Simca Esplanada – Wikipédia, a enciclopédia livre

Simca Esplanada
Simca Esplanada
Visão geral
Produção 19661969
Fabricante Simca do Brasil
Chrysler do Brasil
Modelo
Classe Segmento E
"Grande" no Brasil
Carroceria Sedã 4 portas
Ficha técnica
Motor 2.5L EmiSul V8
Potência 140bhp(142cv)
Transmissão 3 velocidades
Layout FR
Modelos relacionados Simca Chambord
Aero Willys
Willys Itamaraty
Chevrolet Opala
Dimensões
Comprimento 4520 mm
Entre-eixos 2690 mm
Largura 1750 mm
Altura 1480 mm
Peso 1150 kg
Tanque 65
Cronologia

Simca Esplanada foi um automóvel sedã fabricado pela Simca do Brasil.

No Salão do Automóvel realizado em São Paulo em novembro de 1966, um modelo chamou particularmente a atenção do público e dos especialistas: o Simca Esplanada, um sedã de luxo, 4 portas, equipado com as partes mecânicas do Simca Rally EmiSul. Sua carroceria fora desenhada no Brasil e o carro representava, na verdade, a última tentativa de afirmação da Simca do Brasil.[1] Tanto que, dias depois, no mesmo mês de novembro, a Chrysler internacional assumia o controle acionário daquela empresa, dentro de seu esquema de progressiva absorção de todo o acervo da Simca internacional.

Os boatos de que o Esplanada deixaria de ser produzido e seria substituído pelo Valiant de seis cilindros cessaram com a vinda ao Brasil de Eugene Caffiero, gerente geral dos assuntos da Chrysler para a América Latina: Caffiero afirmou categoricamente a intenção da empresa de manter o Esplanada em regime normal de produção.

A primeira providência adotada pela nova administração foi aperfeiçoar a qualidade dos produtos, colocando-os ao nível dos da Chrysler internacional. Enquanto seguiam para os Estados Unidos um Regente e um Esplanada para serem submetidos a duríssimos testes, que resultariam em 53 modificações para melhoramentos imediatos, chegaram ao Brasil, em março de 1967, os primeiros funcionários americanos da Chrysler. Finalmente, em junho do mesmo ano, a empresa passou a denominar-se oficialmente Chrysler do Brasil S/A Indústria e Comércio.

Antes que a Chrysler do Brasil lançasse no mercado os Esplanada e Regente redesenhados (em abril de 1968), com a plaqueta de identificação: “Fabricado pela Chrysler do Brasil”, o governo brasileiro já aprovara o investimento de 50,2 milhões de dólares para a produção de caminhões Dodge e o início do projeto de desenvolvimento e fabricação dos automóveis Dodge Dart com motor V-8.

Os testes severos, a garantia inédita de dois anos ou 36 mil quilômetros, a ampliação das novas instalações industriais e a contratação de novos técnicos geraram grande expectativa em relação aos novos carros. A política da Chrysler de manter o Esplanada e o Regente em produção com alguns melhoramentos técnicos e de estilo justificava-se plenamente, pois, a despeito de alguns defeitos permitidos pelo fraco controle de qualidade da Simca, os carros apresentavam características excepcionais com relação à direção, suspensão, conforto e estabilidade.

Com motor V-8 de 2.414cm3 e 130HP (do antigo Chambord Emi-Sul), o Esplanada era um dos carros nacionais de melhor aceleração, alcançando velocidade máxima ao redor de 160 km/h. Graças a um novo comando de válvulas adotado pela Chrysler, seu funcionamento era silencioso e o torque já aparecia nas rotações mais baixas (3000rpm), proporcionando arrancadas fáceis.

O conforto e a estabilidade representavam, no entanto, o ponto alto do Esplanada. A carroceria era silenciosa, acusticamente bem isolada, e as portas fechavam-se bem, característica que demonstra a qualidade da estrutura de um automóvel. O longo curso das molas (suspensão McPherson na frente e molas semi-elípticas atrás) absorvia bem as irregularidades da estrada.

No Salão do Automóvel de 1968 a Chrysler do Brasil apresentou os Esplanada e Regente modelos 1969, e a versão esportiva do Esplanada, o GTX.

Em 1969 a Chrysler decidiu substituir o Esplanada pelo novo Dodge Dart.[2]

Produção do Simca Esplanada(1966-1969)[3]
Ano Produção
1966 116
1967 2 538
1968 6 342
1969 3 224
Total 12 220

Referências

  1. «Esplanada é noividade da Simca». Google Newspapers Archives. Jornal do Brasil, ano LXXV, edição 278, Caderno de Automóveis, página 5. 26 de novembro de 1966. Consultado em 20 de novembro de 2024 
  2. «Dodge, a nova etapa para a Chrysler». Jornal do Brasil, ano LXXIX, edição 228, Caderno de Automóveis, página 2. 31 de dezembro de 1969. Consultado em 20 de novembro de 2024 
  3. «Produção Nacional de Veículos». Carro Antigo. Consultado em 14 de junho de 2024 

Ligações externas

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