Ângelo Amaury Stábile – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ângelo Amaury Stábile
Nascimento 22 de março de 1927
São Paulo
Morte 14 de agosto de 2010
Nova Iorque
Cidadania Brasil
Ocupação economista, político
Causa da morte esclerose lateral amiotrófica

Ângelo Amaury Stábile (São Paulo, 22 de março de 1927 - Nova Iorque, 14 de agosto de 2010) foi um economista e político brasileiro, ministro da Agricultura do Brasil no governo João Figueiredo, de 15 de agosto de 1979 a 1 de março de 1984.

Stábile formou-se na primeira turma do curso de economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, onde foi colega de Antônio Delfim Netto, que tornou-se seu amigo e aliado.[1]

Quando Delfim Netto deixou o Ministério da Agricultura, para assumir o do Planejamento, no governo de João Baptista de Figueiredo, indicou o amigo para o cargo, onde permaneceu até ser demitido com a eclosão de um escândalo no Banco Nacional de Crédito Cooperativo.[1]

Dentre as realizações como Ministro contam-se a criação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (1983)[2] e a regularização das terras da região do Araguaia-Tocantins.[1] Por outro lado autorizou o Grupo Monteiro Aranha a derrubar uma área de mata atlântica no Espírito Santo, ensejando forte reação do ecologista Augusto Ruschi, que então pediu "cadeia para o ministro" pelo crime ambiental; a medida foi revogada pelo então governador do estado, Gérson Camata.[3]

Sobre a demissão do então ministro, lembra Sebastião Nery que em sua pasta o General Golbery do Couto e Silva e Sérgio Mota (que, mais tarde, seria um dos fundadores do PSDB e homem-forte do governo FHC) foi criada uma empresa chamada Coalbra - Coque e Álcool de Madeira do Brasil - cujas verbas eram aplicadas por Mota no mercado financeiro. A descoberta do esquema fraudulento resultou na substituição do ministro pelo gaúcho Nestor Jost, que promoveu a demissão em massa da equipe anterior. Da Coalbra restou um rombo de 250 milhões de dólares, e as ruínas do empreendimento na cidade de Uberlândia; Sérgio Mota, então, foi para São Paulo, onde se integrou ao grupo de Fernando Henrique Cardoso.[4]

Na iniciativa privada trabalhou no Grupo Sharp, onde presidiu o conselho administrativo no Brasil em 1995, quando ali retornou após deixar o governo.[1]

Mudou-se para Nova Iorque, onde morreu vitimado pela esclerose lateral amiotrófica, deixando cinco filhos do primeiro casamento e duas filhas do segundo casamento.[1]

Referências

  1. a b c d e «Missa para Angelo Amaury Stabile será no sábado». Diário de São Paulo. 18 de agosto de 2010. Consultado em 20 de agosto de 2010 [ligação inativa]
  2. Governo Federal (6 de abril de 1983). «Decreto de criação do Parque de Abrolhos». www.ilhasdeabrolhos.com.br. Consultado em 20 de agosto de 2010. Arquivado do original em 12 de maio de 2010 
  3. «Ruschi perde e ganha outra batalha em defesa do beija-flor». www.seculodiario.com. 1983. Consultado em 20 de agosto de 2010. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  4. Sebastião Nery (13 de outubro de 2007). «Lições do Tempo». Jornal Pequeno. Consultado em 20 de agosto de 2010 


Precedido por
Antônio Delfim Netto
Ministro da Agricultura do Brasil
1979 — 1984
Sucedido por
Nestor Jost
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