Via expressa – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura por rodovias com livre fluxo de tráfego, veja Autoestrada.
Uma via expressa na cidade de Bielsko-Biała, na Polônia.

Via expressa, via rápida ou via reservada é uma via de comunicação terrestre para tráfego de alta velocidade que tem muitas das características de uma autoestrada, incluindo o acesso limitado à rodovia, algum grau de separação entre os fluxos de tráfego opostos, o uso de trevos, em certa medida a proibição de alguns modos de transporte, como bicicletas ou cavalos, e muito poucos ou nenhum cruzamento com ruas. O grau de isolamento permitido para o tráfego local varia entre os vários países e regiões. A definição precisa desses termos varia de acordo com a jurisdição.[1]

Características

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Trecho da Interestadual 95/395, uma via expressa de alta capacidade, na Virgínia, Estados Unidos.
Uma intersecção com Southern Expressway em Adelaide, Austrália.

Uma via expressa permite rápido acesso entre as regiões que a tal via expressa conecta. Porém, a ausência de cruzamentos faz com que o acesso entre uma avenida/rua e uma via expressa precise ser feito através de rampas especiais, que podem ocupar bastante espaço, cuja desocupação pode levar a demolir as construções existentes na área. Quando duas vias expressas se encontram, há o que se chama de um trevo rodoviário, que ocupa ainda mais espaço.

Uma via expressa pode ser:

  • Planejada: neste caso, a via expressa é construída diretamente no solo. A opção mais econômica, tem a desvantagem de que as rampas de acesso ocupam muito espaço.
  • Elevada (sustentada por pilares): cria algum espaço útil no terreno onde a via expressa é construída (sob a via), e economiza espaço, por causa do menor espaço ocupado pelas rampas de acesso. Porém, este tipo de via expressa é cara de se construir e de se manter.
  • Tunelada: a via expressa é construída no sub-solo; esta opção é a que menos ocupa terreno útil da cidade, que pode ser usado para a construção de parques, etc. É a opção mais cara de se construir.

Vias expressas são muito comuns nos Estados Unidos, em diversos países da Europa Ocidental, Japão, e no leste do Canadá, embora sejam mais raras em outros países. A via expressa mais movimentada do mundo atualmente é a Highway 401 em Ontário, Canadá, que registra uma média anual de 450 mil veículos diários em certos trechos na região metropolitana de Toronto.

Países lusófonos

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Marginal Tietê em São Paulo, um exemplo de via expressa no Brasil.
IC27, um exemplo do tipo português de via rápida com cruzamentos desnivelados, mas sem separação de sentidos de trânsito.

Em Portugal, este tipo de rodovia não tem uma classificação oficial separada e é normalmente referida genericamente como "via rápida".

Existem dois tipos principais de vias rápidas em Portugal. O primeiro tipo tem faixas separadas para cada sentido, acesso limitado, com poucos ou nenhuns cruzamentos de nível, tendo em muitos casos características praticamente idênticas às de uma autoestrada. De entre as vias deste tipo destacam-se o Eixo Norte-Sul, a CRIL e o IC19 em Lisboa, a Via de Cintura Interna e a Avenida AEP no Porto, o IC2 em Coimbra e a "Rodovia" em Braga. Na ilha da Madeira é um tipo de via muito frequente, que liga os principais pontos da região. Algumas das atuais autoestradas portuguesas eram em tempos também consideradas vias rápidas deste tipo. Por exemplo, até à década de 2000, a A28 e a A29 constituíam a via rápida IC1.

O segundo tipo principal de via rápida tem características idênticas às do primeiro, distinguindo-se daquele apenas por não dispor de faixas de rodagem separadas para cada sentido, na maioria da sua extensão. Em geral, estas vias rápidas têm 1+1 vias em zonas planas e 2+1 vias nas subidas. De entre as vias deste tipo destacam-se os antigos IP4 e IP5 (antes de serem reconvertidos em autoestradas), o IP2 (a norte da Guarda e a sul de Castelo Branco), o IP3 (maioria do troço entre Coimbra e Viseu), o IC5, IC6, IC8, IC9, o IC27 e o IC33.

Em termos legais, o Código da Estrada inclui o conceito de "via reservada a automóveis e motociclos", que é definida como sendo uma via pública onde vigoram as normas que disciplinam o trânsito em autoestrada e sinalizada como tal, dispondo no entanto de um limite de velocidade menor (100 km/h para a maioria dos veículos). Contudo, o Código da Estrada não define a que características técnicas deve obedecer uma via para ser classificada como tal. Uma via rápida dos tipos acima referidos pode estar ou não sinalizada como via reservada a automóveis e motociclos. Caso não o esteja, vigoram aí as normas de trânsito correspondentes a uma estrada normal, mesmo que a mesma disponha de características técnicas idênticas às uma autoestrada.

Integrado num plano de melhoria das infra-estruturas, o governo de Angola tem investido na construção de várias vias expressas em torno de Luanda, designadamente a que liga a capital a Viana.[2]

Referências

  1. Manual on Uniform Traffic Control Devices, Section 1A.13 Definitions of Words and Phrases in This Manual: "Expressway—a divided highway with partial control of access." and "Freeway—a divided highway with full control of access."
  2. Asfaltado segundo lote da via expressa Luanda/Viana