitimo do rei Roberto I. O que se seguiu foi uma quase guerra civil, enquanto boa parte dos escoceses se ergueram para defender o rei David e para lutar contra Eduardo Balliol, o que forçou a Inglaterra a intervir, invadindo o sul da Escócia. David II teve de fugir para a França, sob proteção Filipe VI, enquanto os Guardiões prosseguiam a luta por Roberto Stewart para combater Balliol e Eduardo III pelo controle do território da Escócia. David depois retornaria, com boa parte do país sob controle inglês. Seguiu-se uma guerra de luta de guerrilhas e combates pontuais que, apesar de sangrentos, não despontou um vencedor.[2]
O conflito deixou a situação política caótica. Os escoceses enfrentaram dissidência interna, com nobres e líderes de clãs se enfrentando por terras e por poder. A guerra também atiçou a rivalidade entre a Inglaterra e a França, que ajudaria a precipitar a Guerra dos Cem Anos. No geral, foram duas décadas de combates, muito sangue derramado que deixou a infraestrutura da Escócia e da região norte da Inglaterra em ruínas. No final, a linhagem de David II conseguiu se manter no trono, após pagamento de taxas aos ingleses, consolidando assim a independência escocesa.[3]
Referências