BR-290 – Wikipédia, a enciclopédia livre

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BR-290
Nome popular	Freeway
Identificador	BR-290
Tipo	Transversal
Extensão	726 km
Extremos  • Leste:  • Oeste:	BR-101 em Osório, Rio Grande do Sul BR-472 em Paso de los Libres, Argentina
Trecho da	BR-290
Interseções	BR-116 em Porto Alegre, RS BR-153 em Cachoeira do Sul, RS BR-158 em Rosário do Sul, RS BR-377 em Alegrete, RS
Oeste < Ponte Internacional Uruguaiana-Paso de los Libres BR-290 Osório, RS >
Rodovias do Brasil

A BR-290 é uma das mais importantes rodovias do Rio Grande do Sul, no Brasil, com 726 km de extensão, situada no estado do Rio Grande do Sul, que parte do litoral centro-norte do estado em sentido oeste, até o município de Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Embora haja menções a diversas nomes, tais como Rodovia Oswaldo Aranha, Rodovia Marechal Osório e Rodovia Romildo Bolzan, a rodovia ainda não possui denominação oficial.^[1]

O trecho entre o início da rodovia, junto à BR-101 no município de Osório até a cidade de Porto Alegre, é conhecido como Freeway, operado pela CCR. Este trecho possui dois pedágios, um em Gravataí e outro em Santo Antônio da Patrulha (entre 1998 e 2019 sendo cobrado apenas no sentido Litoral, e desde então cobrada em ambos os sentidos); e apresenta tráfego intenso, com quatro faixas de rodagem entre Gravataí e Porto Alegre nos dois sentidos, e três faixas com a adição de um acostamento que é liberado trafegar em alguns trechos apenas quando há um sinal piscante amarelo, no resto da Freeway. Os demais trechos variam entre pista simples e dupla.

Entre a zona norte de Porto Alegre e o município de Guaíba ocorre a sobreposição com a BR-116.

Seguindo para oeste, a rodovia passa, entre outras cidades e municípios, por Pantano Grande, Cachoeira do Sul, São Gabriel, Rosário do Sul, Alegrete até chegar a Uruguaiana, onde está localizado o maior porto seco da América Latina. Na Argentina, a BR-290 segue em um trecho entre Paso de los Libres e Buenos Aires (acesso às rodovias argentinas RN 117 e RN 14).

A construção da rodovia iniciou em 27 de agosto de 1970, tendo sido atrasada um ano por tempestades. Foram utilizadas 450 máquinas pesadas e 700 caminhões, empregando 3 mil operários. Originalmente, a Freeway cruzaria a Lagoa dos Barros por um túnel, mas o alto custo fez o plano ser abandonado. Junto da Transamazônica, da ponte Rio-Niterói e da Cuiabá-Santarém, a obra foi adotada como um símbolo da ditadura militar brasileira.^[2]

A Freeway, trecho de 96,6 km que liga Porto Alegre a Osório, foi inaugurada em 26 de setembro de 1973, como alternativa à RS-030 para o litoral, hoje conhecida como Estrada Velha.^[3] A cerimônia contou com a presença do presidente Emílio Garrastazu Médici - que somente descerrou uma placa comemorativa e hasteou a bandeira do Brasil - , do governador do Rio Grande do Sul, Euclides Triches, e do ministro dos Transportes, Mário Andreazza, que discursou. A solenidade, que começou às 17h e durou só 10min, aconteceu no trevo de acesso da travessia do Guaíba. Em seguida, 200 carros formaram uma fila de 7km e foram até Osório, trajeto que levou 1h para ser percorrido.^[2]

A estrada foi liberada para trânsito no dia 27 de setembro de 1973. Sobre a ponte do Guaíba, 18 carros esperavam desde às 3h para acessar a Freeway. Às 6h, um Ford Corcel marrom de placas AA-2695 foi o primeiro a circular. No dia seguinte, aconteceu o primeiro acidente. Vindo de Torres, Paulo Baltazar Scheffer, que dirigia um caminhão Mercedes-Benz com placas YE-5309 carregado de frutas e legumes, dormiu no volante e tombou no fosso no meio da rodovia. O acidente aconteceu no km 43, às 22h30min. Dois meses após a inauguração, começou a ser cobrado o pedágio, que foi encerrado em 1989 e retomado em 1998.^[2]

O apelido foi dado em referência às vias expressas da Califórnia.^[3] Foi a primeira autoestrada brasileira, com limite de 120 km/h à época da inauguração das suas pistas duplas, separadas por um largo canteiro central. Posteriormente, o Governo Federal baixou o limite de velocidade da Freeway para 80 km/h, devido à crise do petróleo nos anos 70, para economizar combustível. Hoje, o limite é de 110 km/h.

A administração da estrada passou para a Concessionária da Rodovia Osório-Porto Alegre (Concepa) - formada pela Construtora Triunfo, do Paraná, e a gaúcha SBS Engenharia - em 10 de março de 1997, com contrato de 20 anos. Em janeiro de 2019, as concessões da Freeway e do trecho da BR-290 sobre a ponte do Guaíba passaram a integrar a Rodovia de Integração Sul (RIS), sob responsabilidade da CCR Via Sul.

A Freeway recebeu uma 3º faixa em ambos os sentidos, depois de algum tempo.^[4] Entre 2031 e 2033, a Freeway deve ganhar sua 4º faixa em cada sentido. ^[5]

As obras de duplicação de 115,7 quilômetros da rodovia, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande, iniciaram-se em 2015. Porém, em 2019, o percentual de conclusão da obra estava em apenas 15%. O custo da obra gira em torno de R$ 700 milhões.^[6]

Extensão pavimentada: 725,6 km (100,00%)

Extensão duplicada: 112,3 km (15,48%)

• «Informações detalhadas sobre o Sistema Nacional de Viação». no Visualizador de Informações Geográficas do DNIT 

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Referências