Infeção pelo vírus do Nilo Ocidental – Wikipédia, a enciclopédia livre
Infeção pelo vírus do Nilo Ocidental | |
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Vírus do Nilo Ocidental | |
Sinónimos | Febre do Nilo Ocidental, encefalite do Nilo |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Nenhum, febre, dores de cabeça, vómitos, erupções cutâneas[1] |
Complicações | Encefalite, meningite[1] |
Início habitual | 2 a 14 dias após exposição[1] |
Duração | Semanas a meses[1] |
Causas | Vírus do Nilo Ocidental transmitido por mosquitos[1] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas e análises ao sangue[1] |
Prevenção | Controlo dos mosquitos, prevenir a picada de mosquitos[1] |
Tratamento | Cuidados de apoio, analgésicos[1] |
Prognóstico | Risco de morte entre os casos graves: 10%[1] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A92.3 |
CID-9 | 066.4 |
CID-11 | 1091013360 |
DiseasesDB | 30025 |
MedlinePlus | 007186 |
MeSH | D014901 |
Leia o aviso médico |
A infeção pelo vírus do Nilo Ocidental ou febre do Nilo Ocidental é uma doença infecciosa geralmente transmitida por mosquitos e causada pelo vírus do Nilo Ocidental.[1] Em cerca de 80% dos casos de infeção as pessoas apresentam poucos ou nenhuns sintomas.[2] Cerca de 20% das pessoas desenvolve febre, dores de cabeça, vómitos ou erupções cutâneas.[1] Em menos de 1% dos casos ocorre encefalite ou meningite, às quais estão associadas rigidez da nuca, confusão ou crises epilépticas.[1] A recuperação da doença pode levar semanas ou meses.[1] Nos casos graves em que o sistema nervoso é afetado o risco de morte é de cerca de 10%.[1]
O vírus do Nilo Ocidental é geralmente transmitido por mosquitos infetados.[1] Os mosquitos ficam infetados quando se alimentam de aves infetadas, as quais são reservatórios naturais da doença.[1] Em casos raros, o vírus é transmitido através transfusões de sangue, transplantes de órgãos ou da mãe para o bebé durante a gravidez.[1] Para além destas, não se conhece outras formas de transmissão direta entre pessoas.[3] Os fatores de risco para desenvolver doença grave incluem idade superior a 60 anos e ter outros problemas de saúde.[1] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sintomas e é confirmado com análises ao sangue.[1]
Não existe vacina humana.[1] A forma mais segura de diminuir o risco de infeção é evitar picadas de mosquito.[1] As populações de mosquitos podem ser reduzidas eliminando reservatórios de água estagnada, como pneus abandonados, baldes, caleiras e piscinas.[1] Quando não é possível evitar mosquitos, a utilização de repelentes, proteções nas janelas e redes mosquiteiras diminui a probabilidade de ser picado.[1][3] Não existe tratamento específico para a doença, embora os analgésicos possam diminuir a intensidade dos sintomas.[1]
O vírus foi descoberto no Uganda em 1937[1][3] e já foi detetado na Europa, África, Ásia, Austrália e América do Norte.[1] A transmissão pode ocorrer em surtos.[3] O vírus pode também infetar cavalos, para os quais está disponível uma vacina.[3] A implementação de um sistema de vigilância de aves pode ser útil para deteção precoce de potenciais surtos em seres humanos.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z «General Questions About West Nile Virus». www.cdc.gov (em inglês). 19 de outubro de 2017. Consultado em 26 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2017
- ↑ «Symptoms, Diagnosis, & Treatment». www.cdc.gov (em inglês). 15 de janeiro de 2019. Consultado em 15 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 15 de janeiro de 2019
- ↑ a b c d e f «West Nile virus». Organização Mundial de Saúde. Julho de 2011. Consultado em 28 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 18 de outubro de 2017