António Carlos Vasconcelos Porto – Wikipédia, a enciclopédia livre
António Carlos Vasconcelos Porto | |
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Nascimento | 26 de agosto de 1855 Caminha |
Morte | 17 de setembro de 1924 (69 anos) Lisboa |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | oficial, engenheiro, político |
António Carlos Coelho de Vasconcelos Porto (Caminha, 26 de agosto de 1855 — Lisboa, 17 de setembro de 1924) foi um oficial da arma de Engenharia do Exército Português e político ligado ao Partido Regenerador, que, entre outras funções de relevo, foi deputado às Cortes, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra do 55.º governo da Monarquia Constitucional, em funções de 19 de maio de 1906 a 4 de fevereiro de 1908, e Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, interino, daquele mesmo governo, em funções de 27 de junho a 28 de setembro de 1907.[1][2] Professor da Escola do Exército, dedicou-se à engenharia ferroviária, tendo sido presidente da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses e destacado engenheiro da Companhia Real dos Caminhos de Ferro, autor dos projetos da Linha da Beira Baixa e do túnel e Estação do Rossio.[3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Caminha, filho do conselheiro Nuno António Porto, diretor da Alfândega de Lisboa, e de sua esposa, Maria Carlota Coelho de Vasconcelos Vilas Boas, de famílias fidalgas do Minho. Foi irmão de Nuno António Coelho de Vasconcelos Porto, médico da Casa Real, e de Carlos Augusto Coelho de Vasconcelos Porto, brigadeiro do Exército, também engenheiro ferroviário.[3]
Pertenceu ao Partido Regenerador e, em 1906-1908, fez parte do gabinete de João Franco, ocupando a pasta de Ministro da Guerra e interinamente a pasta de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Monárquico, deixou o Exército depois da queda da Monarquia.
Foi um dos primeiros colaboradores da Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha, cujo primeiro número foi lançado em Março de 1888.[4] Nesta altura, exercia como engenheiro, estando empregado na Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses como adjunto de construção.[4]
Em 1897, na sequência do descarrilamento de um comboio onde viajava o rei Chulalongkorn do Sião e a sua comitiva, na Linha do Norte, António de Vasconcellos Porto deslocou-se ao local para auxiliar nos trabalhos de desobstrução da via, ocupando nessa altura a posição de engenheiro de via e obras.[5] Chefiou a construção da Linha de Vendas Novas[6][7], tendo-se destacado pela instalação da Ponte D. Amélia, sobre o Rio Tejo.[8]
Também fiscalizou a perfuração do Túnel do Rossio, em conjunto com o engenheiro Xavier Cordeiro.[9]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ O conselheiro Vasconcelos Porto, ministro da Guerra no gabinete de João Franco.
- ↑ "Funeral de António Carlos Coelho de Vasconcelos Porto, a urna com os restos mortais na igreja de São Mamede".
- ↑ a b Maria Filomena Mónica (coord.), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), volume III (N-Z), pp. 368-370. Lisboa, Assembleia da República/Imprensa de Ciências Sociais, 2006 (ISBN 972-671-167-3).
- ↑ a b «Collaboradores» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro e Hespanha. 1 (1). 15 de Março de 1888. p. 1. Consultado em 10 de Março de 2019
- ↑ MARTINS, José. «Rei Chulalongkorn do Sião Visitou Portugal (Terceira e última parte)». Da Tailândia Aqui Maria. Consultado em 3 de Abril de 2010. Arquivado do original em 6 de janeiro de 2009
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (358). 16 de Novembro de 1902. p. 347. Consultado em 10 de Março de 2019
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (351). 1 de Agosto de 1902. p. 234. Consultado em 10 de Março de 2019
- ↑ «Ponte sobre o Tejo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (337). 1 de Janeiro de 1902. p. 6-7. Consultado em 10 de Março de 2019
- ↑ ESTÁCIO, Emílio Barbosa (16 de Maio de 1966). «Subsídios para a história dos Caminhos de Ferro em Portugal». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 79 (1882). p. 107