Eleição para mesa diretora do Senado Federal do Brasil em 2019 – Wikipédia, a enciclopédia livre
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3 de fevereiro de 2019 Primeiro Turno | ||||
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Candidato | Davi Alcolumbre | Esperidião Amin | ||
Partido | DEM | PP | ||
Natural de | Amapá | Santa Catarina | ||
Votos | 42 | 13 | ||
Porcentagem | 51,85% | 16,04% | ||
Titular Eleito |
A eleição da mesa diretora do Senado Federal do Brasil ocorreu nos dias 2, 3 e 6 de fevereiro de 2019, e resultou na eleição do presidente e de dois vice-presidentes, dos cargos de 1º, 2º, 3º e 4º Secretário da mesa e dos seus respectivos suplentes, que ficaram no cargo até fevereiro de 2021.[1]
A eleição para a presidência do Senado Federal ocorreu entre os dias 2 e 3 de fevereiro, e elegeu Davi Alcolumbre para a sucessão de Eunício Oliveira ao cargo. O presidente e os demais cargos da Mesa Diretora são eleitos com a maioria absoluta dos votos (ou seja, 50% mais um dos votos válidos). [2]
Considerada uma das eleições mais tumultuadas e concorridas desde a redemocratização, teve nove candidatos a princípio, porém três renunciaram antes do início do escrutínio. Concorreram os senadores Ângelo Coronel (PSD-BA), Fernando Collor (PROS-AL), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Reguffe (sem partido/DF) e Renan Calheiros (MDB-AL), sendo que este último também renunciou antes da realização do pleito.[2]
Contexto
[editar | editar código-fonte]A sessão preparatória para a eleição da presidência da Casa, prevista para o dia 2 de fevereiro de 2019, foi tumultuada desde o seu início. Um movimento pela realização do pleito com o voto aberto exercia certa pressão favorável entre os senadores, algo que até então não era previsto pelo Regimento Interno do Senado. Davi Alcolumbre possuía o direito de conduzir a sessão por ser o único membro remanescente da Mesa Diretora, e acabou a presidindo, mesmo sendo um dos principais candidatos, e isto levantou certos questionamentos por parte dos senadores sobre a legitimidade de Alcolumbre para conduzí-la. Senadores contrários a condução da sessão pelo mesmo afirmavam que isto seria um conflito de interesses que favoreceria a sua própria candidatura, e assim, exigiram que Alcolumbre saísse da presidência e oferecesse o espaço a José Maranhão, o senador mais velho da casa. Todavia, o mesmo se recusou a deixar o cargo e prosseguiu os trabalhos da sessão preparatória.[carece de fontes]
Quando Alcolumbre acatou uma questão de ordem aprovada pelo Plenário (por 50 votos a 2), referente ao voto aberto, isto acabou gerando reações raivosas entre aliados de Renan Calheiros e até mesmo, acaloradas, como a da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), crítica do voto aberto, e que, insatisfeita com os rumos da sessão, tomou a pasta que continha as questões de ordem referente a sessão e não quis devolvê-la[3]. Diante de tantos questionamentos e a impossibilidade de realizar o escrutínio naquela noite, Alcolumbre decidiu suspender a sessão até a manhã do dia seguinte e cedeu seu espaço a José Maranhão, com a condição de que ele respeitasse a decisão soberana do plenário em relação ao voto aberto. [4]
Na mesma madrugada, o MDB, liderado por aliados de Renan Calheiros (que rejeitavam a questão do voto aberto), entraram no STF com uma ação para reverter a decisão do plenário que determinava a aplicação do voto aberto durante o pleito. Dias Toffoli atendeu o pedido e determinou que a votação fosse secreta (com base no Regimento Interno) e também a condução de José Maranhão para presidir a sessão. Diversos senadores questionaram a decisão do Supremo, que afirmaram ser uma intervenção indevida do poder Judiciário. [5]
Apesar da votação ter continuado secreta, uma decisão do Plenário introduziu a votação por meio de cédulas de papel, e não da forma eletrônica, como era desejado por senadores que defendiam o voto fechado. Isto permitiu que os parlamentares pudessem expôr os seus votos a seus eleitores de uma forma transparente. Durante a realização do pleito, 82 cédulas de votação foram contabilizadas, sendo que o número total de senadores era 81. Isso levantou questionamentos sobre suspeitas de fraude e fez com que a votação fosse realizada novamente. [6]
Candidatos
