O Retorno do Rei – Wikipédia, a enciclopédia livre

Nota: Se procura o filme baseado no livro de J. R. R. Tolkien, veja The Lord of the Rings: The Return of the King
The Return of the King
O Regresso do Rei [PT]
O Retorno do Rei [BR]
O Retorno do Rei
Capa de 1994 do livro da primeira edição brasileira da Martins Fontes.
Autor(es) J. R. R. Tolkien
Idioma Inglês
País  Reino Unido
Gênero Literatura fantástica
Série O Senhor dos Anéis
Localização espacial Terra-média
Lançamento 1955
Edição portuguesa
Editora Publicações Europa-América
Lançamento 1981 (1ª Edição)
Edição brasileira
Tradução Alberto Monjardim (Artenova)

Lenita Rímoli (Martins Fontes - Prosa)
Almiro Pisetta (Martins Fontes - Poemas)
Ronald Kyrmse (Harper Collins)

Editora Artenova ("Não oficial")

Martins Fontes (editora) HarperCollins

Lançamento 1979 (Artenova 1ª Ed.) ("Não oficial")

1994 (MartinsFontes 1ªEd.)
2019 (Harper Collins 1ª Ed.)

Páginas 528
ISBN 978-85-95084-77-3
Cronologia
As Duas Torres

The Return of the King (O Retorno do Rei, no Brasil, e O Regresso do Rei, em Portugal), é o terceiro e último volume da trilogia O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, seguindo A Sociedade do Anel e As Duas Torres. Foi primeiro publicado em 1955.

Nos países lusófonos O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei/ O Regresso do Rei foi publicado primeiramente no Brasil de maneira extraoficial (Irregularmente) pela editora Artenova dividido em dois volumes, sendo o primeiro intitulado "O Senhor dos Anéis - O Cerco de Gondor" e o segundo "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei", ambos publicados em 1979. [1][2]A tradução está obsoleta para os dias atuais, contendo alguns termos considerados até mesmo "jocosos".

Com o encerramentos das atividades da primeira editora, a editora WMF Martins Fontes passou a publicar, desta vez oficialmente, o título no Brasil em 1994, com um trabalho editorial mais adequado e bem trabalhado. O livro, desta vez integralmente publicado, teve várias reedições no Brasil pela editora, sendo uma delas com a arte de capa de Geoof Taylor em 2000 e um volume único publicado em 2001. Em 2019 a editora Harper Collins passou a publicar o título no país, com mudanças de tradução em relação à da Martins Fontes que causaram muitas controvérsias entre os fãs na época.[3]

Em Portugal a primeira editora a publicar foi a Europa-América em 1981, com uma tradução preferida até mesmo pelos leitores brasileiros à época.

Título e publicação

[editar | editar código-fonte]

Tolkien concebeu O Senhor dos Anéis como uma única obra composta por seis "livros", mais extensos apêndices. Em 1953, ele propôs títulos para os seis livros a seu editor, Rayner Unwin; o Livro V se chamaria: "The War of the Ring"[nota 1], enquanto o Livro VI seria: "The End of the Third Age"[nota 2][4]. Rayner Unwin, no entanto, dividiu o trabalho em três volumes, publicando o quinto e o sexto livros com os apêndices no volume final com o título "The Return of the King". Tolkien sentiu que o título escolhido revelava muito da história e indicou que preferia "The War of the RIng" como título para o volume[5].

O Retorno do Rei foi finalmente publicado como o terceiro e último volume de O Senhor dos Anéis, em 20 de outubro de 1955 no Reino Unido[6].

Algumas edições contêm um resumo para leitores que não leram os volumes anteriores. O corpo do volume consiste no Livro V, Livro VI e seis apêndices[7].

A história começa no reino de Gondor, que está prestes a ser atacado por Sauron. Denethor, enganado por Sauron, cai em desespero. Ele se queima vivo em uma pira; Pippin e Gandalf resgatam seu filho Faramir do mesmo destino[8].

Aragorn sai em busca do exército perdido dos perjuros mortos-vivos. As hostes de Mordor rompem os portões de Minas Tirith. A sobrinha de Théoden, Éowyn, que se juntou ao exército disfarçada, mata o Senhor dos Nazgûl com a ajuda de Merry; ambos estão feridos. Juntos, Gondor e Rohan derrotam o exército de Sauron na Batalha dos Campos de Pelennor, embora com grande custo; Théoden está entre os mortos[8].

