Região Metropolitana de São Paulo – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja São Paulo (desambiguação).
Região Metropolitana de São Paulo
Localização
Localização
Localização da Região Metropolitana de São Paulo
Imagem da grande São Paulo vista por um satélite
Imagem da grande São Paulo vista por um satélite
Imagem da grande São Paulo vista por um satélite
Unidade federativa  São Paulo
Lei 14 (federal), 94 (estadual)
Data da criação 8 de junho de 1973 (51 anos)
Número de municípios 39
Cidade-sede São Paulo
Regiões metropolitanas limítrofes Jundiaí
Sorocaba
Baixada Santista
Vale do Paraíba
Características geográficas
Área 7 946,84 km²
População 20 743 587 hab. () Censo IBGE/2022
Densidade 2 610,29 hab./km²
IDH 0,794 () – alto PNUD/2010[1]
PIB R$ 1.621 trilhão Seade/2022[2]
PIB per capita R$ 47 156,64 Seade/2013[3]

Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), também conhecida como Grande São Paulo, é a maior região metropolitana do Brasil, com cerca de 20,7 milhões de habitantes, e uma das dez regiões metropolitanas mais populosas do mundo. Reúne 39 municípios do estado de São Paulo em intenso processo de conurbação.[4] O termo refere-se à extensão da capital paulista, formando com seus municípios lindeiros uma mancha urbana contínua. A RMSP foi instituída pela Lei Complementar Federal Nº 14, de 8 de junho de 1973.[5] No entanto, sua existência legal e política dependia da aprovação de uma lei estadual específica, de acordo com a Constituição Federal de 1988, no 3.º parágrafo do artigo 25, que atribuiu aos estados a responsabilidade pela criação das regiões metropolitanas.[6]

A população, segundo a estimativa calculada para 1º de julho de 2021, era de 20 743 587 habitantes. Sua população é superior à de vários países, como o Chile (17 248 450), Países Baixos (17 100 475) e Portugal (10 487 289), além de ser mais populoso que a Bolívia, o Paraguai e o Uruguai juntos. Se a Região Metropolitana de São Paulo fosse uma nação, seria a 59ª mais populosa do mundo. Outros centros urbanos próximos a São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba, Sorocaba e Jundiaí. O chamado Complexo Metropolitano Expandido, megalópole da qual a Grande São Paulo faz parte, ultrapassa os 32,2 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo são interligadas pela Região Metropolitana de Jundiaí, e formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 72 municípios que, juntos, abrigam 12% da população brasileira.[7]

Crescimento populacional
Censo Pop.
187231 385
189064 934106,9%
1900239 820269,3%
1920579 033141,4%
19401 568 045170,8%
19502 653 86069,2%
19604 739 40678,6%
19708 139 73071,7%
198012 588 72554,7%
199115 370 42322,1%
200017 834 66416,0%
201019 683 97510,4%
202220 743 4875,4%
[8]
Imagem de satélite do Complexo Metropolitano Expandido à noite.
Imagem de satélite mostrando as regiões metropolitanas de São Paulo (centro), Campinas (acima) e da Baixada Santista à noite "carece de fontes", à partir da Estação Espacial Internacional.
Imagem do Amazonia 1 em cores reais.

A área da Região Metropolitana da São Paulo – 7 946 quilômetros quadrados[9] – corresponde a menos de um milésimo da superfície brasileira e pouco mais de 3% do território paulista. Tem aproximadamente as mesmas dimensões de algumas nações, como Líbano (10 452 km²) e Jamaica (10 991 km²), e superiores às de países como Luxemburgo (2 586 km²).[carece de fontes?]

Evolução da área urbana da região metropolitana

A área urbanizada compreende 2 200 quilômetros quadrados, ou seja, algo em torno de 221 mil quarteirões. Entre 1962 e 2002, a mancha urbana passou de 874 km² para 2 209 km² – o que, em termos de espaço, é praticamente o mesmo que incorporar, em quarenta anos, uma cidade do porte de Piracicaba. A metrópole sofre com o processo de conurbação, o qual fez com que as cidades perdessem seus limites físicos - devido ao crescimento da área urbana de São Paulo em direção às cidades vizinhas - dando origem a uma mancha urbana contínua.[carece de fontes?]

