Sistema Alto Tietê – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sistema Alto Tietê
Represas: Ponte Nova, Jundiaí, Taiaçupeba, Biritiba e Paraitinga

Represa Ponte Nova (Imagem:Hamilton Breternitz Furtado)
Localização
Localização São Paulo, Brasil Editar isso no Wikidata
Divisão Municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano
Dados gerais
Proprietário Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE)
Tipo estrutura arquitetónica
Vazão 15 metros cúbicos por segundo
Dados da albufeira
Capacidade total 517,3 milhões de metros cúbicos
Observações Volume: Total do Sistema Alto Tietê
Vazão: Média anual 2006
[1]

O Sistema Alto Tietê é um dos sistemas administrados pela SABESP destinados a captação, armazenamento e tratamento de água para a Grande São Paulo[2].

O Sistema Alto Tietê começou a ser planejado no final dos anos 1960, com a finalidade primária de controle de inundações. As primeiras barragens concluídas foram Ponte Nova em 1971 e Taiaçupeba em 1976, e no ano de 1989 é concluída a barragem Jundiaí. Posteriormente foram concluídas as barragens Biritiba em 2001 e Paraitinga em 2003. Todas as barragens do Alto Tietê foram construídas e são operadas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE)[2].

Somente em 1992 teve início a operação para abastecimento público, inicialmente composto pelas represas Taiaçupeba e Jundiaí, mas com a demanda crescente da população da Região Metropolitana o sistema foi ampliado com a incorporação das represas Ponte Nova, Biritiba e Paraitinga[1]. Juntas elas possuem uma capacidade de armazenamento de cerca de 575 bilhões de litros, formando o segundo maior sistema da Região Metropolitana de São Paulo[2].

Características

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O Sistema Alto Tietê é composto por cinco represas, localizadas próximas às cabeceiras do Rio Tietê, na região dos municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes e Suzano:

Também fazem parte do sistema a Estação Elevatória Biritiba e a Estação de Tratamento de Água Taiaçupeba.

Funcionamento

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Os reservatórios do sistema são alimentados pelos rios Tietê, Claro, Paraitinga, Biritiba, Jundiaí, Grande, Taiaçupeba-Mirim e outros. A interligação entre os reservatórios é realizada através de túneis, canais e estações elevatórias. Além do abastecimento público, o Sistema Alto Tietê atende também ao controle de cheias da região, pois armazena grande quantidade das águas provenientes das chuvas ocorridas em suas cabeceiras.

  1. A partir da Represa Paraitinga, as águas do sistema seguem pelo rio Paraitinga até o rio Tietê, por onde vem as águas da Represa Ponte Nova;
  2. Logo após a junção as águas do rio Tietê são captadas e enviadas para a Estação Elevatória Biritiba;
  3. A Estação Elevatória Biritiba bombeia as águas através de um túnel até a Represa Biritiba, que opera numa cota mais alta;
  4. Da Represa Biritiba as águas descem por gravidade através de túneis e canais interligados para a Represa Jundiaí;
  5. Da Represa Jundiaí as águas também descem por gravidade através de túneis e canais interligados para a Represa Taiaçupeba;
  6. Na Represa Taiaçupeba as águas são captadas e finalmente enviadas para a Estação de Tratamento de Água Taiaçupeba[3].

A capacidade de produção da ETA Taiaçupeba é de 15 mil litros de água por segundo, para atender 4,2 milhões de habitantes da Zona Leste de São Paulo e dos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano, além de parte de Mogi das Cruzes e de Guarulhos[4].

Crise hídrica de 2014 - 2015

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Em 14 de dezembro de 2014, devido a um longo período de estiagem na região do Alto Tietê, seus reservatórios atingiram 4,1%, o menor nível da história.[5]

Em 23 de outubro de 2014, a Sabesp informou que não havia previsão para captação da reserva técnica do sistema Alto Tietê.[6]

Em 14 de dezembro de 2014, a Sabesp obteve autorização do DAEE para captar mais 39,46 bilhões de litros de água da represa Ponte Nova, pertencente ao sistema Alto Tietê. Esse volume adicional é captado sem o auxílio de bombeamento, e representa um acréscimo de 6,6 pontos percentuais ao volume útil do sistema.[7]

A partir do segundo semestre do ano de 2015, mais precisamente durante a estiagem que se iniciou no mês de julho, o Sistema Alto Tietê registrou sucessivas perdas de volume, chegando ao mês de agosto com 15% de sua capacidade,[8] fazendo com que o então Governador Geraldo Alckmin decretasse oficialmente situação de crise hídrica emergencial do sistema. [9] [10]

Referências

  1. a b SOLIA, Mariângela; FARIA, Odair Marcos; ARAÚJO, Ricardo. Mananciais da região metropolitana de São Paulo. São Paulo: Sabesp, 2007
  2. a b c «Sabesp » Água » Mananciais». site.sabesp.com.br. Consultado em 28 de março de 2019 
  3. «Sistema Alto Tietê». Consultado em 28 de março de 2019 
  4. Sabesp -Região Metropolitana de São Paulo
  5. «Sistema Alto Tietê vai captar mais água de represa, informa Sabesp». G1. 14 de dezembro de 2014. Consultado em 15 de dezembro de 2014 
  6. «Alto Tietê chega a 8,2% e iguala nível de uso do volume morto no Cantareira». G1. 23 de outubro de 2014. Consultado em 23 de outubro de 2014 
  7. «Sistema Alto Tietê vai captar mais água de represa, informa Sabesp». G1. 14 de dezembro de 2014. Consultado em 15 de dezembro de 2014 
  8. http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2015/08/volta-chover-mas-volume-do-alto-tiete-sofre-nova-queda.html
  9. http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sp-declara-oficialmente-crise-hidrica-no-alto-tiete,1746587
  10. http://noticias.r7.com/sao-paulo/governo-do-estado-torna-oficial-a-crise-hidrica-na-grande-sp-19082015
  • SOLIA, Mariângela; FARIA, Odair Marcos; ARAÚJO, Ricardo. Mananciais da região metropolitana de São Paulo. São Paulo: Sabesp, 2007

Ligações Externas

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