O mago Gandalf e Aragorn decidem tirar as hostes de Mordor com um ataque ao Portão Negro, proporcionando uma distração para que os dois hobbits, Frodo e Sam, possam ter a chance de alcançar a Montanha da Perdição e destruir o Um Anel, sem serem vistos pelo Olho de Sauron[8].

Enquanto isso, Sam resgata Frodo da torre de Cirith Ungol. Eles partem através de Mordor. Quando alcançam a borda das Fendas da Perdição, Frodo não consegue mais resistir ao Anel. Ele o reivindica para si mesmo e o veste. Gollum reaparece de repente. Ele luta com Frodo e arranca o dedo de Frodo com o Anel ainda nele. Comemorando loucamente, Gollum perde o equilíbrio e cai no fogo, levando o Anel com ele. Quando o Anel é destruído, Sauron perde seu poder para sempre. Tudo o que ele criou desmorona, os Nazgûl perecem e seus exércitos são jogados em tal desordem que as forças de Aragorn saem vitoriosas[8].

Aragorn é coroado Rei de Arnor e Gondor, e se casa com Arwen, filha de Elrond. Théoden é enterrado e Éomer é coroado Rei de Rohan. Sua irmã Éowyn está noiva de Faramir, agora Regente de Gondor e Príncipe de Ithilien. Galadriel, Celeborn e Gandalf se encontram e se despedem de Barbárvore e de Aragorn[8].

Os quatro hobbits voltam para o Condado, apenas para descobrir que ele foi dominado por homens comandados por Charcoso (que mais tarde eles descobrem ser Saruman). Os hobbits, liderados por Merry, levantam uma rebelião. Gríma Língua-de-Cobra ataca Saruman e o mata na frente de Bolsão, a casa de Frodo. Gríma, por sua vez, é morto por arqueiros hobbit. Merry e Pippin são celebrados como heróis. Sam se casa com Rosa e usa os presentes de Galadriel para ajudar a curar o Condado. Frodo ainda está ferido no corpo e no espírito, tendo carregado o Anel por tanto tempo. Alguns anos depois, na companhia de Bilbo e Gandalf, Frodo navega dos Portos Cinzentos a oeste sobre o mar até as Terras Imortais para encontrar a paz[8].

Os seis apêndices descrevem mais detalhes da história, culturas, genealogias e idiomas que Tolkien imaginou para os povos da Terra Média. Eles fornecem detalhes de fundo para a narrativa, com muitos detalhes para os fãs de Tolkien que desejam saber mais sobre as histórias[8].

Recepção crítica

[editar | editar código-fonte]

Em uma revisão ao The New York Times, W. H. Auden elogiou O Retorno do Rei e encontrou em O Senhor dos Anéis uma "obra-prima do gênero."[9] Anthony Boucher elogiou o volume como "uma narração magistral de enormes e terríveis eventos climáticos", embora ele também observou que a prosa de Tolkien "parece por vezes, ser prolongada para seu próprio bem."[10]

  1. "A Guerra do Anel", em tradução livre.
  2. "O Fim da Terceira Era", em tradução livre.

Referências

  1. Estante Virtual. «O Cerco de Gondor - o Senhor dos Anéis - Livro Quinto». Consultado em 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. O Dekinha. https://www.odekinha.com/product-page/senhor-dos-an%C3%A9is-o-retorno-do-rei-artenova  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. Tolkien Talks (2021). «Edições de "O Senhor dos Anéis" da WMF | TT 516». Consultado em 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. «Why Lord of the Rings is Actually 6 Books, Not 3» 
  5. Carpenter, Humphrey, ed. (1981). The Letters of J. R. R. Tolkien. Boston: Houghton Mifflin. ISBN 978-0-395-31555-2.
  6. «60th Anniversary of The Return of the King» 
  7. TOLKIEN, J. R. R. (2019). O Retorno do Rei. [S.l.]: HarperCollins. ISBN 978-85-95084-77-3 
  8. a b c d e f g TOLKIEN, J. R. R. (1955). The Return of the King. [S.l.: s.n.] 
  9. Auden, W.H. (22 de janeiro de 1956). «At the end of the Quest, Victory». The New York Times. Consultado em 6 de março de 2014 
  10. "Recommended Reading," F&SF, Julho de 1956, p.92.