António Carreira Mourão – Wikipédia, a enciclopédia livre

António Carreira Mourão
Nascimento século XVI
Morte 12 de março de 1637
Santiago de Compostela
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação compositor, mestre de capela
Empregador(a) Sé de Braga, Catedral de Santiago de Compostela

António Carreira Mourão (ou António Carreira, «o moço»; em castelhano: Antonio Carrera Morán ou Antonio Carrera, el Joven) (local desconhecido, séc. XVI – Santiago de Compostela, 12 de março de 1637) foi um compositor português do Renascimento.

Braga
Santiago
Catedrais de Braga e Santiago de Compostela

António Carreira Mourão é também conhecido como António Carreira «o moço» para melhor ser distinguido do também compositor António Carreira, «o velho» que seria, provavelmente, seu tio ou, possivelmente, seu avô.[1][2] É sabido que Carreira Mourão (ou Morán, na castelhanização do apelido) era licenciado (talvez pela Universidade de Coimbra ou pela Universidade de Évora).[3]

Foi-lhe concedida a vigararia de São Vitorino.

Substituiu, desde 6 de maio de 1606, Lourenço Ribeiro como mestre de capela da Sé de Braga.[4] Anos depois, em 2 de julho de 1613 ocupou o cargo equivalente na Catedral de Santiago de Compostela, sucedendo a Pedro Periáñez.[3] Esteve nessa função até à data da sua morte a 12 de março de 1637, sendo substituído por Jerónimo Vicente.[3]

Teve cinco filhos, todos religiosos exceto o primogénito. Um deles também se chamaria António Carreira.

De Carreira Mourão chegaram-nos apenas dois motetes, conservados na Catedral de Santiago de Compostela. Uma delas é um dos primeiros exemplos do uso de acompanhamento de harpa como baixo contínuo.[5]

  • Lessa, Elisa (1992), A Actividade Musical na Sé de Braga no Tempo do Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus (1588-1609), Tese de Mestrado em Ciências Musicais, Coimbra, Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, Policopiado [pp. 69-73].
  • López-Calo, José (1972), Catálogo musical del Archivo de la Santa Iglesia Catedral de Santiago, Cuenca, Instituto de Música Religiosa. [pp. 43-44 e pp. 323-324].
  • Mazza, José (1944-1945), Dicionário Biográfico de Músicos Portugueses, ed. e notas de José Augusto Alegria, Ocidente, Lisboa, Tipografia da Editorial Império.
  • Nery, Rui Vieira (1984), A Música no Ciclo da Bibliotheca Lusitana, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
  • Vasconcelos, Joaquim de (1870), Os Músicos Portuguezes: Biografia, Bibliografia, 2 volumes, Porto, Imprensa Portugueza.
  • Vieira, Ernesto (2007/1900), Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes, Lisboa, Lambertini, Edição Facsimilada de Arquimedes Livros.

Referências

  1. Oliveira, Filipe (2011). «As obras atribuídas a António Carreira, «O Velho», no MM 242». A Génese do tento no testemunho dos manuscritos P-Cug MM 48 e MM 242 (com uma edição crítica dos ricercari de Jacques Buus e das suas versões recompostas) (Tese). Universidade de Évora 
  2. Machado, Diogo Barbosa (1741). Bibliotheca Lusitana. Lisboa: Oficina de António Isidoro da Fonseca 
  3. a b c Saldoni, Baltasar (1860). Efemérides de Músicos Españoles. Madrid: Imprenta de la Esperanza. p. 149 
  4. Henriques, Luís (2013). «Música na Sé de Braga no século XVI». Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura 
  5. «Compositores galegos». Aula Virtual de Contrabajo. Consultado em 2 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 13 de janeiro de 2016