Na prática, o clima da Região Metropolitana de São Paulo é o tropical de altitude, tipo Cwa; porém, muitos acreditam ser do tipo subtropical por estar com a maior parte desta área, um pouco ao sul do Trópico de Capricórnio. A topografia e a proximidade do mar (maritimidade), cerca de 70 km, são os principais fatores que influenciam o clima desta imensa região metropolitana. As frentes frias que vêm do oceano sobem por baixo e por cima do planalto, atingindo a escarpa sul da RMSP, no sentido Barlavento, soprando a umidade por toda a região. O relevo acima de 760 m de altitude causa um considerável declínio nas temperaturas, especialmente durante à noite.[carece de fontes?]

Então Considera-se o fato de ser Subtropical pela posição geográfica ao sul deste trópico. Diferentemente do clima Subtropical do restante do país (com precipitações constantes e frequentes o ano todo), o clima Subtropical da Grande São Paulo é muito semelhante ao clima Tropical de Altitude Cwa ocorrido em cidades como em São José dos Campos, Campinas e São Carlos. Sendo Assim, o clima de toda a Região Metropolitana de SP, é o Subtropical, tipo Cwa, com invernos secos, e frios para os padrões brasileiros, sendo, estes, pouco frios ou amenos, e apresentando verões úmidos, e relativamente quentes, com temperaturas que raramente ultrapassam os 35 °C e em condições bastante chuvosas.[carece de fontes?]

Em âmbito geral, o clima da RMSP no verão é quente e chuvoso, e no inverno é ameno e subseco, podendo apresentar pequenas variações de temperaturas em diversas partes da mesma, e podendo o clima ser amenizado ou agravado pela presença de fatores que geram microclimas diferenciados entres as cidades da RMSP. Estes climas são diferenciados somente pela presença de áreas mais verdes ou mais elevadas, ou até próximo às escarpas da serra do mar facilitando a umidade pela maritimidade sob alguns municípios do sul da Região Metropolitana. O município mais frio da RMSP é o de Vargem Grande Paulista, pois fatores como ser o mais alto na área urbana, e possuir uma forte presença de Mata Atlântica no seu entorno urbano e dentro do mesmo, facilita a perda de temperatura local, além de ser uma das primeiras áreas significativamente urbanas quando viemos sentido Curitiba-São Paulo, isso faz dela um microclima diferenciado nas proximidades ocidentais da Grande-São Paulo.[carece de fontes?]

Painel de cotações da B3.

A Região Metropolitana de São Paulo é o maior polo de riqueza nacional. A renda per capita em 2011 atingiu cerca de R$ 38 348.[3] A metrópole detém a centralização do comando do grande capital privado, concentrando a maioria das sedes brasileiras dos mais importantes complexos industriais, comerciais e principalmente financeiros, que controlam as atividades econômicas no país.[10]

Esses fenômenos fizeram surgir e condensar na região metropolitana uma série de serviços sofisticados, definidos pela íntima dependência da circulação e transporte de informações: planejamento, publicidade, marketing, seguro, finanças e consultorias, entre outros. A região exibe um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 760,04 bilhões (2011).[2] Em 2011 representava 56,32% do PIB paulista.

A Grande São Paulo abriga quatro das trinta cidades com melhor infraestrutura no Brasil, tendo São Paulo em primeiro lugar, São Bernardo do Campo e Guarulhos empatadas na nona posição e Santo André na vigésima-sétima colocação.[11]

Mapa político da região metropolitana e suas sub-regiões, conforme a lei complementar estadual 1 139, de 16 de junho de 2011:[12]
  Sub-região norte;
  Sub-região leste;
  Sub-região sudeste;
  Sub-região sudoeste;
  Sub-região oeste;
  Município de São Paulo (integra todas as sub-regiões).

Esta lista é classificável. Clique no ícone no cabeçalho da coluna para alterar a chave e a ordem de classificação.

