Casa Parreira Machado – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Casa Parreira Machado | |
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Fachada da Casa Parreira Machado. | |
Informações gerais | |
Estilo dominante | Eclético |
Geografia | |
País | Brasil |
Localização | Rua Duque de Caxias, n.° 1691 Centro Histórico |
A Casa Parreira Machado é um prédio histórico da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.
Está localizada à Rua Duque de Caxias 1691, na área nobre mais antiga e tradicional de Porto Alegre, que se caracterizou por receber diversas residências aristocráticas nos séculos XVIII, XIX e início do século XX, e alguns dos prédios mais expressivos da cidade, como a Catedral Metropolitana, a Santa Casa de Misericórdia, a antiga casa de Júlio de Castilhos (hoje o Museu que leva seu nome), o Solar dos Câmara e o Palácio Piratini, além de diversos outros. Participando deste ambiente e desta história, a Casa Parreira Machado permanece como um belo representante da arquitetura residencial sofisticada da época.[1]
Foi mandada construir em 1916 por D. Edelvira Parreira Machado, membro de uma tradicional família do Rio Grande do Sul. A família ali permaneceu até 1935, quando o imóvel foi alugado e passou a ser ocupado pelo Departamento Estadual de Estatística. Em 1943 a casa foi adquirida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Em maio de 1972 o Departamento sofreu alterações e criou-se a Superintendência de Estatística e Informática, que em breve também passaria por uma reformulação para transformar-se na Superintendência de Planejamento Global, a qual igualmente teria vida curta. Logo em 13 de novembro de 1973, pela Lei n.º 6.624, toda sua estrutura e natureza foram novamente reformuladas e finalmente deu origem à atual Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE).[1]
Em 1983 foi firmado um termo de compromisso para a preservação das características arquitetônicas internas e externas do prédio, e em 1985 toda a casa foi restaurada, mantendo-se sua feição original, considerada de interesse suficiente para que fosse tombada pelo Município em 20 de abril de 1990, inscrevendo-a no Livro Tombo sob o n.º 34.[1]
Sua fachada tem arquitetura de inspiração neoclássica, embora deva ser considerado um exemplar de estilo eclético. No primeiro piso encontramos duas janelas quadradas fechadas com gradeamento trabalhado, uma porta, e à extrema direita se encontra a entrada principal, fechada por um belo portão de grade ornamentada que dá acesso a um vão coberto, cuja altura abrange os dois pavimentos, com uma clarabóia ao fundo. Uma passagem à esquerda permite o acesso a uma entrada independente aos fundos, e à direita encontra-se uma elegante escadaria de mármore com guarda-corpo de ferro forjado, levando para o segundo piso, onde fica a entrada nobre da residência.
Ainda na fachada, o segundo pavimento é dominado por um grande frontispício projetado à frente do corpo da casa, com duas grandes aberturas em arco pleno com balaustrada à frente, ladeadas por colunas coríntias e encimadas por um grande frontão de arco rebaixado, arrematado por um grupo escultórico mostrando duas crianças a segurar um escudo com o monograma do proprietário. À direita deste conjunto, um bloco em recuo também com balaustrada e colunas laterais. Arremata a fachada uma platibanda simples. No interior são interessantes a compartimentação interna ainda original e o detalhamento na decoração dos rodapés, roda-forros, portas e outros elementos, bem como a pintura no teto do salão principal.
Referências
- ↑ a b c Memorial descritivo. Secretaria da Cultura de Porto Alegre