Luis Carlos Heinze – Wikipédia, a enciclopédia livre
Luis Carlos Heinze | |
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Senador do Rio Grande do Sul | |
No cargo | |
Período | 1º de fevereiro de 2019 até a atualidade |
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul | |
Período | 1º de fevereiro de 1999 até 1° de fevereiro de 2019 |
Prefeito de São Borja | |
Período | 1º de janeiro de 1993 até 1º de janeiro de 1997 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 14 de setembro de 1950 (74 anos) Candelária, Rio Grande do Sul |
Progenitores | Mãe: Cecy Therezinha Seckler Heinze Pai: Darcy Volnier Heinze |
Prêmio(s) |
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Esposa | Sandra Maria Batista Heinze |
Partido | ARENA (1974-1979) PDS (1980-1993) PPR (1993-1995) PP (1995-presente) |
Religião | Luteranismo[3] |
Profissão | Engenheiro agrônomo e produtor rural |
Fortuna | R$ 8,3 milhões (2018)[4] |
Luis Carlos Heinze (Candelária, 14 de setembro de 1950) é um engenheiro agrônomo e político brasileiro, ex-prefeito de São Borja, e é senador pelo Rio Grande do Sul desde 2019, filiado ao Progressistas (PP).[5]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Descendente de alemães,[6] Luis Carlos Heinze é membro da Igreja Evangélica Luterana.[3]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Foi prefeito de São Borja na gestão 93/96.[carece de fontes]
Deputado federal (1999 - 2019)
[editar | editar código-fonte]Em 1998 foi eleito para o primeiro mandato com 63.606 votos.[carece de fontes] Em 2002, foi reeleito com 132.395 votos.[carece de fontes] Quatro anos depois foi reconduzido ao cargo com 205.734 votos - o deputado mais votado do seu partido, o segundo do Rio Grande do Sul.[carece de fontes] Em 2010 Heinze foi reeleito para o quarto mandato com 180.403 votos - o terceiro deputado mais votado do Rio Grande do Sul e, novamente, o primeiro do seu partido.[carece de fontes] Em 2014, concorrendo ao quinto mandato consecutivo, Luis Carlos Heinze foi o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul com 162.462 votos.[carece de fontes] Nas eleições de 2014, realizadas em 5 de outubro, no quinto mandato consecutivo, foi eleito o deputado federal mais votado pelo Rio Grande do Sul para a 55ª legislatura (2015 — 2019).[carece de fontes] Em 1 de fevereiro de 2015 assumiu o cargo.[7][8]
Em 2008, Heinze apresentou um projeto para retirar de rótulos de alimentos a indicação de que são transgênicos. Ele foi rejeitado em 2019, na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal, sob o argumento de injuridicidade da matéria.[9] O projeto apresentava, em sua justificativa, informações falsas, como a afirmação de o Brasil seria o único país a indicar no rótulo a presença de transgênicos.[10]
Votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff.[11] Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[11] Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista.[11][12] Em agosto de 2017 votou a favor do processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer.[11][13]
Em março de 2018, o deputado foi escolhido pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo Partido Progressista.[14]
Senador (2019 - presente)
[editar | editar código-fonte]Em 2018, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul, obtendo 2.316.177 votos, o equivalente a 21,94% dos votos válidos.[15]
CPI da COVID
[editar | editar código-fonte]Heinze foi escolhido suplente da CPI da COVID-19, criada em abril de 2021 para investigar ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia e o colapso da saúde no estado do Amazonas.[16] Na comissão, o senador adotou uma postura favorável ao governo e ao uso de cloroquina e hicroxicloroquina para o combate à COVID-19, dois medicamentos comprovadamente ineficazes para esse fim.[17] Reiteradas vezes, Heinze utilizou o exemplo da cidade de Rancho Queimado, em Santa Catarina, como lugar onde o uso de cloroquina teria resultado em diminuição de mortes. Contudo, a cidade tinha um número de óbitos igual e até maior do que cidades de porte semelhante.[18] Heinze também citou várias vezes um estudo realizado no início de 2020 com apenas quarenta e duas pessoas pelo médico francês Didier Raoult como evidência de que a hidroxicloroquina funcionaria no combate à COVID-19.[17] Raoult, porém, já havia admitido que o estudo tinha falhas e que o medicamento não reduz mortes.[19]
Heinze também afirmou que a ivermectina teria apresentado eficácia no tratamento da COVID-19, o que não é verdade.[18] As falas do senador deram ensejo a postagens em redes sociais em defesa de tratamentos ineficazes contra a doença.[20] As falas de Heinze foram respondidas por colegas de comissão, que lembraram a ineficácia dos medicamentos defendidos pelo senador.[21] O senador também foi repreendido pelo presidente da CPI, Omar Aziz, por defender a automedicação com o chamado "Kit Covid", composto por remédios ineficazes contra a doença viral.[22]
