Guerra dos Bôeres – Wikipédia, a enciclopédia livre
As guerras dos bôeres (ou guerras dos bôers) foram dois confrontos armados na Cidade do Cabo (África do Sul) que opuseram os colonos de origem holandesa e francesa, os chamados bôeres, ao exército britânico, que pretendia se apoderar das minas de diamante e ouro recentemente encontradas naquele território. Em consequência das guerras, os bôeres ficaram sob o domínio britânico, com a promessa de autogoverno.[1]
A Primeira Guerra dos Bôeres foi travada entre 1880 e 1881 e garantiu a independência da república bôer do Transvaal com relação à Grã-Bretanha.[1] Contudo, a trégua não iria durar muito.[1] Em outubro de 1899, o constante aumento da pressão militar e política britânica incitou o presidente do Transvaal Paul Kruger a dar um ultimato exigindo garantia da independência da república e cessação da crescente presença militar britânica nas colônias do Cabo e de Natal.[1] Tal atitude foi tomada como inaceitável pelos britânicos, dando início à Segunda Guerra dos Bôeres,[1] travada entre 1899 e 1902, levando à criação da União Sul-Africana através da anexação das repúblicas boeres do Transvaal e do Estado Livre de Orange às colônias britânicas do Cabo e de Natal.