Armindo de Freitas Ribeiro de Faria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Armindo de Freitas Ribeiro de Faria
Arquivo Histórico Parlamentar
Dados pessoais
Nome completo Armindo de Freitas Ribeiro de Faria
Nascimento 6 de março de 1866
Vizela
Morte 4 de março de 1924 (57 anos)
Vizela
Nacionalidade português
Alma mater Escola Médico-Cirúrgica do Porto
Profissão Médico

Armindo de Freitas Ribeiro de Faria (Vizela, São João das Caldas, 6 de março de 1866 – Vizela, S. João das Caldas, 4 de março de 1924) foi um médico e político português.

Ainda no tempo da Monarquia Constitucional, foi Vereador da Câmara Municipal de Guimarães, durante três mandatos (1902-1910)[1]. Durante a Primeira República foi líder do Partido Evolucionista no Distrito de Braga[2], Senador [3]da República e Governador Civil de Braga[4].

Destacou-se na luta pela elevação de Vizela a concelho, tendo construído o chamado "Castelo de Vizela", a expensas suas[5], para ser os futuros Paços do Concelho.

Filho de Joaquim de Freitas Ribeiro de Faria (Vizela, S. João das Caldas, 27 de outubro de 1838 – Vizela, S. João das Caldas, 28 de novembro de 1904), proprietário e empresário, e de sua mulher (casados a 16 de setembro de 1860) Ana Emília Gonçalves de Freitas.

Casou na Capela de S. João Baptista, no lugar do Assento da Freguesia de Regilde (Felgueiras), a 21 de dezembro de 1891, com Teresa da Silva Bravo (Felgueiras, Regilde, 6 de outubro de 1871 – Vizela, S. João das Caldas, 15 de agosto de 1942), da qual teve quatro filhos e uma filha.

Era sobrinho-neto de Faria Guimarães.

Licenciado em Medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto, especializou-se em Medicina Hidrológica ou Termal. Foi Director Clínico do estabelecimento termal do Mourisco, em Vizela, de que o seu pai era proprietário.

No campo político, durante a Monarquia Constitucional, foi militante e dirigente local do Partido Regenerador, tendo sido Vereador da Câmara Municipal de Guimarães nos mandatos de 1902-1904, 1905-1907 e 1908-1910.

Com o advento da República, não se filia imediatamente num partido político. No entanto, acaba por filiar-se no Partido Evolucionista por volta de 1912 ou 1913. Nesse partido virá a ser um dos homens-forte no Distrito de Braga, sobretudo a partir de 1916, constituindo-se como um dos principais apoios nesse distrito do líder nacional do partido e futuro Presidente da República, António José de Almeida.

Em 1919 é eleito Senador da República, cargo que virá a exercer até 1921. Em maio desse ano assume o cargo de Governador Civil de Braga, que irá ocupar durante apenas algumas semanas.

No campo cívico e social, foi um dos principais impulsionadores do estabelecimento do Hospital de Vizela. Foi igualmente Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vizela[6] e benemérito dos Bombeiros de Vizela e de diversas outras instituições.

Referências

  1. SILVA, José Eugénio Carvalho da (2013). Vizela, Desenvolvimento e Antagonismos Políticos: As Disputas Autonómicas da Regeneração à República. Tese de Mestrado. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, página 142.
  2. SOUSA, Amadeu José Campos de (2010). Entre Monárquicos e Republicanos numa "Cidade de Deus": História Política e Social de Braga no Contexto Nacional (1890-1933). Coimbra: Universidade de Coimbra, vol. II, pág. 54
  3. «Debates Parlamentares - Diário 003, p. 4 (1919-06-05)». debates.parlamento.pt. Consultado em 12 de julho de 2021 
  4. SOUSA, Fernando de (Coord.). Os Governos Civis de Portugal História e Memória (1835-2011). Porto: CEPESE, 2014, pág. 447
  5. PACHECO, Maria José (2007): Das Margens do Vizela. Memórias. V. N. Famalicão: Magnólia, pág. 43
  6. «Santa Casa Da Misericórdia De Vizela». Santa Casa Da Misericórdia De Vizela. Consultado em 12 de julho de 2021