Foto Município Área
territorial (km²)[9]
População (2022)[13] PIB (2013)[2]

(em mil reais)

IDH-M
(2010)[14]
Arujá 96,11 86 678 2 874,464 0,784
alto
Barueri 65,69 316 473 44 118 662 0,786
alto
Biritiba Mirim 317,41 29 676 569.093 0,712
alto
Caieiras 96,10 95 030 2 815 657 0,781
alto
Cajamar 131,33 92 689 8 728 427 0,728
alto
Carapicuíba 34,97 387 121 5 214 112 0,749
alto
Cotia 324,01 273 640 9 883 959 0,780
alto
Diadema[15] 30,80 393 237 13 428 069 0,757
alto
Embu das Artes 70,39 250 720 8 106 457 0,735
alto
Embu-Guaçu 155,63 66 970 866 632 0,749
alto
Ferraz de Vasconcelos 29,57 179 205 2 592 684 0,738
alto
Francisco Morato 49,07 165 139 1 221 496 0,703
alto
Franco da Rocha 133,931 144 849 2 326 997 0,731
alto
Guararema 270,82 31 236 1 686 845 0,731
alto
Guarulhos 318,68 1 291 784 49 392 842 0,763
alto
Itapecerica da Serra 150,87 158 522 3 138 820 0,742
alto
Itapevi 82,66 232 513 8 506 280 0,735
alto
Itaquaquecetuba 82,61 369 275 5 060 802 0,714
alto
Jandira 17,45 118 045 2 907 439 0,760
alto
Juquitiba 522,18 27 404 419 064 0,709
alto
Mairiporã 320,70 93 617 1 454 761 0,788
alto
Mauá 61,87 418 261 10 220 780 0,766
alto
Mogi das Cruzes 712,67 449 955 12 917 527 0,783
alto
Osasco 64,95 743 432 55 515 707 0,776
alto
Pirapora do Bom Jesus 108,52 18 370 323 919 0,727
alto
Poá 17,26 103 765 5 263 923 0,771
alto
Ribeirão Pires 99,12 115 559 2 660 355 0,784
alto
Rio Grande da Serra 36,34 44 170 521 263 0,749
alto
Salesópolis 425,00 15 202 164 971 0,732
alto
Santa Isabel 363,30 53 174 1 309 914 0,738
alto
Santana de Parnaíba 179,93 154 105 7 373 603 0,814
muito alto
Santo André 175,78 748 919 25 027 925 0,815
muito alto
São Bernardo do Campo 409,48 810 729 47 668 531 0,805
muito alto
São Caetano do Sul 15,33 165 655 15 306 267 0,862
muito alto
São Lourenço da Serra 186,33 15 984 220 531 0,728
alto
São Paulo 1 521,10 11 451 245 570 706 192 0,805
muito alto
Suzano 206,20 307 364 8 998 633 0,765
alto
Taboão da Serra 20,39 273 542 7 375 289 0,769
alto
Vargem Grande Paulista 42,48 50 333 1 496 965 0,770
alto
Total 7 946,84 20 743 587 947 608 817 0,780
alto
 Nota: Para os distritos da Capital, veja Divisão territorial e administrativa do município de São Paulo.
Municípios Distritos
Barueri Aldeia
Jardim Belval
Jardim Silveira
Cajamar Jordanésia
Polvilho
Carapicuíba Aldeia de Carapicuíba
Vila Dirce
Cotia Caucaia do Alto
Embu-Guaçu Cipó-Guaçu
Ferraz de Vasconcelos Santa Margarida Paulista
Santo Antônio Paulista
Guarulhos Jardim Presidente Dutra
Juquitiba Barnabés
Mairiporã Terra Preta
Mogi das Cruzes Biritiba Ussu
Brás Cubas
César de Sousa
Jundiapeba
Quatinga
Sabaúna
Taiaçupeba
Poá Cidade Kemel
Ribeirão Pires Jardim Santa Luzia
Ouro Fino Paulista
Salesópolis Nossa Senhora do Remédio
Santo André Capuava
Paranapiacaba
São Bernardo do Campo Riacho Grande
Suzano Boa Vista Paulista
Palmeiras de São Paulo

Infraestrutura

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Terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos

