Nefrite túbulo-intersticial – Wikipédia, a enciclopédia livre

Interstitial nephritis
Nefrite túbulo-intersticial
Na nefrite intersticial a parte lesionada é na área 1 (túbulos renais e interstício renal).
Especialidade nefrologia
Classificação e recursos externos
CID-10 N10-N12
CID-9 580.89, 581.89, 582.89, 583.89
CID-11 e 1210263011 133532168 e 1210263011
DiseasesDB 6854
MedlinePlus 000464
eMedicine med/1596
MeSH D009395
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Nefrite túbulo-intersticial (NTI), ou simplesmente nefrite intersticial, é caracterizada por uma inflamação renal onde a maior lesão é aos túbulos e tecido intersticial. Pode ser aguda (episódio isolado) ou crônica (recorrente/duradoura) e de causa farmacológica (reação indesejável a um medicamento), consequência de uma reação imunológica excessiva a uma infecção, neoplasia, doença autoimune ou alteração metabólica.

As principais causas são[1]:

Outras causas mais raras incluem[1]:

Sinais e sintomas

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Quando a insuficiência renal é grave pode exigir dialises até que a função renal melhore

Os sintomas mais comuns são[2][1]:

Sintomas menos comum incluem[2][1]:

  • Dores nas articulações (em 46% dos casos);
  • Febre (em 40% dos casos);
  • Dor lombar (30% dos casos);
  • Manchas vermelhas na pele (em 20% dos casos);
  • Acidose urinária (Ph maior que 5,5);
  • Perda maior de sódio, potássio ou magnésio;
  • Síndrome nefrótica (raro).

Epidemiologia

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Estudos epidemiológicos identificam apenas 4 entre em cada 100.000 pessoas por ano,[3] porém é provável que seja muito mais, já que podem ser pouco sintomáticos, diagnosticados apenas como sintoma de outras doenças ou podem não ser diagnosticados pelo uso de exames imprecisos. Em estudos com pacientes com insuficiência renal representava cerca de 20% e em biópsias renais pode ser identificada em 1 a 3% dos casos.[1]

Caso o problema seja um medicamento, é recomendado sua troca por um similar, fazer uma dieta para corrigir alterações metabólicas (como baixo consumo de sódio quando há pressão alta e baixo consumo de proteína para evitar azotemia) e acompanhar para verificar se há melhora. Casos graves de insuficiência renal (cerca de 40%) podem exigir uma diálise, porém geralmente apenas por períodos curtos.[4]

Quando o problema é uma infecção, costuma melhorar com o uso de antibiótico, reposição adequada de líquidos e repouso. Quando o problema é uma neoplasia, o tratamento com quimioterapia pode melhorar rapidamente a função renal.[2]

Outro tratamento menos conservador é o uso de anti-inflamatório esteroides em altas doses e diminuir as doses a cada dia, especialmente quando a causa foi um anti-inflamatório não-esteroide(AINE) ou antibióticos ou quando a causa é desconhecida. O restabelecimento da função renal vai depender do grau de cicatrização (fibrose) que ocorreu nos rins, sendo geralmente pior o prognóstico em pacientes com mais idade ou que demoraram mais para buscar o tratamento.[1][2]

Referências