Nelson Piquet Jr. – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com Nelson Piquet (seu pai).

Nelson Piquet Jr.
Piquet Jr. em 2015
Informações pessoais
Nome completo	Nelson Angelo Tamsma Piquet Souto Maior
Apelido(s)	Nelsinho
Nacionalidade	brasileiro
Nascimento	25 de julho de 1985 (39 anos) Heidelberg, Alemanha Ocidental
Progenitores	Pai: Nelson Piquet
Parentesco	Geraldo Piquet (irmão) Kelly Piquet (irmã) Pedro Piquet (irmão) Estácio Gonçalves Souto Maior (avô)
Registros na Fórmula 1
Temporadas	2008–2009
Equipes	Renault
GPs disputados	28
Títulos	0
Vitórias	0
Pódios	1
Pontos	19
Pole positions	0
Primeiro GP	GP da Austrália de 2008
Último GP	GP da Hungria de 2009
Registros na FIA Fórmula E
Temporadas	2014–15–2018–19
Equipes	NextEV NIO Panasonic Jaguar Racing
ePrix's	51 largadas
Títulos	1 (2014–15)
Vitórias	2
Pódios	5
Pontos	237
Pole positions	1
Primeiro ePrix	ePrix de Pequim de 2014
Último ePrix	ePrix de Sanya de 2019
Registros na NASCAR Cup Series
Temporadas	2014
Corridas	1
Títulos	0
Vitórias	0
Top 10	0
Pole positions	0
Primeira corrida	2014 Cheez-It 355 at The Glen (Watkins Glen)
Registros na NASCAR Xfinity Series
Corridas	38
Títulos	0
Vitórias	1
Top 10	7
Pole positions	1
Primeira corrida	2010 Zippo 200 (Watkins Glen)
Última corrida	2016 Mid-Ohio Challenge (Mid-Ohio)
Registros na NASCAR Truck Series
Temporadas	2010-2013
Corridas	54
Títulos	0
Vitórias	2
Top 10	28
4
Primeira corrida	2010 NextEra Energy Resources 250 (Daytona)
Última corrida	2013 Ford EcoBoost 200 (Homestead)
Títulos
2002: Fórmula 3 Sul-americana 2004: Fórmula 3 Britânica 2014-15: Fórmula E
Prêmios
Capacete de Ouro 1999: Kart – Revelação 2002: Fórmula 2004: Internacional 2006: Internacional

Nelson Angelo Tamsma Piquet Souto Maior, mais conhecido como Nelson Piquet Jr ou ainda Nelsinho Piquet. (Heidelberg, 25 de Julho de 1985), é um piloto brasileiro de LeMans Series, Stock Car e Porsche Cup Series, nascido na Alemanha.^[1] Criado no Brasil desde a sua infância vivida em Brasília. É campeão da Fórmula 3 Sul-Americana, Fórmula 3 Britânica e Campeão do mundo de Fórmula E e da Lamborghini Super Trofeo. Além de ser o primeiro Brasileiro a vencer na NASCAR, correndo nas três categorias do maior campeonato nacional de turismo do mundo

Além dos grandes feitos como: ser parte do último pódio com dois brasileiros na Fórmula 1 (até o momento) ocorrida no GP da Alemanha de 2008, ser o primeiro brasileiro a vencer um evento internacional da elite do Rallycross, assim como o primeiro brasileiro a cravar uma pole-position em uma categoria da NASCAR. Também sendo o primeiro Brasileiro a vencer na antiga GP2 e o único brasileiro a vencer uma corrida da A1GP, justamente na etapa inaugural da categoria ^[2][3]

Nelson Piquet Jr é filho do tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet junto a modelo holandesa Sylvia Tamsma, tendo como irmãs a modelo Kelly Piquet e Julia Piquet, além dos outros quadro irmãos, Geraldo Piquet, Lazslo Piquet, Pedro Piquet e Marco Piquet. Todos descendendo de um avo que já era uma figura pública, o médico e ex-ministro da saúde Estácio Gonçalves Souto Maior.^{[4][5][6][7][8][9]}

Nelsinho aos oito anos de idade, deixou de morar com a mãe em Mônaco e optou por vir morar com o pai em Distrito Federal, onde deu início a sua carreira como piloto em competições de Kart em 1993.