Outra inverdade apresentada pelo senador é que remédios para câncer estariam sendo usados para curar a AIDS.[23] Além disso, Heinze se referiu erroneamente a Manaus como se fosse um estado, quando, na verdade, é uma cidade, a capital do estado do Amazonas.[24]
Pedido de investigação de sociólogo
[editar | editar código-fonte]Em maio de 2021, Heinze, juntamente com o senador Eduardo Girão, pediu à Polícia do Senado a investigação do sociólogo Celso de Rocha Barros, colunista do periódico Folha de S.Paulo, pelos supostos crimes de injúria e calúnia.[25] Barros publicara um texto no jornal fazendo referência à mílicia Escritório do Crime e chamando ironicamente os dois senadores de integrantes do "Consultório do Crime", uma vez que ambos buscariam “tumultuar a investigação (na CPI da COVID) mentindo sobre medicina” para defender Jair Bolsonaro.[25] Heinze não quis se manifestar publicamente sobre o caso e Barros declarou que o episódio configurava ataque à "liberdade de expressão e de imprensa".[25]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Discurso contra minorias
[editar | editar código-fonte]Em uma audiência pública realizada no município de Vicente Dutra, em novembro de 2013, Heinze afirmou que "quilombolas, índios, gays, lésbicas" são "tudo que não presta".[26] Em fevereiro do ano seguinte, após a divulgação de um vídeo contendo as declarações do deputado, ele afirmou que mantém o que disse. Além disso, aconselhou os produtores rurais a contratarem seguranças privados, mesmo que isso acarretasse derramamento de sangue.[27]
Em 7 de dezembro do mesmo ano, durante o Leilão da Resistência, em Campo Grande, promovido para arrecadar dinheiro para a formação de milícias privadas contra índios, Heinze voltou a fazer declarações do mesmo gênero. O deputado afirmou que o ministro Gilberto Carvalho "aninha no seu gabinete índios, negros, sem terra, gays, lésbicas". Posteriormente, o ruralista disse que "excedeu" em um "momento de discurso".[28]
Em março de 2014 a organização de defesa das minorias Survival, ONG inglesa, decidiu eleger Heinze como "Racista do Ano", por seus comentários sobre os indígenas, homossexuais e negros em seu país.[29]
Em maio do mesmo ano, o Conselho Aty Guassu Guarani Kaiowa e outros, ingressou com uma ação no STF contra o deputado Heinze -.[30] Os ministros entenderam que o parlamentar não teve a intenção de atingir o ser humano e o processo foi arquivado em abril de 2015.[carece de fontes]
Em fevereiro de 2015, o deputado foi denunciado pelo então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pelos crimes de difamação injúria contra o procurador da República de Erechim, Ricardo Gralha.[31]
Em abril do mesmo ano, Heinze prestou depoimento à Polícia Federal sobre a acusação de ter recebido propina no esquema ligado à Petrobras.[32]
Investigações
[editar | editar código-fonte]Foi alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.[33] No dia 6 de março de 2015, Heinze foi apontado, junto de outros 22 deputados federais e 12 senadores, como suspeito de envolvimento nos desvios de dinheiro. A lista de políticos suspeitos de envolvimento foi divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido de abertura de inquérito pela Procuradoria-Geral da República.[34] Na delação premiada o doleiro Alberto Youssef afirmou que achava que o deputado Heinze participava do esquema de corrupção.[35]
Desempenho em eleições
[editar | editar código-fonte]Ano | Eleição | Coligação | Partido | Candidato a | Votos | Votos em São Borja | Resultado |
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1992 | Municipal de São Borja | PDS | PDS | Prefeito | — | 11.791 (1º - turno único) | Eleito[36] |
1998 | Estadual no Rio Grande do Sul | PPB e PL | PPB | Deputado Federal | 63.606 (14º) | 20.706 (1º) | Eleito[37][38] |
2002 | Estadual no Rio Grande do Sul | PPB | PPB | Deputado Federal | 132.395 (7º) | 15.485 (1º) | Eleito[39][40] |
2006 | Estadual no Rio Grande do Sul | PP | PP | Deputado Federal | 205.734 (2º) | 19.269 (1º) | Eleito[41][42] |
2010 | Estadual no Rio Grande do Sul | PP, PSDB, PRB, PPS, PSC, PSL, PHS e PTdoB | PP | Deputado Federal | 180.403 (3º) | 13.546 (1º) | Eleito[43] |
2014 | Estadual no Rio Grande do Sul | PP, PSDB, PRB e SD | PP | Deputado Federal | 162.462 (1º) | 7.781 (2º) | Eleito[44] |
2018 | Estadual no Rio Grande do Sul | PSDB, PTB, PP, PRB, PPS, PHS e REDE | PP | Senador | 2.316.365 (1º) | 17.607 (1º) | Eleito[45] |
2022 | Estadual no Rio Grande do Sul | PP, PTB e PRTB | PP | Governador | 271.540 (4º) | 9.328 (2º) | Não eleito[46] |
Referências
- ↑ «Boletim do Exército do Brasil de julho de 2019». Secretaria Geral do Exército do Brasil (pdf). Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Nº 197, quarta-feira, 14 de outubro de 2020». Imprensa Nacional. 14 de outubro de 2020. p. 9. Consultado em 13 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Discursos e Notas Taquigráficas da Câmara dos Deputados: Transcurso dos 489 anos da reforma protestante». Câmara dos Deputados. 31 de outubro de 2006. Consultado em 17 de fevereiro de 2014
