Edifício Santana – Wikipédia, a enciclopédia livre

Edifício Santana

Fachada vista a partir da esquina das ruas Barão de Jaguara e César Bierrenbach

História
Arquiteto
Engenheiro
Gouvea & Cunha
Desenvolvedor
Lix da Cunha
Período de construção
Status
Concluído
Restaurado
1975
Uso
misto (hotel e comércio)
Arquitetura
Estilo
Pisos
6
Elevador
1
Administração
Contratante
Severiano do Amaral Campos
Localização
Localização
Rua Barão de Jaguara, 1136, Centro, Campinas
 São Paulo,  Brasil
Localização
Coordenadas
Mapa

Edifício Santana[nota 1] é um edifício situado no Centro da cidade de Campinas, notabilizado por ser o primeiro arranha-céu construído na cidade, um dos dois primeiros do interior do estado de São Paulo, juntamente com o Edifício Diederichsen em Ribeirão Preto, simbolizando o início do processo de verticalização no município[1].

Ainda no ano de 1929 o terreno[2] no qual viria a ser construído o Edifício Santana fora objeto de estudo para um projeto do escritório de Hoche Néger Segurado para a família Souza Queiroz, proprietária original do terreno, que não foi erguido. Em 1934 foi elaborado um novo Código de Construções para Campinas, que viria a mudar a dinâmica das construções na região central, abrindo condições para a futura verticalização da cidade nas décadas seguintes. Em 1935 houve a demolição das construções existentes nos números 1132 e 1138 da Rua Barão de Jaguara, sendo que um deles permaneceu abandonado desde um incêndio ocorrido no local em 1921[3]. O alvará de construção foi expedido em 12 de setembro de 1935.

Em 1975, o empresário Aldo Pessagno promoveu uma reforma no prédio[4] e transformou-o em hotel, atividade hoje exercida nos pavimentos superiores do edifício.

Características

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Situado na esquina das ruas Barão de Jaguara e César Bierrenbach, o Edifício Santana possui seis andares e um elevador. Sua configuração original previa uso totalmente comercial, com sete lojas no térreo, 18 salas comerciais na sobreloja e seis salas por andar do segundo ao sexto andares[2]. A estrutura do edifício é de concreto armado. As janelas usadas no projeto são do tipo "Copacabana"[1]: persianas de enrolar e basculantes, um tipo de caixilho comumente usado na linguagem arquitetônica do Art déco. As sacadas são semiembutidas, geométricas e curvas e o eixo de simetria valoriza a esquina, na qual está situada parte verticalizada do edifício.

O habite-se do Prédio Santana foi lavrado em 7 de julho de 1936[1]. Inicialmente projetado como edifício de escritórios, o Santana hoje possui ocupação mista: hotel e comércio.

O Edifício Santana foi tombado em 2011 pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Arquitetônico e Cultural de Campinas), através do Processo 007/10[5], que fez o tombamento do Santana e de outras 14 construções verticais no estilo Art déco, todas elas situadas no Centro de Campinas.

Notas

  1. Na grafia original, Predio Sant'Anna.

Referências

  1. a b c FERREIRA, Caio de Souza (nov. 2006). «O Edifício Sant'Anna e a Gênese da Verticalização em Campinas (1)». Vitruvius (078.03). Consultado em 28 de dezembro de 2013 
  2. a b ZAKIA, Sílvia Amaral Palazzi (jun. 2011). «Edifício Santana: o primeiro arranha-céu de Campinas» (PDF). 9º seminário Docomomo. Consultado em 28 de dezembro de 2013 
  3. FERREIRA, Juliana. «Cinemas e arquitetura marcam história da Rua César Bierrenbach». EMDEC - Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas. Consultado em 28 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 25 de novembro de 2014 
  4. Hotel Opala Barão. «Hotel». Consultado em 28 de dezembro de 2013 
  5. «Processo 007/10». Consultado em 28 de dezembro de 2013