O piloto já namorou Bia Anthony (atualmente esposa de Ronaldo Fenômeno) por quatro anos. O casal chegou a morar junto em Oxford na Inglaterra. Após o rompimento Nelsinho também namorou a socialite Helena Bordon, filha de Donata Meirelles, diretora da Daslu, e a estudante Gabriela Constantino, uma das herdeiras da companhia aérea brasileira GOL. Piquet foi noivo de Carolina Alves de Queiroz, filha do dono da Hypermarcas. Eles terminaram seu relacionamento em agosto de 2012.

Nelsinho começou sua carreira no kart em 1993 e permaneceu nas categorias do kartismo até 2000. Em 2002 foi campeão da Fórmula 3 Sul-americana aquele era o seu segundo ano na categoria. Depois de uma segunda temporada arrasadora na Fórmula 3 Britânica, após ser o 3º em seu primeiro ano na Inglaterra, Nelsinho transferiu-se para a GP2, então o último degrau das corridas de formação antes de chegar a Fórmula 1 pela Hitech Piquet Sports ^[10].

Em 2005, Nelsinho chega a GP2 Series, com uma vitória e cinco pódios ele fecha sua primeira temporada na oitava colocação geral com 45 pontos, seu carro era um Dallara GP/05 de motores Renault e pneus Bridgestone ^[11][11].

Precisando de uma campanha de ponta no campeonato, o então jovem brasileiro correspondeu as expectativas para 2006, brigando pelo título ele ficou com o vice, somando 102 pontos com quatro vitórias, oito pódios, seis poles e três voltas mais rápidas com o mesmo kit do ano anterior. Essa campanha garantiu já em 2006 reuniões e testes com a então Renault F1 Team confirmando a vaga para piloto de testes da equipe para 2007 ^[12][13].

Durante 2006, Nelsinho também esteve disputando paralelamente o inovador campeonato A1GP com a equipe Brasil, ele ficou com a sexta colocação no geral, tendo como companheiro de equipe Christian Fittipaldi. O sobrenome Piquet entrou para a história do automobilismo mais uma vez quando Nelsinho venceu a primeira prova da história da modalidade, antes do final do campeonato inaugural ele ainda somou mais uma vitória com cinco pódios duas poles e quatro voltas mais rápidas ^[14][15].

O primeiro contato de Piquet Jr com um Fórmula 1 veio através de alguns testes para jovens pilotos, organizado pela Williams em 2003, dividindo a série de testes ao seu lado estava os Rosbergs, com a também jovem promessa Nico Rosberg, os pais da dupla correram para Frank Williams nos anos 1980, uma nova etapa de aprovação foi repetida já em 2004, estipulasse que ambos os garotos agradaram a todo time de avaliação de Frank, que teria oferecido um contrato determinando com tempo e salário definidos a ambos os testados ^[16][17][18].

Em 2005 Nelsinho retornou a um F1, dessa vez para testar a BAR em seu melhor momento após a terceira colocação de Jenson Button no campeonato do ano anterior que incluíram a primeira vitória da equipe, o modelo usado foi o BAR 007 de motores Honda 3.0 V10 e pneus Michelin em uma pintura alternativa de pré-temporada ^[19]

Até que por fim em 2006 e 2007 testou e assinou com a Renault, assumindo a posição e se dedicando a atividade de piloto de testes do carro recém bicampeão do mundo, ele dividiu os testes com o também brasileiro Ricardo Zonta, na agora renomeada ING Renault F1 Team, que tinha como titulares o novato Heikki Kovalainen e o remanescente Giancarlo Fisichella ^[20].