Transporte rodoviário

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A Rodovia dos Imigrantes liga a RMSP à Baixada Santista.
Rodovia dos Bandeirantes na entrada da cidade de São Paulo, a rodovia liga a capital à Região Metropolitana de Campinas.
Trecho sul do Rodoanel Mário Covas.
Principais rodovias

Bandeirantes

Anhanguera

Castelo Branco

Raposo Tavares

Imigrantes

Anchieta

Ayrton Senna

Rodoanel Mário Covas

Marginal Tietê e Marginal Pinheiros

Fernão Dias

Presidente Dutra

Régis Bittencourt

Avenida do Estado

O Rodoanel Mário Covas (SP-021), também conhecido como Rodoanel Metropolitano de São Paulo ou simplesmente Rodoanel é uma autoestrada de 177 quilômetros, duas pistas e oito faixas de rodagem que está sendo construída em torno do centro da Região Metropolitana de São Paulo, na tentativa de aliviar o intenso tráfego de caminhões oriundos do norte e sul do Brasil e que hoje cruzam as duas vias urbanas marginais da cidade (Pinheiros e Tietê), cujo reflexo no tráfego vem provocando uma grave situação de congestionamentos.[16]

Outras rodovias

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Notas e referências

Notas

  1. Os municípios que compõem cada uma das grandes concentrações urbanas estão relacionados na lista de concentrações urbanas do Brasil por população.

Referências

  1. PNUD (2014). «Ranking de todas as RMs». Seção Região Metropolitana. Atlas do desenvolvimento Humano do Brasil. Consultado em 5 de dezembro de 2014 
  2. a b c {{citar web |url=https://www.seade.gov.br/pib-da-regiao-administrativa-de-sorocaba-e-o-4o-que-mais-cresceu/#:~:text=O%20valor%20total%20do%20PIB,%24%20180%2C1%20bilh%C3%B5es).
  3. a b «Perfil Regional, Perfil da Região, Região Metropolitana de São Paulo, Economia, PIB per Capita (Em reais correntes)». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (SEADE). Consultado em 4 de Setembro de 2014 
  4. Gestão Urbana SP. «Governança Metropolitana». gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br. Consultado em 11 de outubro de 2016. Cópia arquivada em 9 de julho de 2016 
  5. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp14.htm#:~:text=LEI%20COMPLEMENTAR%20N%C2%BA%2014%2C%20DE,%2C%20Curitiba%2C%20Bel%C3%A9m%20e%20Fortaleza
  6. «Conheça mais da região metropolitana de São Paulo». Ultimo Segundo,ig. Consultado em 4 de Setembro de 2014 
  7. «A primeira macrometrópole do hemisfério sul». Jornal Estadão. Consultado em 12 de outubro de 2008 
  8. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?=&t=o-que-e
  9. a b «Perfil Regional, Perfil da Região, Região Metropolitana de São Paulo, Território e População, Área». Perfil da Região Metropolitana de São Paulo. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (SEADE). 2014. Consultado em 4 de Setembro de 2014 
  10. R7. «Grande São Paulo concentra 23% da população e 33% da renda nacional». noticias.r7.com. Consultado em 25 de junho de 2020. Cópia arquivada em 26 de junho de 2020 
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 19 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 22 de janeiro de 2009 
  12. Lei Complementar 1.139/2011
  13. «Primeiros Resultados de População do Censo Demográfico 2022» (PDF). IBGE. 28 de junho de 2023. Consultado em 6 de agosto de 2023. Cópia arquivada (pdf) em 11 de julho de 2023 
  14. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 1 de agosto de 2013 
  15. Diário do Grande ABC. «Será assim o estádio do Santos FC em Diadema?». dgabc.com.br. Consultado em 12 de março de 2006. Cópia arquivada em 18 de novembro de 2020 
  16. Portal do Governo do Estado de São Paulo. «Trecho Sul do Rodoanel melhora trânsito e economiza tempo de viagem». Consultado em 4 de abril de 2010 
  17. IBGE. «Tabela 4709 - População residente, Variação absoluta de população residente e Taxa de crescimento geométrico». Consultado em 18 de janeiro de 2014 

Ligações externas

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