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Volkswagen Logus
Vista frontal
Visão geral
Produção 19931997
Fabricante Volkswagen
Modelo
Classe Sedã médio
Carroceria Sedã de 2 portas
Ficha técnica
Motor AP 1600
AP 1800
AP 2000 /AE 1600
Transmissão Manual de 5 Marchas
Modelos relacionados Volkswagen Pointer
Chevrolet Kadett
Ford Escort (Brasil)
Fiat Tipo
Dimensões
Comprimento 4.276 mm
Largura 1.695 mm
Altura 1.372 mm
Peso 1.110 Kg
Tanque Porta-Malas: 508 Litros
Tanque de Combustível:
Cronologia
Volkswagen Apollo
Volkswagen Polo Classic
Vista lateral

O Logus foi um automóvel fabricado pela Volkswagen do Brasil entre 1993 e 1997, com 125.332 unidades fabricadas[1]. O carro surgiu tendo como base a plataforma da geração Mk5 do Ford Escort, do qual herdou sua base mecânica e suspensão. A linha Logus/Pointer foi o último fruto da Autolatina.[2]

A história do Volkswagen Logus começou quando a Volkswagen sentiu necessidade de colocar em sua linha de produtos um novo sedan médio, já que o Apollo mostrou-se um grande fracasso comercial. Com a Autolatina, uma joint-venture com a Ford, surgiu o projeto de usar como base a segunda geração do Escort nacional. Ao invés de fazer uma cópia do modelo da co-irmã, que já não tinha dado certo com o Apollo, a Volkswagen resolveu apenas usar a mesma base mecânica, mas por fora tinha que mostrar ao público que era um produto novo. A ideia seria ainda aproveitar a mão de obra da Ford, produzindo os carros na Unidade do Taboão, em São Bernardo do Campo (SP), de onde também saia os modelos Escort, Verona, Hobby e Pampa.

Os desenhos do novo projeto tiveram início nos estúdios da Ghia Design, em Turim, Itália, e foi finalizado no Brasil pelos designers da Volkswagen, com a liderança de Luiz Alberto Veiga, também conhecido como o "pai" do Fox. O carro contava apenas com versões duas portas, o que lhe dava uma certa esportividade, assim como evitava uma briga interna, pois a Ford já tinha um sedan quatro portas pronto para ser lançado, no caso, o Verona. Enfim, era um carro moderno, com uma aerodinâmica notável até então: coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,32, um dos mais baixos índices da época.

1993: O ano do lançamento

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O lançamento do Volkswagen Logus aconteceu em março de 1993 e inicialmente era oferecido nas versões CL, GL e GLS. A primeira (básica) trazia poucos equipamentos de série com motores carburados de 1,6 litros (de origem Ford, o AE-1600) e de 1,8 (esse sim Volkswagen, o AP-1800). A intermediária GL tinha alguns acessórios a mais, como vidros verdes, rádio e espelho no para-sol. E a top de linha, a GLS, contava com itens de série tais como: vidros, travas e espelhos com acionamento elétrico, um até então inédito rádio toca-fitas com amplificador e equalizador, que equipava também a versão XR3 do Ford Escort, faróis de neblina, espelho no para-sol com luz e volante com altura regulável entre outros. Essas duas últimas versões contavam apenas com motores 1,8.

A inovação do modelo equipados com motor 1.8 a gasolina estava no inédito "carburador eletrônico", onde o afogador funcionava automaticamente e a rotação da marcha lenta era mantida sempre estável. A borboleta de aceleração e a válvula eletromagnética de marcha lenta eram controladas por um microprocessador, assegurando a confiabilidade do sistema. O seu câmbio era acionado por cabos (um cabo para seleção, outro para o engate), ao invés do tradicional varão, sendo semelhante ao do Golf alemão. Esse câmbio era conhecido por MQ.

1994: Chegou o motor 2 litros

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A partir de 1994, a Volkswagen passou a adotar no modelo GLS o motor AP-2000 e encurtou o diferencial de todos os modelos em 14%, ajudando enfim o desempenho. Inicialmente, o motor AP-2000 era oferecido com o malfadado "carburador eletrônico", que acabou dando muitas dores de cabeça aos seus proprietários. De qualquer forma, o carro ganhou muito em desempenho com as modificações feitas. Nesse ano, a montadora também abandonou o motor AE-1600 na versão CL a favor do AP-1600. A versão GLSi fabricada no final de 1994, já possuía a injeção multiponto FIC, citada abaixo.

1995: A era digital

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A grande novidade preparada para 1995 estava na adoção da injeção eletrônica, começando pelo GLSi equipado com motor de 2,0 litros. Com uma injeção multiponto (FIC Digital EFI-D), o carro obteve um desempenho surpreendente alcançando a marca de 194 km/h nos testes da Quatro Rodas, passando a ser considerado o Volkswagen mais rápido produzido no Brasil. Nos modelos CLi (motores de 1,6 e 1,8 litros), a injeção era monoponto (FIC Digital CF1-D).

Ainda em 1995 foi lançado o modelo "Wolfsburg Edition", uma homenagem da filial brasileira à cidade que abriga a sede da matriz. O grande destaque estava no acabamento diferenciado (principalmente o interior todo em veludo), rodas de liga leve de 14" e nos faróis estendidos do Volkswagen Pointer, com unidades de longo alcance junto à grade, porém perdendo acessórios requintados como o CD player com equalizador digital. O motor também recebeu algumas melhorias técnicas, que chegava a alcançar 120 cavalos de potência na versão a gasolina e 123 cavalos de potência na versão a álcool, que por sua vez foram produzidas poucas unidades diferenciada pelo brasão com fundo branco.

1996: Destino traçado

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Em 1996 o destino do Volkswagen Logus já estava traçado. Com o fim da Autolatina em outubro de 1996, Volkswagen e Ford fizeram um acordo de cavalheiros que previa a manutenção do suporte dos produtos híbridos por um ano. Para a Volkswagen, não era economicamente viável comprar todo o ferramental a fim de continuar produzindo o carro em uma de suas fábricas, que também não possuíam espaço físico para uma nova linha de montagem. A linha daquele ano apresentava mudanças apenas nos tecidos, calotas e para-choques pintados para ambos os modelos e somem as versões CL, GL e GLS, ficando agora como 1.6i, 1.8i (possuindo maior leque de opcionais para as versões, podendo se mesclar o padrão de acabamento GL ao motor 1.6) e o "Wolfsburg Edition".

Algumas unidades do Volkswagen Logus foram feitas em 1997 com peças sobressalentes produzidas no ano anterior. Foram pouquíssimas (estima-se cerca de 1.000 unidades) e ele acabou saindo de linha. Numa tentativa de tapar o buraco com a ausência de um sedan médio em sua linha, a Volkswagen resolveu trazer da Argentina o modelo Polo Classic.

  • CL/CLi*
  • GL/GLi*
  • GLS/GLSi*
  • Wolfsburg Edition

(*) Até final de 1994 ainda existiam versões com carburador. Para diferenciação, as versões com injeção eletrônica eram identificadas pela letra "i".

Referências

  1. Pereira, Fabiano (1 de setembro de 2024). «Com requintes de carrão, Logus foi o mais Ford dos VW». Quatro Rodas. Consultado em 2 de setembro de 2024 
  2. «Account Suspended». www.shado.co.uk. Consultado em 22 de setembro de 2023 
  • Revista Quatro Rodas - Março de 1993 - Edição 392

Ligações externas

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