Já para 2008, Nelsinho foi anunciado pela Renault como titular ao lado de Fernando Alonso que voltava da McLaren após romper contrato devido a alguns conflitos internos ^[21]. Ao longo daquela temporada Nelsinho tem como ponto alto um pódio na segunda colocação no Grande Prêmio da Alemanha disputado em 20 de Julho onde chegou a liderar (essa foi a última vez que dois pilotos brasileiros subiram ao pódio juntos na F1 até os dias atuais, Felipe Massa da Ferrari terminou em terceiro) ^[22][23], além de um quarto e um lugar debaixo de chuva extrema no Grande Prêmio do Japão, realizado em 12 de Outubro, no demais ao longo do ano o brasileiro sofreu sobretudo na primeira metade do campeonato com quebras do modelo R27 da fabricante francesa, quando a maquina e o piloto completavam as etapas o que se viu foi uma boa sétima colocação na França como a 'pior' posição de chegada, até que fossem feitas as entregas de algumas importantes atualizações do carro que eram equipadas primeiramente no carro de Alonso, (que até a França andava no meio do grid com uma décima posição, duas oitavas, uma sexta, uma quarta e dois abandonos). Juntos ao final da temporada eles somaram 80 pontos e colocaram a Renault na quarta colocação do campeonato de construtores.

Porém, em 2009, não obteve pontos nas primeiras 10 provas da temporada, e acabou por ser demitido pela Renault em 3 de agosto, sendo substituído pelo franco-suíço Romain Grosjean.^[24][25]

Em 10 de setembro do mesmo ano, pouco depois da sua demissão, Nelsinho assumiu, perante a FIA, ter provocado o acidente ocorrido durante o Grande Prêmio de Singapura de 2008, para beneficiar a equipe Renault. Desta forma, Piquet forçou a entrada do safety car, o que facilitou a vitória do seu companheiro de equipe, Fernando Alonso. Segundo as investigações concluíram, Flavio Briatore, chefe da escuderia, e o diretor de engenharia, Pat Symonds, teriam pedido a Nelsinho que forjasse um acidente.^[26] Tal fato foi considerado um escândalo e pode determinar o encerramento definitivo da breve carreira do piloto na F1.^[27] A escuderia francesa alegou ter havido uma tentativa de chantagem, a fim de que Nelsinho pudesse continuar na temporada de 2009. Porém, Nelson Piquet, pai, disse ao jornal inglês “Daily Mirror”, que, ainda em 2008, informou o diretor de prova Charlie Whiting sobre a manobra da Renault para manipular o resultado no GP de Cingapura. Disse que só não falou com o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, porque temia prejudicar a carreira de Nelsinho.^[28]

Após o julgamento do caso pelo Conselho Mundial da FIA, Briatore foi banido da Fórmula 1. Pat Symonds foi suspenso por cinco anos. Quanto a Nelsinho Piquet, conforme lhe fora prometido quando entregou à FIA um dossiê sobre o episódio, não recebeu qualquer punição da Federação Internacional de Automobilismo, já que foi o autor da denúncia. Fernando Alonso, que se beneficiou do triste episódio, também não foi punido.

No dia 5 de Janeiro de 2010, o Tribunal de Grande Instância de Paris anulou o banimento imposto à Briatore pela FIA, permitindo que ele volte a trabalhar novamente na Fórmula 1. Briatore ainda deve receber uma indenização no valor de quinze mil euros.^[29]

Em 6 de fevereiro de 2010, fez sua estreia na NASCAR, em Daytona, na abertura da temporada da ARCA, divisão de acesso para a categoria principal. Largando do sexto lugar no grid, acabou se envolvendo em um acidente durante a prova e chegando apenas na vigésima sétima posição.^[30][31] Na semana seguinte, Nelsinho estreou na NASCAR Camping World Truck Series pela equipe Red Horse Racing, largou em 22º e fez uma excelente prova, terminando em 6º. Fez ainda outras 4 corridas pela equipe Billy Ballew Motorsports, conseguindo mais 2 top-10 (no Texas e em Michigan), chamando a atenção das equipes. Em agosto foi convidado a disputar a prova de Watkins Glen (circuito misto) na Nationwide Series, onde chegou na 7ª colocação.^{[carece de fontes?]}

