Zequinha de Abreu – Wikipédia, a enciclopédia livre

Zequinha de Abreu
Zequinha de Abreu
Nascimento 19 de setembro de 1880
Santa Rita do Passa Quatro, SP
Morte 22 de janeiro de 1935 (54 anos)
São Paulo, SP
Residência Santa Rita do Passa Quatro, Itu, São Paulo
Cidadania Brasil
Ocupação compositor, clarinetista
Obras destacadas Tico-tico no Fubá
Causa da morte enfarte agudo do miocárdio

José Gomes de Abreu, conhecido como Zequinha de Abreu (Santa Rita do Passa Quatro, 19 de setembro de 1880São Paulo, 22 de janeiro de 1935) foi um músico, compositor e instrumentista brasileiro. Tocava flauta, clarinete e requinta. Um dos maiores compositores de choros, é autor do famoso choro "Tico-Tico no Fubá", que foi muito divulgado no Exterior nos anos 40 por Carmen Miranda. Abreu foi organizador e regente de orquestras e bandas no interior paulista.

Zequinha de Abreu era o mais velho dos oito filhos do boticário José Alacrino Ramiro de Abreu e de Justina Gomes Leitão. Sua mãe ansiava para que ele seguisse a carreira de padre e o pai desejava que se formasse em medicina. Mas aos seis anos de idade ele já mostrava que tinha vocação para a música, tirando melodias da flauta. Ainda durante o curso primário organizou uma banda na escola, da qual ele mesmo era o regente. Com 10 anos, já tocava requinta, flauta e clarineta na banda e ensaiava suas primeiras composições.

Zequinha estudou em Santa Rita do Passa Quatro e no Colégio São Luís de Itu. Em 1894 foi para o Seminário Episcopal de São Paulo, onde aprendeu harmonia. Aos 17 anos voltou para sua cidade natal e fundou sua própria orquestra, visando se apresentar em saraus, bailes, aniversários, casamentos, serestas e em cinemas, acompanhando os filmes mudos. Nessa época, fez suas primeiras valsas conhecidas, como "Flor da Estrada".

Aos 18 anos contraiu matrimônio com Durvalina Brasil, que tinha apenas 14 anos de idade. O casal morou por alguns meses no Distrito de Santa Cruz da Estrela, próximo a Santa Rita. Cuidavam de uma farmácia e de uma classe de ensino primário. De volta a Santa Rita, Zequinha coordenou o trabalho da orquestra com os cargos de secretário da Câmara Municipal e de escrevente da Coletoria Estadual e já compunha choros, tangos, marchinhas e foxtrotes.

De formação singela, Zequinha de Abreu tornou-se figura decisiva da música popular brejeira e de classe média no Brasil no começo do século XX. Graças a Carmem Miranda, ficou internacionalmente conhecido.

Seu título mais famoso, o choro "Tico-tico no fubá", é de 1917. Divulgado mais tarde por Carmem Miranda nos Estados Unidos, tornou-se uma das músicas mais gravadas em todo o mundo.

Em 1918, Zequinha de Abreu compôs sua valsa mais conhecida, Branca. No ano seguinte, com a morte do pai, mudou-se para São Paulo e passou a tocar piano em bailes, cabarés e casa de famílias ricas, onde também muitas vezes vendia suas partituras. Em 1933, fundou a banda Zequinha de Abreu, com 25 integrantes. O compositor morreu em São Paulo, em 22 de janeiro de 1935.

Sua vida inspirou o filme "Tico-tico no fubá" (1952), dirigido por Adolfo Celi e Fernando de Barros.

Principais composições

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  • Sururu na Cidade - choro
  • Tico-Tico no Fubá - choro
  • Branca - valsa - Letra de "Duque de Abramonte" (Décio Abramo, 1901-1934, São Paulo/SP)
  • Tardes de Lindóia - valsa
  • Amando sobre o Mar - valsa
  • Não me toques - choro

A Companhia Vera Cruz produziu o filme "Tico-Tico no Fubá", baseado em sua vida.

Ligações externas

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