Francisco Velez – Wikipédia, a enciclopédia livre

Francisco Velez (fl. 1537/1563 – Évora?, m. 1587) foi um compositor português do Renascimento.

Nave da Sé de Évora.

Os primeiros registos sobre Francisco Velez dão conta da sua atividade como cantor em 1537.[1] Entre 1547 e 1584 ocupou o cargo de mestre da claustra da Sé de Évora sucedendo a Mateus de Aranda.[2][3] No conjunto de compositores que ensinou encontra-se, muito possivelmente, António Pinheiro.[4]

Em 1563 recebe de D. Sebastião privilégio real para publicar dois tratados musicais que escreveu; um sobre cantochão e outro sobre canto de órgão e contraponto. Contudo, não parece ter efetivamente publicado nenhum dos dois.[1][5]

Morreu no ano de 1587. No seu cargo de mestre da claustra foi substituído por Manuel Mendes que partindo dos alicerces dos seus precursores Francisco Velez e Mateus de Aranda elevou a escola de Polifonia de Évora a uma das melhores na história de Portugal.[3]

O seu cargo implicaria certamente um grande conjunto de composições musicais para as celebrações religiosas todas perdidas salvo um "Alelluia" do 2.º tom que chegou à atualidade num manuscrito do Mosteiro de Arouca.[6] Esse trabalho é um dos mais antigos exemplos da Polifonia eborense e por isso da maior relevância para a história da música.[1]

Ligações externas

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Referências

  1. a b c Canavin, Shannon (2005). «Musica Portugaliæ: Music of Renaissance Portugal & Brazil». Exsultemus 
  2. Carvalho, Ana (2012). O Códice Polifónico de Arouca Estudo e Transcrição Tomo I (PDF) (Mestrado). FSH - Universidade Nova de Lisboa 
  3. a b Borges, Armindo (1974). «Música e músicos em Évora como centro cultural, suas dimensões e irradiações». Revista Brasil-Europa 
  4. Henriques, Luís (2014). «António Pinheiro: Uma nota biográfica». Jornal da Praia 
  5. Vieira, Ernesto (1900). Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes. Lisboa: Tipografia Matos Moreira & Pinheiro 
  6. Carvalho, Ana (2012). «Alleluia». Portuguese Early Music Database