Argilotrônica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Argilotrônica ou claytrônica[1][nota 1] (da língua inglesa, "Claytronics", palavra composta por "clay" - argila - e "electronics" - eletrónica) é um campo emergente da nanotecnologia e parte da área de engenharia mecatrônica. O seu escopo é o do projeto e criação de máquinas ou robôs à nanoescala reconfiguráveis para formar máquinas e mecanismos muito maiores. É geralmente referido como matéria programável.

O conceito foi originalmente cunhado na Carnegie Mellon University,[2] e vem sendo pesquisado pelos professores Seth Goldstein e Todd C. Mowry, em conjunto com o centro de pesquisas Pittsburgh Laboratory, da Intel.

Funcionalidade

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De acordo com a equipe do "Projeto de Realidade Sintética" da Carnegie Mellon ("Carnegie Mellon's Synthetic Reality Project"), a argilotrônica é descrita como "Um conjunto de material que contém computação local suficiente, atuação, armazenamento, energia, sentindo, e comunicação" que pode ser programada para formar interessantes formas e configurações dinâmicas.

Refere-se a nanorrobôs reconfiguráveis (também chamados de "átomos claytrônicos", ou simplesmente catoms (do inglês, claytronic atoms) projetados para tomar a forma de máquinas e mecanismos de maior escala. Também conhecida como "matéria programável", os catoms serão minúsculos computadores que possuirão a habilidade de movimentação, comunicação com outros computadores, alterar a própria cor e se conectarem eletrostaticamente com outros catoms para tomarem diferentes formas.

Os cátomos, cujo termo é composto por "claytronic" - argilotrónica - e "atoms" - átomos), que constituem a estrutura básica destes materiais programáveis. Cada cátomo constitui de um pequeno computador, com seu próprio processador independente, e passível de interação eletrostático-magnética com outros cátomos próximos a si.[3] Os cátomos podem mover-se em relação uns aos outros e trocar informação. Ao mesmo tempo, a superfície de cada cátomo pode adquirir a sua própria coloração. Alinhando e programando cátomos em uma mesma área, teoricamente é possível obter qualquer forma, em qualquer cor, até mesmo réplicas de seres humanos[carece de fontes?].

Os cátomos podem ser reprogramados enquanto estiverem em contato com uma superfície de controle. Assim, não apenas a sua forma e cor, mas também as suas funções poderiam ser reprogramadas em um console de comando próprio. Ao mesmo tempo, como cada cátomo possui o seu próprio processador e memória, seria possível incluir uma programação geral, a ponto de programar sistemas eletrônicos detalhados e hardwares programáveis.

Notas

  1. "Claytrônica" é uma adaptação do original em inglês, claytronics. Há termo análogo em italiano, claytronica.

Referências

  1. «Maravilhas da física para 2100». Época Negócio. Consultado em 12 de Abril de 2016 
  2. «Collaborative Research in Programmable Matter Directed by Carnegie Mellon and Intel». Carnegie Mellon. Consultado em 12 de Abril de 2016 
  3. «Claytronics, o próximo passo para a Matéria Programável». Tecmundo. 26 de Agosto de 2009. Consultado em 12 de Abril de 2016 

Ligações externas

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