Em 2011, fechou contrato com a equipe Kevin Harvick Inc. para disputar a temporada completa da Camping World Truck Series. Na primeira corrida em Daytona, Piquet se classificou em 4º mas por problemas no carro foi punido e largou na penúltima colocação.^[32] Vinha fazendo uma boa corrida, mas faltando 20 voltas pro final o motor Chevrolet se entregou e Nelsinho não completou a prova.^[33] Na segunda prova, em Phoenix, teve dificuldades de adaptação à pista e largou apenas na 22ª posição, terminando em 13º.^[34] Na terceira etapa, em Darlington, Nelsinho começou bem, largando em 9º mas na metade da prova foi tocado por Parker Kliegerman que o levou a um toque no muro. Nelsinho teve um pneu furado e a suspensão danificada com a batida e estava tentando terminar a prova quando bateu novamente e abandonou, terminando em 32º.^{[carece de fontes?]} Em Martinsville, outro oval curto, Piquet nao conseguiu evitar o choque após várias batidas a sua frente. Terminou a prova em 30º.^[35] Em Nashville, Piquet começa a escrever sua história vitoriosa no automobilismo americano, conquistando um 2º lugar, o melhor resultado de um brasileiro na NASCAR até então.^[36] Nas provas seguintes em Dover e Charlotte, Nelsinho fez suas melhores provas da categoria mas acabou perdendo a chance de um bom resultado na última volta. Em Dover numa batida com Timoty Peters^[37] e em Charlotte - onde chegou a disputar a 1ª posição - perdendo o controle e rodando sozinho.^{[carece de fontes?]}

No dia 23 de junho de 2012, entrou para a história do automobilismo nacional ao ser o primeiro brasileiro a vencer em uma das três divisões nacionais da Nascar, ao chegar em primeiro lugar na etapa de Sargento 200 da Nationwide Series.^[2] No dia anterior, Piquet já havia feito história, sendo o primeiro brasileiro a marcar uma pole position na categoria americana.^[38] Sua participação, no entanto, foi especial e ele não pontuou pelo campeonato.^[39]

No dia 11 de abril de 2010 disputou, como piloto convidado, a corrida de abertura da Copa Chevrolet Montana, categoria de acesso a Stock Car Brasil. Nelsinho largou na sétima posição e completou a prova em segundo lugar, conseguindo um pódio.^[40]

Em 2018 Nelsinho Piquet anuncia que está fora da F-E e focará na Stock Car assinando com a Full Time Texaco, e tendo Rubens Barrichello como companheiro de equipe.^[41] Terminando a temporada 2018 em 15°,^[42] ele renova com a equipe para 2019^[43] terminando a temporada em 13°.^[44]

• Fórmula E: 2015
• Fórmula 3 Britânica: 2004
• Fórmula 3 Sul-americana: 2002

• Brasileiro de Kart (1997, 1999 e 2000)
• Copa Brasil de Kart (1999)
• Paulista de Kart (1999)
• Brasiliense de Kart (1997 e 1998)
• Super Kart Brasil - Categoria Graduados (2011)

Ano	Equipe	DON		SIL	CRO		KNO		SNE			CAS		DON1		OUL		SIL		THR		SPA		BRN		Classificação	Pontos
2004	Piquet Sports	2	2	3	5	Ret	10	3	1	1	4	7	Ret	6	3	1	1	1	4	Ret	2	6	4	2	1	1º	282

Legenda: (Corridas em negrito indicam pole position); (Corridas em itálico indicam volta mais rápida)

Legenda: (Corridas em negrito indicam pole position); (Corridas em itálico indicam volta mais rápida)

(Legenda) (Amarelo: 1º Lugar; Cinza: 2º ao 5º; Laranja: 6º ao 10º; Verde: 11º ao 20º; Azul: Terminou porém em 21º ou Pior; Púrpura: Retirou-se; Corrida em negrito indica pole position e * indica maior número de voltas lideradas)

• ↑1 Não pontua no campeonato.

• ↑1 Não pontua no campeonato.

• Lista de pilotos brasileiros na Fórmula 1
• Grande Prêmio de Cingapura de 2008

Notas e referências

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