Tostão (moeda) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Tostão era uma antiga subdivisão da moeda em curso. A palavra tostão tem origem no francês teston, que era uma moeda de prata com a efígie de um monarca. O termo francês foi emprestado do italiano testone, que era uma antiga moeda da segunda metade do século XIII, e a palavra significava literalmente "cabeça grande".[2] Fácil deduzir que num dos lados dessas moedas havia uma grande face representando uma figura humana (o monarca, geralmente).
No Brasil
[editar | editar código-fonte]Tostão era uma moeda de 80 réis no período Colonial e Imperial.[3] Nessas moedas não se via a "cara grande", mas apenas o brasão real ou imperial. Foram cunhados tostões (80 réis) em prata de 1695 a 1833, em cobre somente a partir de 1811, sendo mais comuns apenas a partir de 1818.[1]
Já na República, entre 1918 e 1935, a fim de facilitar o troco, foi cunhada em cuproníquel uma nova série de moedas que substituiu cédulas de valores pequenos e moedas antigas. A moeda de 100 réis dessa série ficou conhecida como tostão e teve curso legal até 1942, quando foi extinto o antigo real, substituído pelo cruzeiro.[4]
Na cultura popular, no sentido figurado significou coisa de pouca monta ou pouco demorada; informalmente também significava uma joelhada nos músculos da coxa; e, no Rio de Janeiro chegou a ser usado no sentido de "pingo de chuva".[2]
Em Portugal
[editar | editar código-fonte]Tostão foi uma moeda de prata cunhada pela primeira vez no reinado de D. Manuel I, equivalente a 100 reais ou réis (um quarto do português, de prata, daquele monarca). O submúltiplo do tostão chamou-se meio tostão, equivalente a 50 reais ou réis.[5]'
- ↑ a b c AMATO, Claudio; NEVES, Irlei S.; RUSSO, Arnaldo (2004). Livro das moedas do Brasil. 1643 a 2004 11 ed. São Paulo: Stampato
- ↑ a b Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa 3.0.
- ↑ Moedas do Brasil: Real.
- ↑ Banco Central do Brasil. Dinheiro no Brasil (PDF).
- ↑ M., Folgosa, J. M. (n.d.). Dicionário de numismática (bibliografia, biografia, história, mitologia, gíria, gravadores e legendas). Porto: Livraria F. Machado. p. 374. OCLC 3872310
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