- ↑ «LUIS CARLOS HEINZE». Tribunal Superior Eleitoral. Outubro de 2018. Consultado em 3 de novembro de 2019
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «HEINZE, Luis Carlos». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 22 de junho de 2021
- ↑ Copetti, Thiago (25 de maio de 2020). «Heinze quer rápida sanção de socorro a estados para conter efeitos da Covid-19». Sistema Fetransul. Consultado em 14 de fevereiro de 2023
- ↑ «Conheça os Deputados». Portal da Câmara dos Deputados
- ↑ «Deputados federais eleitos tomam posse na Câmara»
- ↑ «Comissão rejeita projeto que tira de rótulos a indicação de transgênicos». Senado Federal. Consultado em 14 de maio de 2021
- ↑ «Projeto que retira rótulos de produtos transgênicos usa dados errados em sua justificativa | Aos Fatos». aosfatos.org. Consultado em 14 de maio de 2021
- ↑ a b c d G1 (2 de agosto de 2017). «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». Consultado em 11 de outubro de 2017
- ↑ Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ G1 (24 de março de 2018). «PP-RS escolhe Luis Carlos Heinze para ser pré-candidato a governador». Consultado em 23 de abril de 2018
- ↑ «Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) são eleitos senadores pelo Rio Grande do Sul»
- ↑ «CPI da Covid é criada pelo Senado». Senado Federal. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ a b «Senador governista tenta usar CPI da Covid para defender cloroquina». O Globo. 6 de maio de 2021. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ a b «É isso mesmo? Veja a checagem das declarações do senador Luis Carlos Heinze na sessão de terça-feira da CPI da Covid | GZH». gauchazh.clicrbs.com.br. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Maior defensor da cloroquina, médico francês admite pela primeira vez que medicamento não reduz mortes». Época. 18 de janeiro de 2021. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Falas de senadores governistas na CPI da Covid-19 alimentam defesa de tratamentos sem eficácia no Twitter | Aos Fatos». aosfatos.org. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (5 de maio de 2021). «CPI da COVID: senador rebate uso de cloroquina: 'água é melhor'; veja vídeo». Estado de Minas. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Aziz chama atenção de senador que disse tomar medicamentos sem eficácia». noticias.uol.com.br. Consultado em 14 de maio de 2021
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (4 de maio de 2021). [https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/04/interna_politica,1263335/na-cpi-da-covid-senador-bolsonarista-defende-cloroquina-sou-agronomo.shtml «Na CPI da COVID, senador bolsonarista defende cloroquina: 'Sou agr�nomo'»]. Estado de Minas. Consultado em 14 de maio de 2021 replacement character character in
|titulo=
at position 67 (ajuda) - ↑ Oliveira, Cleber (28 de abril de 2021). «Deputado rebate senador que falou 'estado de Manaus' ao citar repasses federais». AMAZONAS ATUAL. Consultado em 14 de maio de 2021
- ↑ a b c «Bolsonaristas da CPI reclamam de artigo, e Polícia do Senado abre investigação contra colunista da Folha». Folha de S.Paulo. 25 de maio de 2021. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ «Em vídeo, deputado gaúcho diz que "quilombolas, índios, gays, lésbicas" são "tudo que não presta"». Zero Hora. 12 de fevereiro de 2014. Consultado em 12 de fevereiro de 2014
- ↑ «"Mantenho o que eu disse", diz deputado Luis Carlos Heinze sobre questão da terra no Estado». Zero Hora. 12 de fevereiro de 2014. Consultado em 12 de fevereiro de 2014
- ↑ «Para atacar Gilberto Carvalho, ruralista diz que ele aninha 'negros' no gabinete». Estadão. 27 de fevereiro de 2014. Consultado em 30 de março de 2014
- ↑ «ONG inglesa elege deputado Luis Carlos Heinze o "Racista do Ano"». Terra. 20 de março de 2014. Consultado em 23 de abril de 2016
- ↑ «Supremo Tribunal Federal». portal.stf.jus.br
- ↑ Ministério Público Federal (13 de fevereiro de 2015). «PGR denuncia deputado Luís Heinze por crimes contra a honra». Consultado em 23 de abril de 2018
- ↑ Estado de São Paulo (10 de abril de 2015). «Investigado pelo STF na Lava Jato presta depoimento à PF». Consultado em 23 de abril de 2018
- ↑ «Projeto Excelências». Luis Carlos Heinze (PP-Rio Grande do Sul). Consultado em 14 de julho de 2016
- ↑ «Rio Grande do Sul lidera ranking de políticos investigados na Lava-Jato». Sul21. 6 de março de 2015. Consultado em 23 de abril de 2016
- ↑ «Congresso em Foco | O Congresso em Foco é um site jornalístico que faz uma cobertura apartidária do Congresso Nacional e dos principais fatos políticos da capital federal». Congresso em Foco. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. «Resultado das Eleições 1992 no Rio Grande do Sul». Consultado em 9 de outubro de 2018
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