José Antônio Correia da Câmara – Wikipédia, a enciclopédia livre
Visconde de Pelotas | |
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Visconde de Pelotas | |
Ministro da Guerra | |
Período | 1881 a 1882 |
Antecessor(a) | Homem de Melo |
Sucessor(a) | Franklin Dória |
Governador do Rio Grande do Sul | |
Período | 15 de novembro de 1889 a 10 de fevereiro de 1890 |
Antecessor(a) | Justo de Azambuja Rangel |
Sucessor(a) | Júlio Anacleto Falcão da Frota |
Governador do Rio Grande do Sul | |
Período | 8 de junho de 1892 a 16 de junho de 1892 |
Antecessor(a) | Junta governativa gaúcha de 1891 |
Sucessor(a) | Vitoriano Ribeiro Carneiro Monteiro |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de fevereiro de 1824 Porto Alegre, RS |
Morte | 18 de agosto de 1893 (69 anos) |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Flora Correia da Câmara Pai: José Antônio Fernandes de Lima |
Cônjuge | Maria Rita Fernandes Pinheiro |
Partido | Partido Liberal |
Profissão | militar e político |
Serviço militar | |
Lealdade | Brasil |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Anos de serviço | 1839-1893 |
Graduação | Marechal |
Conflitos | Guerra dos Farrapos Guerra do Prata Guerra do Uruguai Guerra do Paraguai |
José Antônio Correia da Câmara, 2º Visconde de Pelotas,[1] (Porto Alegre, 17 de fevereiro de 1824 — Rio de Janeiro, 18 de agosto de 1893) foi um nobre, militar e político brasileiro.
Filho do Comendador José Antônio Fernandes de Lima e de Flora Correia da Câmara, era neto materno do primeiro visconde de Pelotas .
Sentou praça em 15 de setembro de 1839, no 3° regimento de cavalaria, marchando no mesmo dia para combater os revolucionários farroupilhas. Também tomou parte na Guerra contra Rosas, sob as ordens do tenente-general Manuel Marques de Sousa.
Casou em 1851 com sua sobrinha Maria Rita Fernandes Pinheiro (1829 - 1914), filha do visconde de São Leopoldo, fixando residência no Solar dos Câmara, em Porto Alegre. Tiveram cinco filhos.
Na guerra contra Aguirre, em 1864, apesar de ser de cavalaria, foi voluntário para participar do cerco de Paysandú, Uruguai.
Herói da guerra do Paraguai, ajudou na retomada de Uruguaiana e participou das batalhas de Curuzu, Curupaiti, Avaí e Campo Grande, entre outras. Sua bravura nos combates de Avaí lhe renderam promoção a Brigadeiro. Foram suas as tropas que atacaram o último acampamento paraguaio, em Cerro Corá, onde Solano López foi ferido e depois baleado nas barrancas do arroio Aquidabã. Dele partiu a ordem de rendição ao ditador paraguaio, respondida com o lúgubre:"Muero con mi pátria!". Promovido a Marechal em 1870, logo depois da guerra, em reconhecimento aos seu serviços foi agraciado com o título nobiliárquico de visconde de Pelotas.
Foi ministro da Guerra, conselheiro de guerra, senador do Império do Brasil, pelo Partido Liberal de 1880 a 1889 (ver Gabinete Saraiva de 1880).
Foi nomeado primeiro governador do Rio Grande do Sul após a proclamação da República Brasileira e condecorado no ano seguinte como Marechal Câmara. Permaneceu somente 3 meses no governo devido aos desentendimentos entre membros do Partido Liberal e Partido Republicano.
Seu neto e biógrafo, Rinaldo Pereira da Câmara, escreveu o livro "O Marechal Câmara", em três volumes, descrevendo a vida do visconde de Pelotas.[2]
Referências
- ↑ Algumas fontes o apontam como segundo Barão de Pelotas, o que é desmentido pelo historiador Carlos G. Rheingantz em Anuário Nobiliárquico Brasileiro, "Titulares do Império". Rio de Janeiro, 1960, páginas 112 a 121.
- ↑ O Solar dos Câmaras de Leandro Telles Biblioteca da Assembléia Legislativa do RS
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- MOYA, Salvador de. Anuário Genealógico Brasileiro, Ano III, pág. 249. Instituto Genealógico Brasileiro, São Paulo, 1944.
- PORTO ALEGRE, Aquiles José Gomes. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917.
- Almanak do Ministério da Guerra no Anno de 1885, pág. 372. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1885.
Precedido por Homem de Melo | Ministro da Guerra do Brasil 1880 — 1881 | Sucedido por Franklin Dória |
Precedido por Justo de Azambuja Rangel | Governador do Rio Grande do Sul 1889 — 1890 | Sucedido por Júlio Anacleto Falcão da Frota |
Precedido por Junta governativa gaúcha de 1891 | Governador do Rio Grande do Sul 1892 | Sucedido por Vitoriano Ribeiro Carneiro Monteiro |