Método da dúvida – Wikipédia, a enciclopédia livre

Método da dúvida é um instrumento metodológico longo associado ao filósofo francês Descartes.[1][2] O método da dúvida também é conhecido como dúvida metódica, dúvida hiperbólica ou dúvida cartesiana.

O método de dúvida hiperbólica de Descartes incluía:

  1. Aceitar apenas informações que você sabe se são verdadeiras.
  2. Quebrar essas verdades em unidades menores.
  3. Resolver os problemas simples primeiro.
  4. Fazer listas completas de outros problemas.

A dúvida hiperbólica significa ter a tendência de duvidar, pois é uma forma extrema ou exagerada de dúvida.[3] Em sua Meditações sobre Filosofia Primeira (1641), Descartes resolveu duvidar sistematicamente de que qualquer uma de suas crenças fosse verdadeiras, a fim de construir, a partir do zero, um sistema de crenças que consistisse apenas em crenças certamente verdadeiras. Considere as linhas iniciais de Descartes em Meditações:

Já se passaram vários anos desde que me dei conta de que havia aceitado, mesmo desde a minha juventude, muitas opiniões falsas como verdadeiras, e que, consequentemente, o que depois baseei em tais princípios era altamente duvidoso; e desde aquela época eu estava convencido da necessidade de me comprometer uma vez em minha vida de me livrar de todas as opiniões que eu havia adotado, e de começar outra vez o trabalho de construir desde a fundação...

René Descartes, Meditation I, 1641

Referências

  1. "A Philosophical Glossary" edited by Justin Leiber, Philosophy Department, University of Houston, USA.
  2. Roger Scruton. Modern Philosophy: An Introduction and Survey. London: Penguin Books, 1994.
  3. Skirry (2006).