[editar | editar código-fonte]Originalmente, haviam sido confirmados nove candidatos ao pleito. Renan Calheiros (MDB/AL), Major Olímpio (PSL/SP), Alvaro Dias (PODE/PR), Simone Tebet (MDB/MS), Davi Alcolumbre (DEM/AP), Reguffe (sem partido/DF), Esperidião Amin (PP/SC), Angelo Coronel (PSD/BA) e Fernando Collor de Mello (PROS/AL).[7] Em nome de uma união de forças para derrotar Renan, que até aquele momento era um dos candidatos mais fortes à recondução da presidência, os senadores Alvaro Dias, Simone Tebet e Major Olímpio decidem retirar as suas candidaturas e apoiar abertamente o candidato Davi Alcolumbre.[carece de fontes]
Renan Calheiros desiste de sua candidatura durante a realização do pleito, diante da decisão dos senadores do PSDB e de Flávio Bolsonaro em abrir o voto a seus eleitores, o que abriu caminho para uma vitória de Alcolumbre no primeiro turno. [8]
Resultados
[editar | editar código-fonte]Presidente
[editar | editar código-fonte]Candidato | Número de Votos | Partido | UF | % |
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Davi Alcolumbre | 42 | DEM | Amapá | 51,85% |
Esperidião Amin | 13 | PP | Santa Catarina | 16,04% |
Ângelo Coronel | 8 | PSD | Bahia | 9,87% |
Reguffe | 6 | Sem partido | Distrito Federal | 7,40% |
Renan Calheiros | 5 | MDB | Alagoas | 6,17% |
Fernando Collor | 3 | PROS | Alagoas | 3,70% |
Ausentes | 4 | - | - | 4,93% |
TOTAL | 77 / 81 | - | - | 95,06% / 100% |
Partido | Candidato | Votos | Votos (%) | |
---|---|---|---|---|
DEM-AP | Alcolumbre | 42 | ||
PP-SC | Espiridião | 13 | ||
PSD-BA | Coronel | 8 | ||
Sem Partido-DF | Reguffe | 6 | ||
MDB-AL | Renan | 5 | ||
PROS-AL | Collor | 3 | ||
— | Abstenções | 4 | ||
Totais | 81 |
1º Vice-presidente
[editar | editar código-fonte]Candidato | Número de Votos | Partido | UF | % |
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Antonio Anastasia | 72 | PSDB | Minas Gerais | 88,88% |
Abstenções | 3 | - | - | 3,70% |
Votos contrários | 2 | - | - | 2,46% |
TOTAL | 77 / 81 | - | - | 95,06% / 100% |
2º Vice-presidente
[editar | editar código-fonte]Candidato | Número de Votos | Partido | UF | % |
---|---|---|---|---|
Lasier Martins | 72 | PODE | Rio Grande do Sul | 88,88% |
Abstenções | 3 | - | - | 3,70% |
Votos contrários | 2 | - | - | 2,46% |
TOTAL | 77 / 81 | - | - | 95,06% / 100% |
1º Secretário
[editar | editar código-fonte]Candidato | Número de Votos | Partido | UF | % |
---|---|---|---|---|
Sérgio Petecão | 72 | PSD | Acre | 88,88% |
Abstenções | 3 | - | - | 3,70% |
Votos contrários | 2 | - | - | 2,46% |
TOTAL | 77 / 81 | - | - | 95,06% / 100% |
2º Secretário
[editar | editar código-fonte]Candidato | Número de Votos | Partido | UF | % |
---|---|---|---|---|
Eduardo Gomes | 72 | MDB | Tocantins | 88,88% |
Abstenções | 3 | - | - | 3,70% |
Votos contrários | 2 | - | - | 2,46% |
TOTAL | 77 / 81 | - | - | 95,06% / 100% |
3º Secretário
[editar | editar código-fonte]Candidato | Número de Votos | Partido | UF | % |
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Flávio Bolsonaro | 72 | PSL | Rio de Janeiro | 88,88% |
Abstenções | 3 | - | - | 3,70% |
Votos contrários | 2 | - | - | 2,46% |
TOTAL | 77 / 81 | - | - | 95,06% / 100% |
4º Secretário
[editar | editar código-fonte]Candidato | Número de Votos | Partido | UF | % |
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Luis Carlos Heinze | 72 | PP | Rio Grande do Sul | 88,88% |
Abstenções | 3 | - | - | 3,70% |
Votos contrários | 2 | - | - | 2,46% |
TOTAL | 77 / 81 | - | - | 95,06% / 100% |
Referências
- ↑ https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/02/06/senado-elege-ocupantes-dos-demais-cargos-da-mesa-diretora-veja-a-composicao.ghtml
- ↑ a b https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/02/02/davi-alcolumbre-do-dem-e-eleito-presidente-do-senado-em-votacao-tumultuada.ghtml
- ↑ «Kátia Abreu toma pasta no meio de sessão e internautas comparam com apuração do Carnaval de SP». #hashtag. Consultado em 7 de fevereiro de 2019
- ↑ «Senado suspende sessão e adia para este sábado escolha do presidente da Casa». G1. Consultado em 7 de fevereiro de 2019
- ↑ «No STF, Dias Toffoli atende aliados de Renan e derruba voto aberto na eleição do Senado». Revista Fórum. 2 de fevereiro de 2019. Consultado em 7 de fevereiro de 2019
- ↑ POPULAR, Redação O. (2 de fevereiro de 2019). «Possibilidade de fraude suspende sessão e cédulas são trituradas durante eleição do Senado». Jornal O Popular. Consultado em 7 de fevereiro de 2019
- ↑ «Eleição mais concorrida dos últimos anos tem nove candidatos à presidência do Senado». Senado Federal. Consultado em 7 de fevereiro de 2019
- ↑ «Davi Alcolumbre (DEM-AP) é eleito presidente do Senado com 42 votos». www.nsctotal.com.br. Consultado em 7 de fevereiro de 2019