Uádi Natrum – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Oásis | ||
Mosteiro São Picos em Uádi Natrum | ||
Apelido(s) | Nítria | |
Localização | ||
Localização de Uádi Natrum no Egito | ||
Coordenadas | 30° 35′ N, 30° 20′ L | |
País | Egito | |
Província | Al-Buhaira | |
Características geográficas | ||
Fuso horário | +2 | |
Horário de verão | +3 |
Uádi Natrum[1][2][3] (em árabe: "Vale do Natrão" ou em grego: Scetes) é um vale localizado na província de Al-Buhaira, no Egito, e inclui uma cidade homônima. O nome do local se refere aos oito diferentes lagos na região que produzem o sal de natrão[nota a]. Em copta, a região é conhecida como Shee-Hyt, que significa "o balanço de corações" ou a "medida dos corações". Em grego, a região é chamada de Escetes, que significa "os ascetas". Na literatura cristã, a região é geralmente chamada de Deserto da Nítria.
Na antiguidade, o natrão era muito procurado por causa do seu amplo uso nos rituais de mumificação dos egípcios antigos.
História
[editar | editar código-fonte]A região de Uádi Natrum era e continua sendo um dos mais sagrados locais de devoção no Cristianismo. Entre o século IV, quando São Macário do Egito se retirou para o deserto,[4] e o século VII, a região atraiu milhares de pessoas de todo mundo, que chegavam na esperança de se juntar aos mais de cem mosteiros que existiam na região do Deserto da Nítria. A região desolada se tornou o santuário dos Padres do Deserto e para as comunidades monásticas cenobitas. Muitos monge, eremitas e anacoretas viveram no deserto e nos montes nas redondezas. A solidão do deserto atraiu essas pessoas por que eles viram nas privações do deserto uma forma de aprender uma auto-disciplina estoica, chamada de ascetismo. Assim, estes indivíduos acreditavam que a vida no deserto iria ensiná-los o desprendimento das coisas deste mundo e os permitiria seguir ao chamado de Deus de forma mais decisiva e pessoal.
Mosteiros
[editar | editar código-fonte]A importância da região diminuiu com a Conquista islâmica do Egito em 641. Muitos mosteiros foram destruídos e saqueados. Atualmente, apenas quatro destas fortalezas auto-suficientes sobreviveram, todas elas datando do século IV e todas habitadas por monges da Igreja Ortodoxa Copta:
- Mosteiro de São Macário, o Grande
- Mosteiro Paromeo
- Mosteiro de São Pésio
- Mosteiro Sírio (Deir as Suriani)
- Mosteiro de São Pichoi
- Mosteiro de São Pichoi
- Mosteiro de São Pichoi
- Mosteiro de São Macário, o Grande
- Mosteiro Sírio
- Afresco no Mosteiro Sírio
- Afresco no Mosteiro Sírio
Santos da região
[editar | editar código-fonte]Os mais renomados santos da região incluem os vários Padres do Deserto, assim como Santo Amum, Santo Arsênio, São João, o Anão, São Macário do Egito, São Macário de Alexandria, São Moisés, o Negro, São Pichoi e muitos outros.
Notas
[editar | editar código-fonte]- [nota a] ^ O símbolo químico do Sódio é Na por causa do nome em latim do natrão, Natrium.
Referências
- ↑ Martins 2020, p. 221.
- ↑ Wiedemann 2007, p. 262.
- ↑ Valente 2021, p. 108, nota 278.
- ↑ "O primeiro monge a se assentar em Uádi Natrum foi Macário do Egito, em 330" (Hugh G. Evelyn-White (julho de 1920). «7, parte 2». The Egyptian Expedition 1916-1919. The Metropolitan Museum of Art Bulletin (em inglês). IV: The Monasteries of the Wadi Natrun. [S.l.: s.n.] p. 34. O artigo fornece ainda uma breve visão geral das fontes literárias sobre Uádi Natrum.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Martins, Maria Cristina da Silva (dezembro de 2020). «A Peregrinação de Jerônimo e Paula». Porto Alegre. Translatio (20)
- Valente, Cynthia Maria (2021). O Papel da Mulher no Desenvolvimento do Cristianismo. O Exemplo de Egéria e as Peregrinas Cristãs do Século IV. Curitiba: Universidade Federal do Paraná
- Wiedemann, Amanda B. (2007). A Questão do Gênero na Literagura Egípcia do II.º Milênio a.C. Niterói: Universidade Federal Fluminense
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Wadi Natrun» (em inglês). Sítio oficial. Consultado em 3 de março de 2011