Edifício Acaiaca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Edíficio Acaica
Edifício Acaiaca
Edíficio Acaica em janeiro de 2003
Tipo Misto
Estilo dominante Art déco
Arquiteto(a) Luiz Pinto Coelho
Engenheiro(a) Luiz Pinto Coelho
Início da construção 1943
Fim da construção 1947
Inauguração 1947
Altura 120 m
Número de andares 30
Geografia
País Brasil
Localização Belo Horizonte, Brasil
Coordenadas 19° 55′ 14″ S, 43° 56′ 15″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Edifício Acaiaca, é um edifício localizado no centro de Belo Horizonte, entre a Avenida Afonso Pena, Rua Tamoios e a Rua Espírito Santo. Foi construído na época da Segunda Guerra Mundial. Projetado em 1943 pelo arquiteto Luiz Pinto Coelho e inaugurado em 1947, o prédio possui 30 andares e 120 metros de altura, em estilo art déco e duas efígies de índios na fachada, e também projetadas pelo engenheiro Luiz Pinto Coelho. Já foi o maior arranha-céu da capital mineira e do Brasil, ultrapassando o Edifício Martinelli em 1943, e permaneceu na posição até 1947, quando foi inaugurado o Edifício Altino Arantes (161 metros) em São Paulo.[1]

Origem do nome Acaiaca

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Um dos Índios da fachada do prédio

O nome Acaiaca veio de uma lenda indígena. Diz a lenda que nas proximidades do então Arraial do Tejuco (hoje a cidade de Diamantina) havia uma poderosa tribo de índios que viviam em constante luta com os habitantes do vilarejo e que de vez em quando até invadiam a vila. Numa pequena elevação, perto da taba, havia um belo e frondoso cedrus que os índios, na sua língua, chamavam “acaiaca”.[1]

Contavam eles que, no começo do mundo, o Rio Jequitinhonha e seus afluentes encheram-se tanto que transbordaram, inundando a terra. Os montes e as árvores mais altas ficaram cobertos e todos os índios morreram. Somente um casal escapou, subindo na Acaiaca. Quando as águas baixaram, eles desceram e começaram a povoar a terra novamente.[1]

O edifício já abrigou cinema, lojas de roupas femininas, boate, escola e serviu também como espaço para a criação de grupos políticos, além de ser a primeira sede da TV Itacolomi, primeira televisão mineira, inaugurada em 1955. Hoje o local reúne escritórios de advocacia, de odontologia. Nos andares 23º, 24º e 25º funciona uma empresa de telemarketing, no primeiro pavimento existia o Cinema Acaiaca, que tinha capacidade para 900 pessoas, e para o qual se formavam grandes filas de espectadores. No espaço que abrigava o antigo cinema, hoje funciona uma igreja evangélica.[2]

O porão, é atualmente usado apenas para carga e descarga, mas serviu como abrigo antiaéreo, já que a ideia da construção era se defender de um suposto ataque alemão à cidade, uma vez que o edifício foi construído durante a Segunda Guerra Mundial.

A sede mineira do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC) também funcionaram no Acaiaca, o que tornava o prédio um polo de cultura.[3][4]

Referências

  1. a b c Prefeitura de Belo Horizonte, http://www.pbh.gov.br/ Prefeitura Municipal de Belo Horizonte; acessado em 1 de julho de 2014
  2. http://www.aec.com.br/contato/Pages/Endere%C3%A7os%20das%20unidades.aspx
  3. BRITO, Luiz Andrade. "Doce Dociê de BH", BDMG Cultural, Belo Horizonte, 1996.
  4. «Cópia arquivada». Consultado em 1 de julho de 2014. Arquivado do original em 23 de março de 2013 
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