Número esfênico – Wikipédia, a enciclopédia livre
Um número esfênico (do grego antigo σφήνα) é um número inteiro positivo que é o produto de três fatores primos distintos. A função de Möbius retorna -1 para todo número esfênico. [1]
Note que essa definição é mais restringente que se exigisse simplesmente que o inteiro tivesse exatamente três fatores primos; exemplo: 60 = 2² × 3 × 5 tem exatamente 3 fatores primos, mas não é esfênico.
Todos os números esfênicos têm exatamente oito divisores. Se o número esfênico for expresso como , então seus divisores serão (possivelmente não ordenados):
Os primeiros números esfênicos são: 30, 42, 66, 70, 78, 102, 105, 110, 114, 130, 138, ... (sequência A007304 na OEIS)
Números esfênicos consecutivos
[editar | editar código-fonte]O menor par de números consecutivos esfênicos é (230, 231), uma vez que 230 = 2×5×23 e 231 = 3×7×11. A menor tripla de números consecutivos esfênicos é (1309, 1310, 1311), já que 1309 = 7×11×17, 1310 = 2×5×131, e 1311 = 3×19×23. Não existe uma sequência de números esfênicos consecutivos com mais de 3 elementos. Em outras palavras, para cada n-upla (lê-se ênupla) :
- podem ser esfênicos se e somente se ou ;
- não são esfênicos
As primeiras triplas de números esfênicos são:
(1309, 1310, 1311), (1885, 1886, 1887), (2014, 2015, 2016), (2665, 2666, 2667), ... (sequência A165936 na OEIS)
Maior número esfênico conhecido
[editar | editar código-fonte]Uma vez que existem infinitos números primos, também existem infinitos números esfênicos.
O maior número esfênico conhecido é [2]
- (274.207.281 − 1) × (257.885.161 − 1) × (243.112.609 − 1).
Produto dos três maiores números primos conhecidos. Foi definido em janeiro de 2016.
Divisão entre números consecutivos
Na divisão entre dois números consecutivos temos dois casos:
Caso 1 - Caso em que o número maior tem paridade par
Caso 2 - Caso em que o número maior tem paridade impar
Caso 1 -
Sejam dois números consecutivos com e de paridade par.
A divisão e a outra divisão
Na imensa maioria dos casos cada uma dessas expressões tem como resultados números, com infinitos algarismos após o ponto decimal.
Em absolutamente todos os casos ao menos uma das duas expressões acima apresenta infinitos algarismos após o ponto decimal.
No nosso sistema decimal a decomposição única do número é , então a fração só não será uma dizima infinita quando pois é um número de paridade impar.
A fração só não será uma dizima infinita quando onde .
A expressão termina sempre no número exceto para .
Para termos dois números consecutivos nas condições acima o número tem que terminar em exceto para o primeiro caso onde , e o número , terá que ser da forma onde a expressão não será uma dizima infinita.
Como os números da forma com o algarismo na última posição são sempre terminados em , jamais teremos o par consecutivo com os dois últimos algarismos sendo e com a propriedade de serem da forma .
Esta divisão é aplicada na solução para o Ultimo Teorema de Fermat e para a Conjectura de Beal.
Caso 2
Sejam dois números consecutivos com e de paridade impar.
A divisão e a outra divisão
Na imensa maioria dos casos, cada uma destas expressões tem como resultado números com infinitos algarismos após o ponto decimal.
Em absolutamente todos os casos ao menos uma destas duas expressões apresenta como resultado números com infinitos algarismos após o ponto decimal.
No nosso sistema decimal a composição única do número é , então a fração só não será uma dizima infinita quando .
A fração só não será uma dizima infinita quando
A expressão termina sempre no número exceto para .
Para termos dois números consecutivos nas condições acima o número tem que terminar em , exceto para o primeiro caso onde , e o número terá que ser da forma , onde a expressão não será uma dizima infinita. O valor de só termina em , para e para nenhum destes casos o número sucessivo terminado em é da forma ., impedindo que tenhamos números consecutivos terminados em que sejam da forma .
Ligações externas
da On-Line Encyclopedia of Integer Sequences, em inglês.
Referências
- ↑ Emma Lehmer, "On the magnitude of the coefficients of the cyclotomic polynomial", Bulletin of the American Mathematical Society 42 (1936), nº 6, pág. 389–392.[1].
- ↑ http://primes.utm.edu/top20/page.php?id=3