Quebra-nozes – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Quebra-nozes (desambiguação).
Quebra-nozes

Quebra-nozes de alavanca com avelãs

Tipo
utensílio de cozinha (en)
food extracting tool (d)
food cracker (d)
categoria de produtos (d)
cultura popular
Fabricação
Autor
Carl Auböck (d)

Um quebra-nozes é uma ferramenta projetada para abrir nozes quebrando suas cascas. Existem muitos designs, incluindo alavancas, parafusos e catracas. A versão de alavanca também é usada para quebrar cascas de lagosta e caranguejo.

Historicamente, as nozes eram abertas com o uso de um martelo e uma bigorna, geralmente feitos de pedra. [1] Alguns tipos de nozes também podem ser abertas manualmente, segurando a noz na palma da mão e aplicando pressão com a outra palma ou polegar, ou usando outra noz.[2]

Os fabricantes produzem quebra-nozes funcionais modernos, geralmente semelhantes a um alicate, mas com o ponto de articulação na extremidade após o espaço para a noz, e não no meio. Eles também podem ser usados para quebrar as cascas de caranguejo e lagosta para disponibilizar a carne de dentro. O uso de quebra-nozes de alavanca articulada pode remontar à Grécia Antiga. [1] Há documentação de existirem quebra-nozes na Inglaterra, incluindo nos Contos de Canterbury, e na França no século XIV. O desenho da alavanca pode derivar das pinças dos ferreiros. Os materiais incluíam metais como prata, ferro fundido e bronze,[3] e madeira, incluindo buxo, especialmente os da França e Itália. Mais raramente eram feitos com porcelana. Muitos dos quebra-nozes entalhados em madeira tinham a forma de pessoas e animais.

Durante a era vitoriana, frutas e nozes eram apresentadas nos jantares, acompanhados de quebra-nozes ornamentados, muitas vezes banhados a prata. [1] As nozes são há muito tempo uma escolha popular para sobremesas, principalmente em toda a Europa. Os quebra-nozes eram realmente feitos de metais como o latão, e foi somente em 1800 na Alemanha que a popularidade dos de madeira começou a se espalhar.[4]

O final do século XIX, viu duas mudanças na produção do quebra-nozes: um aumento dos designs decorativos, principalmente dos Alpes, onde eram vendidos como souvenirs, e uma mudança para a manufatura industrial, incluindo a disponibilidade em catálogos, em vez da produção artesanal.[1] Após a década de 1960, a disponibilidade de nozes pré-descascadas diminuiu a popularidade dos quebra-nozes e à queda na tradição de colocar nozes nas meias infantis de Natal.

O quebra-nozes do tipo alicate também é frequentemente usado para quebrar as cascas duras de caranguejo e lagosta cozidos.

Alguns artistas, entre eles o multi-instrumentista Mike Oldfield, já usaram o som que os quebra-nozes fazem como elemento musical.[5]

Designs alternativos

[editar | editar código-fonte]

No século XVII, foram introduzidos quebra-nozes de parafuso que aplicam uma pressão mais gradual à casca, com alguns desenhor semelhantes a tornos.[1] O quebra-nozes com junta de mola foi patenteado por Henry Quackenbush em 1913.[6] Um mecanismo de catraca (do inglês, ratchet), semelhante a um macaco de carro, que aumenta gradualmente a pressão sobre a casca para evitar danificar o cerne da nóz é usado pelo quebranozes "Crackerjack", patenteado em 1947 por Cuthbert Leslie Rimes de Morley, Leeds e exibido no Festival da Grã-Bretanha.[7] [8] [9][10] Nozes sem casca ainda são populares na China, onde um dispositivo de chave é inserido na fenda de nozes, nozes e macadâmias e torcido para abrir a casca.[11]

Referências

  1. a b c d e Mills, Robert (2001). Nutcrackers. [S.l.]: Shire Books. ISBN 9780747805236. Consultado em 10 de janeiro de 2016 
  2. Perry, Nicole (7 de dezembro de 2015). «Holiday Hack: How to Crack Open Nuts With Your Bare Hands». PopSugar. Consultado em 10 de janeiro de 2016 
  3. Malone, Noreen (Dezembro de 2012). «In a Nutshell: A Brief History of Nutcrackers». Slate. Consultado em 10 de janeiro de 2016 
  4. «History Of Nutcrackers». Oktoberfest Haus. Consultado em 27 de março de 2017 
  5. «Island life inspires music icon Mike Oldfield» (em inglês). Consultado em 2 de dezembro de 2018 
  6. «Nutcracker history - invention of the nutcrackers». ideafinder.com. Consultado em 20 de junho de 2012 
  7. Yarrow, Stella (6 de fevereiro de 1994). «TRIED & TESTED / Taking a crack at it: We sample seven nutcrackers. The hard shell won when it came to the crunch». The Independent. Consultado em 31 de dezembro de 2015 
  8. «Morley's Nutcrackers». Morley Advertiser. 22 de junho 1951. Consultado em 31 de dezembro de 2015 
  9. «Improvements in or relating to nut-crackers GB592232 (A)». Espacenet. 9 de setembro de 1947. Consultado em 31 de dezembro de 2015 
  10. «Crackerjack nutcrackers; C.L. Rimes Limited, Leeds, UK; 1969; T92». City of Belmont Museum. Ehive. Consultado em 31 de dezembro de 2015 
  11. Honan, Kim (24 de outubro de 2014). «Is China's love for our native nut a production threat or marketing opportunity for Australian macadamia growers?». ABC Rural. Consultado em 10 de janeiro de 2016 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]